quarta-feira, 31 de julho de 2013

QUANDO A  LEI É MAIS SÁBIA
João Eichbaum
joaoeichbaum@gmail.com
No tempo em que “lei” era uma coisa e “medida” era outra, no tempo que “permanente” não era sinônimo de “provisório”, os juristas eram sábios. A lei era pensada, amadurecida, trabalhada intelectualmente, segundo os valores e costumes sociais. Não era uma tomada de providência para cobrir interesses imediatos, para servir à vontade dos governantes, para garantir a reeleição.  Não. A lei, naquele tempo, só tinha em vista o interesse comum.
Naquele tempo, não era o diploma de bacharel, nem a autoridade de prender e soltar que credenciava alguém para o magistério do Direito, mas sua sabedoria, o pleno domínio da ciência jurídica, da arte de interpretar, de saber distinguir quando pinto é pinto e quando pinto é pênis.
Sob tais influxos, quando a sabedoria ainda prevalecia sobre os privilégios e sobre as ambições pessoais, foi promulgado o Código de Processo Penal, em cujo artigo 20  se lê o seguinte: "a autoridade assegurará no inquérito o sigilo necessário à elucidação do fato ou exigido pelo interesse da sociedade".
Para quem não tem intimidade com a linguagem jurídica, sejam alunos ou professores, faço questão de informar que o verbo, quando empregado no futuro, (assegurará) tem caráter imperativo, sentido de ordem. A nenhum aplicador da lei é lícito interpretar a seu modo, iluminado pela própria luz, com a marca de seu ego, com o peso de suas frustrações ou de seus sucessos, não necessariamente felizes, a ordem imposta pela lei. À autoridade, seja que autoridade for, polícia, Ministério Público ou juiz, cabe a responsabilidade de assegurar o sigilo do inquérito policial.
A lei foi temperada com o bom senso, para preservar a sociedade da desilusão, para poupá-la do desencanto. Sabendo que o inquérito policial nada tem de definitivo, porque não passa de um amontoado de informações colhidas no calor dos fatos, não quis que a sociedade fosse enganada pelos sentimentos, pela precipitação, pelo destempero emocional. O inquérito não é uma solução final, nem um juízo de valor. Ele está mais comprometido com o fato do que com o homem. Por isso está amordaçado pelo sigilo: um dos interesses da sociedade é não ser iludida.
Ser amorfo que é, gerado no caldeamento de interesses que ora se acasalam, ora se repelem, ora se congregam, ora se divorciam, tudo temperado pelo mais intenso subjetivismo, a sociedade só enxerga através do multifário caleidoscópio dos fatos. Enquanto reduzida a essa condição de ser amorfo, ela não sabe distinguir o indiciamento, da denúncia, a denúncia, da sentença, o julgamento. do justiçamento.
Antes de fazer justiça para com o réu, a lei faz justiça para com os operadores do processo. Para que a polícia não passe por incompetente, quando é heróica, e não passe por heróica, quando é incompetente.  Para que o Ministério Público não passe por poderosa autoridade, quando é um simples requerente, e  não passe por simples requerente, quando é poderosa autoridade. Para que o juiz não passe por pusilânime, quando é um escravo da justiça, e não  passe por escravo da justiça, quando é um pusilânime.
Essas são as sábias razões que determinam o sigilo do inquérito policial, porque a barriga fria não combina com a seriedade exigida pelo julgamento de qualquer ser humano. Ela só serve para alimentar a exacerbação do sentimento de injustiça, e para gerar o descrédito nas instituições, podendo desaguar num rebuliço social.



terça-feira, 30 de julho de 2013

COMO SE EXPLICA ESSE MAGNETISMO?
João Eichbaum
joaoeichbaum@gmail.com
Como é que se explica esse fenômeno ocorrido nos últimos sete dias aqui no Brasil?
Que magnetismo, que tipo de força ou energia, leva milhões de pessoas à rua para ver o Papa?
O que leva pessoas a dormirem ao relento, se abrigarem em sacos de dormir, passarem privações, acordarem encharcadas pela rudeza do mar, se arriscarem a doenças para poder ver o Papa?
Pensem comigo, e isso foi a primeira coisa que pensei: como é que essas pessoas se haviam com suas necessidades fisiológicas? Como pode alguém abrir mão de sua privacidade, fazendo fila nos banheiros químicos, entregando o nariz àquela intensa exalação de merda humana, só para poder ver o Papa?
A fé?
Mas, qual é a recompensa que essas pessoas têm? Qual é o retorno que lhes dá a fé? Qual é benefício imediato ou a longo prazo que lhes é dado desfrutar, por conta do cansaço e das privações e por terem visto o Papa?
Alguém pensa em ir para o céu só porque viu o Papa? Alguém pensa em aliviar suas dores só porque viu o Papa? Alguém pensa em ficar rico só porque viu o Papa?
Ou alguém pensa que se aproximou de “Deus” só porque esteve perto do Papa?
O fenômeno é inexplicável. Não há artista, jogador de futebol, ou qualquer ídolo de carne e osso, neste mundo, que consiga atrair tanta gente num só lugar, e ao mesmo tempo. Ninguém consegue tanto endeusamento. Ninguém consegue tanta idolatria.
Mas, assim é a criatura humana: antes de tudo, decepcionante. Quando as conquistas da ciência conseguem colocar o homem num pódio de grandeza, ele despenca, e se desnuda, e se mostra inferior a muitos outros animais, ou, no máximo, se iguala às formigas e às abelhas, que têm por sua rainha essa mesma paixão que milhões de criaturas humanas têm pelo Papa.
Nada pessoal. Nada contra o Francisco. Até sempre achei, desde sua eleição, que dessa vez o Espírito Santo acertou, porque Francisco é o cara, e não o Roberto Carlos. Mas, numa boa, ele lá no Vaticano, passando lições de humildade e honestidade para bispos, padres, cardeais e políticos, e eu aqui, na minha, gozando, com a maior honestidade, das boas coisas da vida. Mas, tudo assim, ó: ele não precisa correr atrás de mim, e nem eu atrás dele.
Também...era só o que faltava ele me procurar para eu ensiná-lo a rezar missa, ou eu procurá-lo, para saber o que ele acha da bunda da Gretchen, que é do tempo dele. Com todo respeito, é claro.


segunda-feira, 29 de julho de 2013

E AGORA?
João Eichbaum
joaoeichbaum@gmail.com
O papa foi embora e deixou saudades. Mas deixou também laudas e laudas de discursos, que ninguém vai ler, salvo os carolas, e algum filósofo descolado do mundo. Os políticos não o lerão. O povo não se interessa por leitura alguma, com exceção daqueles que lêm “Caras” nas salas de esperas de médicos e dentistas e daqueles que gostam de manchetes policiais nos jornais mais vendidos.
Enfim, sobram os padres. Talvez os padres e alguns bispos leiam o que o papa deixou escrito, se valendo desses escritos para  sermões ou artigos religiosos nos jornais da paróquia.
O próprio povo que chorou, se comoveu, gritou o nome do papa, daqui a mais algum tempo não se lembrará de que o papa esteve aqui, beijou criancinhas, botou saliva na cuia de chimarrão que alguém lhe ofereceu, sorriu sorrisos forçados e verdadeiros, desceu do papamóvel para se misturar aos macacos de auditório que o aplaudiam.
Gastaram-se milhões. Houve fiascos na  segurança e no trânsito, deixaram o papa no engarrafamento, e as autoridades, crentes e descrentes, saíram dizendo “graças a Deus”, por nada haver comprometido suas responsabilidades perante o mundo.
Bom, aí eu pergunto: então, minha gente, valeu todo esse tempo que a televisão dedicou à cobertura da vinda do papa? De seus discursos brotará algum proveito para a felicidade geral da nação? Terão os políticos assimilado algumas das muitas lições de moral que o papa deixou por escrito ou oralmente?
Amanhã será outro dia. Aliás, hoje já é outro dia. O Brasil continuará o mesmo, com políticos corruptos, com o império das drogas, com a fome, a miséria, as diferenças sociais, a falta de saúde, segurança e educação, e mais as estradas esburacadas.
Conclusão: o papa aqui veio para alimentar sonhos, driblar misérias, mascarar a realidade, transformando o país numa ilha de fantasia sem sexo, durante quatro dias.
Então, o que nos resta?
Ora, velho, nada mudou, aqui. Nem as moscas.
Boa chegada à Itália, Francisco.


sexta-feira, 26 de julho de 2013

PENÚLTIMAS NOTÍCIAS
João Eichbaum

SEM CONTRABANDO
O papa disse que não trouxe ouro, nem prata, e causou decepção em muitos políticos. Nessa altura do discurso papal, teve político que pensou”pô, que que eu to fazendo aqui”?
Mas incenso, certamente, o papa trouxe. Não ia querer perder muito feio para os reis magos.

O BEBÊ REAL
Os jornais  se encheram com a notícia de que na Inglaterra nasceu um bebê real. Quer dizer que os outros bebês são pura ficção.
E o príncipe William, todo satisfeito, pegou aquele embrulhinho que lhe passou a princesa, com a cara de quem pensa que é o pai.
Só que ele já tem genética, né.
A mãe dele, a falecida Diana, já era corna.
E o pai...hum

O PAPA NO MAU CAMINHO
Botaram o papa no caminho errado. Assim ele ficou sabendo como é que se vira o carioca nos engarrafamentos de trânsito.
Trancado no meio da avenida, Francisco foi cercado pelo povo. Mas demonstrou uma tranqüilidade a que nenhum político brasileiro poderia se dar o luxo, naquelas circunstâncias.
Também, sem ouro, nem prata e com aquele crucifixo de bijuteria, como diz o Simão, não tava nem aí.

VÓ MADRASTA
E quando o bebê real se tornar um gurizinho real e começar a ter medo de bruxa, as babás vão avisar, quando ele encetar qualquer berreiro:
-Vou chamar a vovó (Camila)!

SACANAGEM, NÉ?
Largaram o papa numa “casa de encontros”. Será que ele vai resistir?




quinta-feira, 25 de julho de 2013

NOTICIAS RECENTES DE UM PAÍS VIRA-LATA

Artigo no Alerta Total – www.alertatotal.net
Por Luiz Sérgio Silveira Costa

Noticias recentes do Brasil: desconsiderando os  copiosos reclames populares, Lula reapareceu e disse que as manifestações são devido ao sucesso dos governos petistas!!; Sérgio Cabral culpa organizações internacionais nos EUA e na Irlanda pelo vandalismo nas manifestações no Rio!!!; veículo que transportava o Papa foi parar num típico engarrafamento carioca, e governo municipal, estadual e federal jogam a culpa uns nos outros!!!; a Justiça permitiu a alteração do ano de nascimento do ministro do Tribunal de Contas da União (TCU), Raimundo Carreiro, de 1946 para 1948.
Para se aposentar no Senado, nasceu mais cedo; para não se aposentar no TCU, nasceu mais tarde!!; roubada mala com R$ 100 mil em espécie do presidente da Câmara Federal!!!; após 11 horas de voo, engarrafamentos, assédio popular, caminhadas (inclusive na grama) e trocas de veículos (avião, carro, helicóptero e papa-(i)móvel), o Papa, um homem despojado de bens materiais, ainda teve que cumprimentar pessoas cheias deles, adquiridos com dinheiro de corrupção!!!; STJ tem 166 veículos, sendo 20 ônibus!!!! TCU gasta mais de R$ 1 milhão com saúde de seus ministros!!!; com receio de derrota em 2014, petistas querem que Dilma seja mais militante e menos chefe da nação!!!

Não, não é complexo não, este é, realmente, um país vira-lata!

A propósito: só uma de doberman, para dar alento à nossa alma, embora já gratificada com a visita do Papa Francisco: nosso aguerrido JoaquimX (esses sim, é X) cumprimentou o Papa e desprezou solenemente a presidente, que teve o desplante de dizer ao Papa que o Brasil só existe a partir dos 10 anos de governo petista!!

Reage, Brasil!!!

Luiz Sérgio Silveira Costa é Almirante reformado


quarta-feira, 24 de julho de 2013

A VIDRAÇA DO MINISTÉRIO PÚBLICO


João Eichbaum
joaoeichbaum@gmail.com


Pegou mal, muito mal, a decisão do Tribunal de Justiça, libertando, no meio das almas destroçadas pela dor, os réus do processo da boate Kiss. Carradas de argumentos jurídicos tinham os desembargadores para fazê-lo. Ditado pela sensatez, porém, o momento não era aquele.
Justiça se faz com lei, certo. Mas sem bom senso, não.
Tal foi o impacto negativo da decisão, que desarvorou até o Ministério Público.  Seus agentes que, por compreensíveis razões humanas, vestiram a camiseta da acusação, tomando-a como sinônimo de "justiça", não puderam fugir ao desencanto. E se entregaram  à obra, nada acadêmica, do direito de espernear.
Ocorre que, do “habeas corpus” concedido pelos tribunais locais, não cabe recurso. O artigo 105, inciso II, letra “a” da Constituição Federal só permite o recurso ordinário, quando o “habeas corpus” for desfavorável ao réu.
É claro que o Ministério Público sabia disso. Sabia que não poderia recorrer. Sabia que não tinha argumentos para derrubar a medida. Mas, estava subjugado pelo impacto negativo que a decisão causara, reacendendo o clima de revolta entre os que ainda choram os seus mortos.
Mas, sobretudo sabia o Ministério Público que estava sujeito às críticas dos juristas, aos comentários menos lisonjeiros daqueles que, conhecendo o direito, não permitem agressões ao ordenamento jurídico brasileiro, mormente quando se trata de matéria penal.
Mesmo sabendo de tudo isso, mesmo sabendo que poderia até ser ridicularizado, como o sujeito que vai procurar virgem na zona, o Ministério Público enfrentou os desafios, pôs de lado os escrúpulos, e se entregou às feras.
Sem argumentos jurídicos, já que sua pretensão corria na contramão da própria Constituição Federal, se socorreu de argumentos sociais, lançou mão de razões desconhecidas do direito processual penal, para buscar a manutenção dos réus no cárcere, sustentando, entre outras coisas, que “o caso despertou comoção nacional, repercussão internacional e desassossego na população local”. Mas, descarrilhado da trilha legal, não teve êxito.
Agora, depois de todo esse esforço, depois de ter passado, inclusive, pelo vexame de haver batido em portas de tribunal errado, o Ministério Público, ao invés de ser aplaudido, virou alvo de apedrejamento moral, se tornou a “Geni” dos descontentes. E isso pela pura e simples razão de ter retomado seu verdadeiro papel na cena processual, que é a busca da justiça através do direito e não do sentimento.
Na ação de improbidade administrativa, atrelada escrupulosamente aos critérios legais, a instituição pediu apenas a citação de bombeiros. Com isso, perdeu o lugar que, no pódio do heroísmo, lhe haviam reservado aqueles que parecem sucumbir a um único desejo, certamente portador de conforto e recobramento da alma ou, quem sabe, da salvação eterna: a morte política do prefeito e de seus secretários. E até uma freira, amiga do Tarso Genro, que não foi comida por ninguém e por isso se acha sem pecado, aplicou o ensinamento evangélico do “atire a primeira pedra”.




terça-feira, 23 de julho de 2013

A IGREJA DE JESUS CRISTO

A IGREJA DE JESUS CRISTO
João Eichbaum
joaoeichbaum@gmail.com

Partindo dos ensinamentos que me propuseram no catecismo, passo a distinguir entre a Igreja de Jesus Cristo e as outras. Por exemplo, a Igreja de Luthero, a do Edir Macedo, a de Maomé são algumas dessas "outras".
Mas, então, vamos ficar com essa divisão, a de Jesus Cristo é a Igrejaque se arroga o direito de herança à promessa de que " as portas do inferno não prevalecerão contra ela", e as outras, inúmeras, das quais só mencionei as que minha ignorância permite mencionar.
A Igreja de Luthero é uma bem organizada multinacional, com presidentes regionais, nacionais e, certamente, um internacional. Atua nas mais variadas atividades comerciais, como editoras, livrarias, escolas, emissoras de rádio e televisão, hospitais, e ainda cobra mensalidade de seus associados, ou seja, daqueles que a usam como meio de comunicação com Deus.
Sobre a Igreja do Edir Macedo eu até poderia me abster de qualquer análise. Todo mundo sabe que ela recolhe o "dízimo" dos ignorantes e o transforma em grandes investimentos, de cujos dividendos só o Edir Macedo, seus familiares e seus testas de ferro tiram proveito.
Sou totalmente ignorante com relação aos investimentos da Igreja de Maomé. Não sei quem é que patrocina a construção daquelas suntuosas mesquitas, não sei quem é que garante a boa vida dos líderes religiosos, quem é que sustenta os haréns.
De todas essas Igrejas, a mais cheia de pompa é a de Jesus Cristo - que eu saiba. É a única que tem um líder com status de chefe de Estado, reconhecido e respeitado em todo o mundo cristão, como um ser meio homem, meio espírito.
Menos mal que o argentino Bergoglio, que adotou o nome de Francisco, não é de ostentação. Sua simplicidade parece ser o marco histórico de uma nova concepção da Igreja de Jesus Cristo, que até a chegada do argentino à sede pontifícia pregava a humildade, mas vivia no luxo. Francisco leva mais jeito de viver a pregação  daquele que, segundo a mitologia cristã, seria filho adotivo de um  carpinteiro chamado José.
Só o carisma que mostrou para o mundo desde o primeiro instante de seu pontificado e a fortaleza de quem tem uma consciência limpa serviram de credenciais para que ele desfilasse com vidros abertos no Rio de Janeiro.
Algum político brasileiro teria de coragem de fazer a mesma coisa?



segunda-feira, 22 de julho de 2013

OS RICOS


João Eichbaum
joaoeichbaum@gmail.com

Sérgio de Oliveira Cabral dos Santos Filho. Vocês conhecem?
É governador do Rio de Janeiro, um cara muito rico, conhecido como Sérgio Cabral. Tem duas mansões em Mangaratiba, que é o seu paraíso particular.
Nem todas as promessas de Jesus Cristo juntas conseguirão fazer tão bemaventurada uma pessoa, como é bemaventurado o Sérgio Cabral.
O cara nunca trabalhou na vida. Só foi político. Se diz jornalista, mas ninguém sabe se exerceu e onde exerceu a profissão. Começou como vereador e agora, todo posudo, governa o Rio de Janeiro, anda de helicóptero para cá e para lá, ele e a família.
Vocês acham que alguém, com salário, com o simples salário de político, pode chegar a tanto e em tão pouco tempo?
Mas vamos ao seguinte: Henrique Alves. Esse cara é o presidente da Câmara de Deputados, o mesmo que, há algumas semanas, requisitou  avião da FAB, foi a Natal, pegou sua atual namorada, uma jornalista, e mais um monte de parentes e se mandou para o Rio, a fim de assistir ao jogo da seleção.
Essa atual namorada já é a terceira de suas mulheres conhecidas oficialmente. Já se separou de duas, se não paga pensão deve tê-las beneficiado com um parte do seu patrimônio. Como está há décadas na política, certamente não tem outra fonte de renda a não ser a política.
A notícia mais atual sobre ele é a que dá conta de que um de seus assessores teve furtada uma pasta na qual havia cem mil reais em dinheiro. Isso, é isso mesmo que vocês estão lendo: cem mil reais em dinheiro. O dinheiro era do Henrique Alves.
Outro personagem: o Joaquim Barbosa. O herói nacional, o anti-corrupto, o exemplo de honestidade e correção, Joaquim Barbosa comprou um imóvel em Miami no ano passado. Segundo avaliadores, o valor do imóvel está entre quinhentos mil a um milhão de reais.
O Joaquim Barbosa nunca teve outra profissão. Foi só funcionário público: procurador da República, professor universitário, e agora ministro. E está com essa grana toda.
Pode?
Quantos empresários você conhece que têm mansões em Mangaratiba, andam com dinheiro vivo aos milhares em pastas, compram imóveis em Miami?
Com ou sem escândalos, há funcionários públicos que enriquecem, ou vivem como se ricos fossem. Quem é que lhes constrói os pilares do enriquecimento ou da ostentação? Será só mesmo a bolsa da Fazenda Pública ?

Então, pergunto para vocês: em quem se pode confiar neste país?

sexta-feira, 19 de julho de 2013

PENÚLTIMAS NOTÍCIAS

João Eichbaum
joaoeichbaum@gmail.com

O PAPA TODO PODEROSO
Duma coisa podem ter certeza: vocês vão morrer e não vão ver tudo.
Já ta rolando folclore por aí com a vinda do papa Francisco. Olhem só o que bolou a arqidiocese de São Paulo
Como Sua Santidade não pode se deslocar até a cidade de Guaratinguetá para se ajoelhar aos pés de um santo brasileiro, chamado frei Galvão, o dito santo irá até o pontífice, para receber a benção papal.
Pode?
Ah, sim, e o santo foi guinchado e vai de caminhão. Mede oito metros de comprimento, por dois e meio de diâmatro, e pesa 1.600 kg.
Santo brasileiro não anda de andor, anda de jamanta! Isso que o santo nem é de Itu, é de Guaratinguetá.
EM INGLÊS, O LULA NÃO É ANALFABETO
Viram?
Vocês que dizem que o Lula é analfabeto e que pensa que "milk shake" é vaca chacoalhando...
Analfabetos são vocês, que não entendem porra nenhuma de inglês. O Lula dá “show” na língua de Shakespeare. Escreveu nesta semana um artigo para o “New York Times”, dando conselhos e receitas para os políticos brasileiros e aplaudindo as manifestações populares.
Doutor “honoris causa” não deixa pra menos. Tem  gente por aí que escancara o peitão pra dizer que é  doutor formado na Harvard, mas não consegue escrever nem nos classificados do  "Diário Gaúcho".
Mas eu só gostaria de saber como é que o Lula diz "aizelite" em inglês castiço, padrão "Times"!

O  CASAMENTO DE DONA BARATINHA
O evento social do ano foi o casamento da dona Baratinha, a filha do "rei do ônibus", o "batrício" Jacob Barata, que enriqueceu com as passagens caras do transporte coletivo do Rio de Janeiro. A festa teve fios de ovos ao vivo, com gema, clara e casca escorrendo pelos ombros desnudos das elegantes convidadas lipoaspiradas e botoxadas, e recheando as camisas brancas dos padrinhos. Tudo com direito a polícia de choque e gás lacrimogênio, para evitar que a noiva fosse atingida por "anti-inset".
Foi o maior barato para os sem-festa!
Mas, para provar que pobre sempre leva a pior, sobrou para um manifestante, atingido por um cinzeiro que voou por uma das janelas do  Copacabana Palace, onde se realizava a festa.
Atacada pela polícia, para a turba só restou a força da praga para a noite de núpcias:  "vai brochar, vai brochar"!
Não sei o que aconteceu com a noiva Barata. Se fosse a dona Aranha com certeza teria subido pela parede...

BOTA MORAL NISSO
Lição de moral mesmo deu aquela prostituta, que recusou o cartão do bolsa-família que lhe ofereceu o cliente como moeda de troca do multisecular negócio.
Ainda bem que aqui existem as putas, para salvar a moral da pátria!


quinta-feira, 18 de julho de 2013

PELA DESOBEDIÊNCIA CIVIL DOS MÉDICOS

Artigo no Alerta Total – www.alertatotal.net
Por Humberto de Luna Freire Filho

A dona Dilma, orientada pela quadrilha de incompetentes que a assessora, e em mais uma entre suas muitas tentativas de desmoralizar o país, acaba de sancionar projeto de lei que dá a paramédicos, no caso enfermeiros, o direito de diagnosticar e medicar a população brasileira.

Quero deixar bem claro que como médico e profissional liberal me nego a aceitar diagnósticos ou dar sequência a qualquer conduta pré-estabelecida por profissionais não médicos, sejam eles oriundos do serviço público ou da iniciativa privada. Minha conduta é soberana e eu só assumo total responsabilidade pelos meus atos. Não aceito diagnósticos de quem não foi preparado para tal.

 Sem dúvidas, daqui por diante, começarei a incentivar todos os colegas que respeitam os meus 36 anos de atividade profissional a uma desobediência civil em nome da profissão que escolhemos, e que hoje passou a ser usada por esse governo corrupto como mais um instrumento dessa política hipócrita, demagógica e suja, que tem por finalidade enganar a população menos esclarecida, angariando apoio para que esse bando de ladrões mantenha-se indefinidamente no poder.

Não tenho medo de bandidos, defenderei minhas atitudes e responderei por elas em qualquer Fórum, seja cível ou penal. Já apelei uma vez a esse governo e repito as mesmas palavras: tirem suas patas sujas de nossa profissão. Medicina é coisa séria.

Continuem usando para seus escusos fins o vendido, submisso e desmoralizado Congresso e também os  Ministérios que hoje não passam de verdadeiro chiqueiros do PT e de outros partidos alugados. Esses não lhe bastam? 

Dona Dilma, poupe uma classe cidadã que honra e respeita o país e que jamais aceitará se submeter aos quadrilheiros da pior espécie que compõem o seu governo. Nos respeite, somos profissionais sérios, não somos políticos que aceitam o cabresto quando lhes abastecem o bolso com o dinheiro público. Não somos mercenários.


Humberto de Luna Freire Filho é Médico - CREMESP - 35.196.

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quarta-feira, 17 de julho de 2013

AS MENINAS MARIANNA E LETÍCIA


João Eichbaum
joaoeichbaum@gmail.com


 Tudo combinado. Mariana organizaria a festa, a partir da lista de convidados, cujo número já estava fechado em cento e quarenta pessoas. Sérgio Bermudes pagaria a conta.
Sérgio Bermudes, o pagante, é um poderoso advogado que mexe com os pauzinhos para emplacar desembargadores e ministros nos tribunais. Luiz Fux foi um de seus afilhados, contemplado com a farfalhante toga de ministro do Supremo Tribunal Federal.
A jovem advogada Mariana é nada menos do que filha do Luiz Fux. Ela, coincidentemente, trabalha no escritório do Sérgio Bermudes, e agora quer ser desembargadora. Isso. Quer dar aquele salto que é o sonho de todo mundo: sair do anonimato para o poder.
Foi por isso que ela organizou a festa, contando com o patrocínio do Sérgio Bermudes. Na festa estariam presentes os desembargadores do Rio de Janeiro e o governador Sérgio Cabral. Aqueles escolheriam três dos seis nomes encaminhados pela OAB. O governador escolheria um dos três nomes da lista aprovada pelo tribunal.
Só que a mídia saiu na frente e deu a notícia sobre o evento, nos mínimos detalhes. Inclusive o blog deste escriba, que não é cronista social, botou a boca no trombone. Os demônios da reportagem deixaram mal na parada o Fux, que seria o homenageado da festa. Resultado: a festa foi cancelada.
Agora, as notícias ganharam um condimento especial: não só Mariana, filha do Luiz Fux, espera a hora feliz de ser desembargadora. Também Letícia, filha do ministro Marco Aurélio de Mello, está no páreo.
O nome dela é o mais votado na lista para o TRF da segunda região. A escolha depende da Dilma. Segundo Ophir Cavalcante, ex -presidente da OAB do Brasil, o currículo da menina Letícia é "impressionante". Para o advogado José Roberto Batocchio, “ela é uma advogada com intensa militância, integra um grande escritório, com ampla atuação no Rio”.
Noticia a Folha de São Paulo que, “o mais novo ministro do Supremo, Luiz Roberto Barroso, enviou uma carta a desembargadores do 2º TRF, exaltando as qualidades de Letícia Mello”. Mas no currículo dela constam apenas cinco processos no Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro e nenhum no TRF.
 Já menina Mariana Fux patrocina seis processos no Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro. Sem o mínimo rubor, afirma que possui “pós-graduação em Teoria das Obrigações e Prática Contratual, na Fundação Getúlio Vargas.” Mas, segundo a Fundação, “não se trata de pós-graduação, e sim de uma extensão universitária de até quatro meses”. É o que informa a Folha de São Paulo.
Se, nesse episódio, a hipocrisia e o descaramento prevalecerem sobre a moral, não se pode mais duvidar de que, no Brasil, ninguém consegue, com o poder da oração, o que alguns conseguem com certidão de nascimento.


terça-feira, 16 de julho de 2013

DOMINADOS
João Eichbaum

Políticos sem escrúpulos (perdão pela redundância) aproveitaram a vulnerabilidade causada pela dor, para dominar os pais, familiares mais chegados e amigos das vítimas do incêndio da Boate Kiss de Santa Maria.
Quem não compreende essa dor? Quem não se apieda de pais que perdem seus filhos na flor da idade? É uma dor imensa, o sentimento é inominável. As pessoas se sentem perdidas, sem amparo, sem vontade de viver, se deixam dominar pelo desespero.
Aproveitando esse quadro miserável, políticos de Santa Maria, alijados dos postos do mando municipal, passaram a usar a dor dos que perderam seus entes queridos, para fazê-los instrumentos de ambições políticas: afastar o prefeito, que quebrou o domínio do PT naquela cidade.
Desde o primeiro momento, quando o governador Tarso Genro chegou na cidade ainda mergulhada em estupefação e lágrimas, se começou a jogar a culpa da tragédia da Kiss sobre os ombros do prefeito. Tarso Genro, que é do PT, e embora não tenha nascido em Santa Maria lá se criou, se formou, se casou e teve seus filhos,  nada falou sobre seus bombeiros, que são os responsáveis pela segurança contra o fogo, mas já foi dizendo que a prefeitura devia responder pela causa. Foi o estopim. Seus companheiros do PT apanharam a dica e foram em frente. Até a polícia seguiu a receita e indiciou o prefeito Cesar Schirmer por “homicídio culposo”, num inquérito feito de teias de aranha.
Claro que, ao examinar o inquérito, a Procuradoria da Justiça não poderia chegar a outra conclusão e pediu seu arquivamento.
Ontem os agentes do Ministério Público de Santa Maria deram por encerrado um inquérito para apurar “improbidade administrativa”, pedindo instauração da ação contra os bombeiros que tiveram participação direta ou indireta no fornecimento de alvarás.
Então, numa prova de que estão servindo de marionetes para os políticos, os familiares das vítimas da boate Kiss se mostraram decepcionados, vivendo mais uma “dor”, porque o prefeito César Schirmer não consta entre os réus  por “improbidade administrativa”.
Essa é a política perversa, que não escolhe meios para se adonar do poder, onde está o dinheiro. Fora do poder, não podendo se valer da corrupção, os políticos se valem da perversidade: usam os ingênuos, os incautos e os enfraquecidos pela dor para atingirem seus fins.


segunda-feira, 15 de julho de 2013

O BALÃO FUROU


João Eichbaum
joaoeichbaum@gmail.com


       O sucesso das manifestações populares  sem sindicalistas, sem políticos E sem líderes de qualquer espécie, parece que despertou ciúmes, inveja, emulação, seja lá o que for nos primeiros. E para mostrar sua força ou, quem sabe, para testá-la, os sindicatos e centrais sindicais trataram de marcar uma "greve geral" para o dia 11 passado. Para isso, divulgaram com antecedência que não haveria transporte coletivo. Não se sabe se outro recado partiu deles, ou se foi conseqüência do trauma que ficou por causa de algumas cenas de vandalismo que marcaram as manifestações populares anteriores: um certo pânico começou a tomar conta das pessoas e uma grande interrogação dominou silenciosamente, de tal sorte que ninguém sabia o que iria acontecer no dia 11.
         E de parte da população aconteceu o seguinte: poucos se arriscaram a sair de casa. Já de parte dos sindicalistas aconteceu o que sempre acontece: arruaceiros bloquearam estradas, atearam fogo em pneus, impediram o direito de ir e vir e o direito de trabalhar. No final do dia, alardearam o "êxito" da mobilização.
           A tal de mobilização, que era para ter sido "greve geral", porém, serviu para mostrar que o povo não tá nem aí para os sindicatos. Comparado com as manifestações populares sem líderes de algumas semanas atrás, o movimento deflagrado pelos sindicatos merece a qualificação de fiasco. É claro que,  sem transporte e com medo de depredações, a maioria da população ficou em casa, e quem dispunha de meio de transporte e coragem deu de ombros para os sindicatos e foi trabalhar.
                   Mas o fiasco mesmo ficou por conta da descoberta da Folha de São Paulo, que flagrou, no fim do dia, dirigentes sindicais remunerando a "participação" de manifestantes à taxa de 70 setenta reais por cabeça.
                     Foi assim que os sindicatos mostraram a sua "força": com o dinheiro surrupiado dos trabalhadores, que leva o apelido de "contribuição sindical". E dessa fonte de muito dinheiro eles não abrem mão. O fim da "contribuição sindical" nunca esteve em pauta, porque ela é que sustenta os baderneiros.



sexta-feira, 12 de julho de 2013

PENÚLTIMAS NOTÍCIAS

João Eichbaum

ESPIONAGEM
Sacanagem, né?
Pura sacanagem. O Barack e a Michelle estavam a fim de apimentar a relação e revolveram dar uma espiadinha nos usos e costumes do mundo inteiro.
Claro que gostaram, que dúvida:
- Olha ali, Michelle, olha aí, o jeito que aqueles dois estão fazendo... será que isso é o tal de canguru perneta?

ESPIONAGEM (II)
Já corre por aí que a turma da oposição está se preparando para pedir ao Obama a cópia das filmagens daquelas viagens do Lula com a Rose, aproveitando a ausência da dona Marisa.
É só pintar a candidatura do metalúrgico sem dedo que todo mundo vai ficar sabendo qual é a posição preferida dele.
Mas a curiosidade da turma é saber como é que a Rose contornava aquela protuberância abdominal do pai do Lulinha.l
ESPIONAGEM (III)
Aqueles seus “serões” no escritório, cara, cuidado! Você pode estar com os dias contados, se o Obama passar as cópias para o marido da sua secretária.
ESPIONAGEM (IV)
Mas quem ficou apavorada, mesmo, com a espionagem do Obama foi a Dilma. Por pouco ela  não declara guerra contra o Estados Unidos da América, ou não foi pessoalmente tirar satisfações na Casa Branca, tal a sua indignação contra o que  chamou de violação dos direitos humanos.
O
que será que ela andou fazendo que o Obama não pode ver, hein gente?

GREVE GERAL
Tive um amigo que ficou feliz com a greve geral. Ia receber a visita da sogra e ela ficou bloqueada na Br 116.
CANJA PRA VOCÊS
Olhem só o que diz  a Barbara Gancia:
“Aberta a temporada de exigências, queremos tudo. Transporte de graça, todos os corruptos no xilindró, remédios de graça, implosão dos estádios da Copa e a amputação dos nove dedos restantes do Lula.”


quinta-feira, 11 de julho de 2013

NEGLIGÊNCIAS
Artigo no Alerta Total – www.alertatotal.net
Por Adilson Minossi

 “O senhor é o senhor Luiz?”, perguntou o médico. “Sou”, respondeu o rapaz. O senhor precisa ser forte para ouvir o que vou lhe dizer. “Seu filho nasceu morto”, continuou o doutor. “É preciso ser mais forte ainda, porque sua mulher também morreu”.

Assim Luiz Inácio Lula da Silva recebeu a notícia da morte de Maria de Lourdes da Silva, sua primeira mulher. Era manhã de segunda-feira, 7 de junho de 1971. Lourdes, nascida na zona rural de Montes Claros, foi, como seu marido, retirante da mesma seca de 1952. Unidos pelo destino, se conheceram em um bairro pobre de São Paulo, onde eram vizinhos.

Lula, até hoje, está convencido de que as mortes de sua primeira mulher e do filho foram causadas por negligência.

Qualquer cidadão deste Brasil que tivesse passado por uma situação dessas com toda certeza jamais iria esquecer. Se um cidadão desses pudesse fazer alguma coisa para mudar o que já vem acontecendo nesse país em matéria de saúde pública, com toda certeza o faria.

E se um cidadão desses ocupasse algum cargo público, como Deputado Federal ou Presidente da República, com toda certeza viraria céus e terras para que fatos como o que ele passou, no ano de 1971, jamais acontecesse com seus semelhantes.

Pois Luiz Inácio Lula da Silva ocupou uma cadeira na Câmara Federal em Brasília. Foi eleito em 1986 como o Deputado Federal mais votado do país. E nesse período o que fez para melhorar a saúde dos brasileiros? Nada!

Em outubro de 2002 foi eleito Presidente do Brasil com 53 milhões de votos. E o que fez para melhorar a saúde de pelos menos os 53 milhões de brasileiros que o elegeram? Nada! Em outubro de 2006 se re-elege presidente. Fez alguma coisa nesses 8 anos para acabar com a negligência da saúde dos brasileiros? Não!

Será se foram os ternos Armani caríssimos, camisas impecáveis e gravatas importadas que o fizeram esquecer da pobre Maria de Lourdes da Silva? Ou foi o afã de viajar mais do que o FHC ou a implacável saga de se perpetuar no poder?

O fato é que a negligência continuou, só que agora não de parte dos médicos do SUS que atenderam a primeira esposa, mas do sujeito que ocupou a cadeira mais importante de um país e nada fez para melhorar a saúde dos brasileiros e acabou piorando cada dia desses 8 anos, tornando os hospitais brasileiros verdadeiros campos de concentração onde faltam médicos, leitos, medicamentos, etc.

Até quando, pergunto eu, a negligencia dos governantes fará vítimas nesse pobre Brasil???



Adilson Minossi é Cidadão.

quarta-feira, 10 de julho de 2013

DESFAÇATEZ OFICIAL


João Eichbaum
joaoeichbaum@gmail.com



Enquanto os brasileiros estão às voltas com seus dias ruins e vão para as ruas pedir honestidade e consciência dos políticos, Renan Calheiros, presidente do Senado, e Henrique Alves, presidente da Câmara, saem a se divertir com dinheiro público. Um, requisita avião da FAB para ir a um casório na Bahia. O outro faz o mesmo, usando aeronave da Força Aérea, para levar a “noiva”, um filho, e uma chusma de parentes, de Natal ao Rio de Janeiro, para curtir futebol no Maracanã. Todo mundo viajou de graça como recém-nascido, pendurando sua festa na conta de quem não viajou.
Descobertos, Renan primeiro se negou a indenizar os cofres públicos, sob o argumento maroto de que é "chefe de poder". Depois, sob pressão, voltou atrás. Alves acreditou na imbecilidade dos brasileiros, desembolsando dez mil reais.
Inescrupulosos ou paranóicos? Desonestos ou simplesmente com um parafuso a menos?
Vá lá, que o poder embriague. Mas não dava para ficar só na fase do macaco, fazendo murisquetas para o povinho eleitor e otário? Ou agir como a Dilma que, na frente das câmeras, balança como roupa no varal em dia de vento norte, mas no Planalto se entrega à fase do leão e fica trincando os dentes e soltando rugidos capazes de prevalecer contra as portas do inferno, para tornar mais evidente sua autoridade? Não. Calheiros e Alves foram até a fase do porco, a fase que dá nojo, a fase que provoca engulhos, bota porcaria por cima e por baixo e rebaixa o bípede falante.
Quem são os padrinhos da sacanagem? Quem é que bota no parlamento esse tipo de gente? Analfabetos, certamente, são muitos de seus eleitores. Estacionados no seu vocabulário de infância, presos no calabouço da ignorância, eles ficam a dever, quando a verdade sobre seus eleitos é dita com argumentos mais refinados. Então tudo o que se diz por aí, em jornais, revistas ou noticiários de rádio e televisão sobre o Renan Calheiros e Henrique Alves, há de lhes soar como elogios aos presidentes do Senado e da Câmara. Afinal, esses eleitores os têm na conta de pessoas muito melhores do que eles mesmos, porque sabem ler e escrever, são chamados de doutor, têm muito dinheiro e estão em Brasília, mandando no país. Em troca do primeiro voto, provavelmente terão recebido algum benefício. Por isso, preferem não trocar o certo pelo duvidoso. Na outra faixa de eleitores dessa dupla estão os analfabetos funcionais, que sabem ler e escrever, porque frequentaram escola, mas não têm raciocínio em nível que lhes permita um juízo crítico, imparcial, distante de sua pequenez intelectual. São incapazes de separar o ridículo do sublime, o grandioso do insignificante, o bem coletivo do proveito particular. Intelectualmente fracos, não conseguem fugir do pensamento dominante da massa que, paradoxalmente, não pensa, e é dominada por meia dúzia que timoneia a manada.
A terceira categoria dos eleitores dessas duas figurinhas é a dos interesseiros., dos  que tiram proveito do inescrupuloso mandato dos dois nordestinos. Naturalmente têm certo grau de instrução, e discernimento suficiente para colher benefícios à sombra da imoralidade.
Só ao patrocínio corrupto e à força maior da ignorância se pode creditar a presença desses tipos no Congresso. O eleitor imbuído de consciência cívica jamais irá depositar seu voto em favor daqueles que só têm intimidade com o esplendor das mamatas.