terça-feira, 9 de abril de 2013


E NO BRASIL?

João Eichbaum
joaoeichbaum@gmail.com.br

De que matéria serão feitos os brasileiros? Por que muito poucos deles conseguem absorver as regras de civilidade, de boa convivência e, sobretudo, de honestidade?
Por que razão a tendência dos brasileiros é contemplar com altíssimos índices de popularidade os políticos desavergonhados, desonestos, salafrários, estelionatários, ladrões?
Por que? Por que?
Claro que de nossas origens não podemos nos orgulhar. Depois de ser “descoberto” por Pedro Álvares Cabral, o país foi entregue ao deus-dará. Para cá veio toda a espécie de gente meter a mão nas riquezas naturais. Cada qual levou o que pôde daqui.
Evidentemente não eram pessoas honestas. Eram aventureiros sem escrúpulos que aqui vinham roubar e se aproveitar sexualmente das inocentes índias. E emprenharam uma multidão delas.
Mais tarde, foi a vez de Portugal mandar para cá a escória: os condenados, pelos mais variados crimes, à pena de degredo. E a história se repetiu, com uma cruza da desonestidade com a ignorância.
Essa é a nossa origem. Somos frutos de uma miscigenação da pior espécie. Nas raízes de nossa árvore genealógica não encontramos vestígios de honestidade, decência.
Somos descendentes também dos Césares safados, loucos, concupiscentes, megalomaníacos, da velha Roma. Ou não?
O que salvou boa parte deste país foram as levas de imigrantes. Principalmente alemães.
Era exatamentre sobre isso que eu queria falar.
Olhem só. O ex-presidente da Alemanha, Christian Wulff, está sendo investigado pelo Ministério Público (Staatsanwaldschaft) por corrupção.  
  A acusação que pesa sobre ele é de que, quando governador da Niedersachsland, por ocasião da visita à Oktoberfest sua hospedagem teria sido paga pelo   diretor de cinema David Groenewold.
Algum tempo depois, supostamente a pedido do mesmo Groenewold, Wulff teria escrito uma carta ao presidente da Siemens, Peter Löscher, sugerindo-lhe patrocinar um projeto cinematográfico do mencionado diretor.
Essa seria a “corrupção”, esse seria o “crime” de Wulff: escrever uma carta de recomendação em favor de um amigo, que lhe pagara despesas de hotel. Nem um centavo saiu dos cofres públicos.
Agora comparem. A Dilma, às custas dos cofres públicos, levou para Roma cerca de cinquenta pessoas, com hospedagem de luxo, quando apenas ela teve acesso ao papa.
Isso só se ficou sabendo através da imprensa. Ministério Público, Tribunal de Contas...o que é isso? Existem? Ah, sim, são nomeados pelo presidente da República...
De que matéria são feitos, mesmo, os brasileiros?







Um comentário:

Gigi disse...

Isso que é blindagem, a das nossas autoridades. Fazem o que querem e nada lhes acontece. A esperança é que um dia, através da melhor educação do nosso povo, haveremos de impor aos dirigentes, que nos respeitem!