segunda-feira, 31 de março de 2014

31 de março de 1964


João Eichbaum
Quem mandava eram os funcionários da Carris, em Porto Alegre. Principalmente, os motorneiros. Sem eles, os bondes não andavam, os pobres não podiam trabalhar, nem ir consultar ou se internar na Santa Casa. A cidade parava, o comércio não vendia, as fábricas não produziam.
O pessoal da Carris não era como elefante: eles sabiam a força que tinham.
Detalhe: eles eram funcionários públicos, pagos pela Prefeitura. E a empresa não tinha concorrentes.
De modo que, sem concorrência, a  Carris pintava e bordava, o pessoal ganhava quanto queria. Se a Prefeitura não chegasse ao preço deles, dava greve.
Isso, em Porto Alegre. No  Estado, havia outra organização que mandava: A Viação Férrea do Rio Grande do Sul.
Os  ferroviários, não é preciso dizer, eram mais poderosos que os funcionários da Carris: mandavam em todo o Estado. O Estado do Rio Grande do Sul estava na mão deles. O Estado só funcionava se eles permitissem. E eles só permitiam o funcionamento do Estado, se o Estado pagasse o que eles queriam.
Em suma, o povo era refém dos funcionários da Carris em Porto Alegre, e dos ferroviários em todo o Estado.
Em março de 64, o país era governado (governado, uma ova) por João Goulart um pusilânime, que nunca trabalhou na vida, de filhinho de papai passou a político, levado pela mão de outro que também nunca trabalhou na vida, o Getúlio Vargas. Ambos eram fazendeiros, por herança, em São Borja.
Ambos ricos, por herança, repito, não por capacidade própria: nunca  trabalharam na vida. E tinham uma grand afinidade: a ânsia pelo poder.
Para isso, seguiram o caminho mais fácil, a demagogia.
Depois que o Getúlio, felizmente, se matou, o João Goulart seguiu o único caminho que aprendera para seguir na política, a demagogia. Com ele no poder, o pessoal da Carris e os ferroviários se sentiam protegidos e faziam o que queriam: greve, a qualquer hora.
E o João Goulart gostava disso, de demagogia. E movido por demagogia, ele incitou marinheiros e arregimentou sargentos para lhe darem respaldo, menosprezando oficiais da marinha e do Exército.
Pediu, levou. Aí é que veio a revolução de 31 de março. Então os poltrões fugiram e deixaram para trás os energúmenos que os seguiam. Esses, começaram a assaltar bancos, com o fim de arrumar dinheiro para uma contra-revolução.
Então, tudo começou assim: com a violência dos bandoleiros, que eram mais machos do que o João Goulart e o Brizola, os fujões.
O troco veio, é claro. E deu mortes, e deu gente presa e torturada. Mas também deu assaltos e sequestros patrocinados pelos seguidores dos poltrões.
Esses últimos, os energúmenos, chegaram ao poder. Conseguiram o que queriam: além do poder, o enriquecimento à custa de negociatas que o poder favorece e de "indenizações" com as quais lavam a burra. Quer dizer, metem a mão no dinheiro público sem um pingo de vergonha na cara.
Mas, não contentes com isso, agora querem vingança também. E nesse ponto têm o apoio de considerável parte da imprensa que vive da propaganda governamental.
Por isso é que estão festejando o fim da ditadura.
Só mais uma coisa: o fim da ditadura de Getúlio Vargas eles não comemoram e ninguém conta quantos anos se passaram desde então.





sexta-feira, 28 de março de 2014

O MINISTÉRIO PÚBLICO E A COPA

João Eichbaum

Vocês sabem me dizer o que é que o Ministério Público tem a ver com a Copa do Mundo?
Confesso minha santa ignorância: eu não sei.
Tenho acompanhado pela imprensa essa bagunça toda, que envolve “estruturas temporárias” no Estádio do Internacional de Porto Alegre, como condição para que a capital do Estado, e em particular o referido estádio, conhecido como Beira Rio, sirva de palco para algumas partidas de futebol entre seleções.
As tais de “estruturas temporárias”, ao que me consta, não se situariam dentro do estádio, mas na entrada, em área que não sei se é  próprio municipal ou do clube. Estariam orçadas em cerca de trinta milhões de reais e seriam usadas apenas durante a copa.
O Internacional se nega a bancar tais obras provisórias, alegando que não tem dinheiro para tanto. Também a Prefeitura de Porto Alegre diz que ta dura.
Pois a corda arrebentou pro lado do Estado, que nada tem a ver com a copa: as empresas que financiarem as tais de “estruturas” ficarão isentas do recolhimento do ICMS. Meio na marra o projeto foi enviado para a Assembléia e aprovado pela situação e outros partidos que não são nem uma coisa, nem outra, nem oposição, nem situação. Só votou contra quem é da oposição, mesmo. E o próprio governador, longe de aplaudir a aprovação (afinal, vai arder no dele) criticou a realização da Copa, tão badalada pelo seu líder, Lula.
Pois agora aparece o Ministério Público para dar o seu palpite, através de um promotor que teria lido o contrato firmado entre a FIFA e o Internacional. Diz o promotor que o clube tem a obrigação de custear as “estruturas temporárias” por força daquele contrato.
Qualé a do Ministério Público? Examinar contratos particulares, firmado entre pessoas jurídicas de direito privado, donas do próprio nariz? E, pior do que isso, interpretar o contrato e dar opinião?
Onde estamos, gente? Quando é que o Ministério Público vai reconhecer os seus limites? Será que o promotor pensa que a opinião dele tem alguma eficácia jurídica?
 O Ministério Público não tem coisa melhor para fazer em prol dos cidadãos, ou acha que o povo tem direito ao “pão e circo” da Copa, com o qual o Inter não quer colaborar?
Ou, não tendo outro lugar para aparecer, a instituição resolveu posar de árbitro e, na bola dividida entre o Inter e a FIFA, decidiu apitar pênalti em favor dessa...




quinta-feira, 27 de março de 2014

ESPETO CORRIDO

Hugo Cassel

Isso foi o que fez a “presidenta” ao apresentar sua nova Tropa de Combate, composta pelas mulheres brasileiras, que vão “garantir sua reeleição”. Penso que “Navega na Maionese”, pois as mulheres brasileiras faz tempo que acordaram e não vão embarcar nessa canoa furada tripulada pelas Gleises, Roseanas, Idelis, Rosas,Graça Foster, e outras incompetentes que emporcalham a politica neste País. Conte Senhora, com os votos das esposas dos médicos, conte com as esposas e filhas dos aposentados, com as mulheres religiosas da Nação Evangélica e da Nação Católica,  das mulheres na interminável fila do INSS, dos Hospitais, daquelas cujos filhos e filhas são atacados dentro das Escolas, daquelas que não tem creche para suas crianças, porque , mentiu prometendo 1500 e não cumpriu nem 10%. Acho que sendo também mãe, vossa mercê não votará em si mesma. Depois trate de explicar a falência da Petrobras, o Porto em Cuba, a Refinaria Fajuta Americana, o Metrô Em Caracas. O corte absurdo nos recursos para o Turismo, detonando a única Indústria que bem administrada, responde em outros países a 70%  do PIB.
O desastroso governo petista que levou o Brasil ao lamentável estado de guerra civil em que nos debatemos, às vésperas de uma Copa Mundial, agoniza. A bandidagem domina, porque sabe que fica impune, enquanto a policia é punida. Bandido tenha a idade que for, tem que ter apenas um direito: Escolher entre Cadeia ou Cemitério! O surgimento de uma quarta candidatura é uma “Luz No Tunel”. Seis milhões de assinaturas em 30 dias, é um recorde. A  Esperança veste Verde Oliva. Por falar nisso deixo aqui um agradecimento que está na memoria dos brasileiros, que têm como os jornalistas, um compromisso com a verdade: VIVA 31 DE MARÇO! OBRIGADO BRASIL !!
PITACO-Sendo o ESPETO, uma coluna de opinião, me pergunta um leitor o que é ÉTICA?- E um conjunto de Valores Morais e Princípios que norteiam a conduta humana na Sociedade. Esse conjunto não é pétreo. Depende da ótica de cada um. O que para um jornalista é antiético, para um advogado  pode ser normal. Já dizia um filósofo: No hay verdad, ni tampoco mentira. Todo estará de acuerdo com el cristal com que se myra”



quarta-feira, 26 de março de 2014

VARA DE FAMÍLIA
João Eichbaum

Favorecido até pela Constituição, o puxa-saquismo é uma instituição nacional. Dentro e fora dos órgãos públicos ele é a máquina que propulsiona interesses pessoais e engorda vaidades. Segue o exemplo.
A Constituição Federal defere aos “órgãos de representação da classe” dos advogados a composição de lista sêxtupla, arrolando  bacharéis “de notório saber jurídico e ilibada conduta”, candidatos à toga de desembargador ou  ministro.
Esqueça os requisitos do “saber” e da “conduta”, porque os ingredientes pessoais que contam são outros: a vaidade, ou a necessidade de emprego. Ninguém “de notório saber jurídico” fecharia sua banca famosa e rendosa em troca de serviço público, senão por vaidade. Mas, há casos em que advogados trocam sem pestanejar seu escritório meia boca por uma toga de ministro ou desembargador.
Há também os expertinhos, claro. Eles têm banca famosa e rendosa, composta por membros da família e amigos do peito e por isso não fecham o escritório, mas o entregam aos filhos e aos amigos, para que continuem o negócio. Depois de cinco anos eles têm clientela garantida, além dos belos trocadinhos de aposentadoria de desembargador ou ministro. Sem contar a influência do “nome do pai” em alguns togados, fracos de carne e de espírito também.
É claro que, na lista dos Conselhos da OAB, o que conta, em primeiro lugar, é a amizade: se você pode escolher para desembargador ou ministro um amigo, mesmo que ele não seja grande coisa no Direito, por que vai escolher um inimigo inteligente? O amigo o receberá debaixo da toga de desembargador ou de ministro e não ficará indiferente às petições que você lhe fizer ao pé do ouvido. Pode até rolar beijinho no ombro. Mas nada ganhará você, se escolher um inimigo, ou um conhecido, que às vezes o cumprimenta, outras vezes não, ou algum bacharel que já o sacaneou numa causa.
Então, vamos ao que realmente lhe interessa.  Se você for conselheiro da OAB, não lhe agradará ver, com toga de ministro ou desembargador, quem não vai com sua cara, ou quem, com certeza, nunca lhe dará uma mãozinha, mesmo que você lhe diga que a toga lhe cai bem ou combina com a cor do cabelo (implantado) dele.
Partindo desse pressuposto, agora o Brasil inteiro está capacitado a entender por qual razão a menina Letícia Melo, quimicamente loira, foi escolhida como desembargadora do Tribunal Regional Federal da 2ª Região: é filha da desembargadora do Tribunal de Justiça do Distrito Federal Sandra de Santis Mendes de Farias Melo e de seu consorte - e bota sorte nisso - o ministro do Supremo Tribunal Federal Marco Aurélio Melo, primo do Presidente da República que o nomeou, Fernando Collor de Melo.
O puxa-saquismo serviu de alicerce para que a menina, ops, a desembargadora conseguisse o emprego de que precisava. O pai, Marco Aurélio, a mãe Sandra, e a filha Letícia: graças ao conselho da OAB do Rio de Janeiro, o Judiciário se transformou numa grande Vara de Família.







terça-feira, 25 de março de 2014

PLANETACHO


É OUTONO.
As folhas das árvores
Perdem o sono.

É outono.
Céu cinzento.
Plátanos calvos observam
folhas em voo livre
flutuando no vento.

É outono.
Pardais sem teto,
cigarras afônicas,
folhas sem dono.

É outono.
todas formigas andam em linha,
exceto uma
que em sua extrema solidão
perdida caminha
por um infinito verão.

(Per)verso
Depois de um tórrido verão
O outono vem a calhar
É  a vida que segue
entre varrer folhas
e a calha limpar




segunda-feira, 24 de março de 2014

IMORALIDADE OU DESÍDIA?

João Eichbaum

Por detestar indecências e absurdos, afirmo: compraram merda por bosta. Isso. Isso mesmo que vocês estão lendo. A Dilma, que era a presidente da Petrobrás, comprou a preço de ouro um meio monte de merda. Assim,ó. A refinaria Pasadena, nos Estados Unidos, foi vendida para a Astra Oil por quarenta e dois milhões e quinhentos mil dólares, e a tal de Astra Oil vendeu para a Petrobrás por trezentos, olha só, por trezentos e sessenta milhões de dólares, a metade da porcaria. E por contrato ainda a Petrobrás ficou obrigada a comprar o monte inteiro da merda, que acabou lhe custando oitocentos e vinte milhões e quinhentos mil dólares.
E aí meteram no meu, no teu, no nosso e no vosso. O deles continuou virgem, como vereis.
É mole?
Acontece que esse negócio das arábias precisava ser aprovado pelo Conselho de Administração da empresa brasileira, à cuja testa estava a Dilma, comandando os conselheiros, escolhidos entre companheiros precisando de emprego e empresários de altíssimo coturno. Entre eles um muito badalado, por ser "gaúcho", com entrada e saída em todas as áreas, grande mentor da Qualidade Total: Jorge Gerdau Johannpeter.
Que a Dilma caísse nesse conto do vigário sozinha, tudo bem. Ela não é do ramo. Não conseguiu administrar nem uma lojinha de um e noventa e nove. Mas o Jorge Gerdau, o famoso Jorge Gerdau, conselheiro do Lula e da Dilma?
Peralá. Por que é que ele foi compor o Conselho da Petrobrás? Porque precisava dum emprego?
Tem dó.
Ele foi pra lá por causa da fama. Fama só de jornal, claro.
Porque se ele fosse um homem entendido na coisa, bom de negócio, não iria dizer "amém" para a Dilma que, sem saber ou não, estava enriquecendo a companheirada do PT.
Ou ele, o Jorge Gerdau, foi convidado para o Conselho sob a única condição de dizer "amém", a troco de alguns mil reais  mensais que não são de jogar fora ? Confesso pra vocês que eu queria ganhar o que ganha um Conselheiro da Petrobrás.
Então, ficamos assim: a Dilma não sabia bosta nenhuma do que se tratava, e se tratava de bosta mesmo. Mas confiava no Jorge Gerdau, que era mestre no assunto.
Resultado: deu merda.
Então, que o Jorge Gerdau vá passar os dedos na almofada com tinta da Polícia Federal, ou caia fora, para não se misturar com corruptos, tratando de cuidar de sua empresa, em Sapucaia do Sul, onde gente sem qualificação morre ou fica aleijada, carregando ferro ainda ardendo em fogo.
Mas não pose nos jornais com pinta de grande empresário. Que arrume outro enredo na novela da vida, para aparecer nas colunas sociais.





sexta-feira, 21 de março de 2014

A NOVA DESEMBARGADORA FEDERAL DO RIO DE JANEIRO

João Eichbaum

Decididamente: moralidade é uma palavra que não existe no dicionário do serviço público. E, assim sendo, é claro que a atitude moral também não existe no comportamento daqueles que exercem o poder público.
Cara de pau, sim. Cara de pau é o que mais se vê entre os poderosos.
Para quem ainda não sabe, dou a notícia: foi escolhida pela Dilma Rousseff, como desembargadora do Tribunal Regional Federal da 2ª Região, a advogada Letícia Mello.
Com 37 aninhos, levou a melhor sobre colegas  mais vividos, pelo menos: Henrique Alochio, de 47 anos e Rosane Thomé, 52 anos.
Mas, como – perguntarão vocês – porque a advogada mais nova, exatamente a mais nova foi escolhida como desembargadora, quando, com tal idade, dificilmente um juiz de carreira, concursado, chega lá?
Ah, meus caros,ela tem “pedigree”. A agora desembargadora não é senão filha do ministro Marco Aurélio de Melo, do Supremo Tribunal Federal, que lá chegou também por ter “pedigree”: é primo do então Presidente da República, que o nomeou.
E a mãe da novel desembargadora é também do ramo, a desembargadora do Tribunal de Justiça do Distrito Federal e Territórios Sandra de Santis Mendes de Farias Melo. (que nomão, hein? Te mete!)
A menina Letícia foi a mais votada da lista de candidatos organizada pela OAB do Rio de Janeiro. Então, começa por aí: os advogados interesseiros, querendo granjear a simpatia do Ministro e de sua esposa desembargadora, botaram na lista a filhinha do casal. A lista, com seis nomes, foi para o Tribunal Regional Federal. Lá, os desembargadores eliminaram três candidatos e fizeram chover votos para a menina Letícia, para puxar o saco do ministro e fazer feliz sua colega desembargadora do Distrito Federal e Territórios.
Certamente foram eliminados da lista os advogados com tendências petistas, a fim de que a Dilma não caísse na tentação de nomeá-los e puseram a Presidente da República em camisa de força, para escolher a mais votada, a menina Letícia.
É assim, meus amigos, que se botam homens e mulheres debaixo da toga de ministro e desembargador neste país.
Agora, quando lerem meu romance ESSE CIRCO CHAMADO JUSTIÇA, ninguém poderá me chamar de mentiroso.


quinta-feira, 20 de março de 2014

SEM CENSURA*

Fabrizio Albuja

Hipócrita? Oportunista? Imoral? Por qual critério começar?
Escrevo sobre o marco regulatório da internet que tem como principal ponto a punição de quem publica informações ofensivas contra o governo. Censura?

Qual o critério de “ofensivo” ? Vou usar alguns dos meus critérios pessoais para poder descrever esse conceito.

1.       Fico ofendido quando vejo um país que é, há 12 anos, comandado por um semi-analfabeto sem preparo nenhum, apenas com um discurso populista e mentiroso.

2.       Fico ofendido quando, quem representa meu país, é uma mulher que já fez parte de uma quadrilha de roubo a banco.

3.       Fico ofendido quando vejo um partido político em que o conceito é “trabalhar”, gerar a cultura da vagabundagem no nosso país.

4.       Fico ofendido quando, após todas as provas, um STJ decide por absolver mensaleiros do crime de formação de quadrilha.

5.       Fico ofendido quando num país com tanta necessidade real, seja social, seja econômica, seja o que for, inventam uma Copa do Mundo sem estrutura, preparo e utilizando dinheiro público para interesses essencialmente particulares.

6.       Fico ofendido quando tenho alunos da quinta série que não sabem ler, escrever e muito menos as operações matemáticas básicas.

7.       Fico ofendido quando vou ao posto de gasolina e o litro custa três reais, sendo que o Brasil não importa petróleo e mesmo assim temos o combustível mais caro do mundo.

8.       Fico ofendido quando vejo um aposentado que vive há anos sem correção da previdência, pois, não existe proporcionalidade em relação ao valor pela sua contribuição em vida. Diferentemente da aposentadoria dos políticos que estão ou não no cargo.

9.       Fico ofendido quando, sabendo que se arrecadam tantos bilhões em impostos dos brasileiros, esse dinheiro serve para financiar governos comunistas em Cuba e no continente africano.

10.   Fico ofendido de ter que gastar em elaborar este texto e algum senador sem-caráter vota em calar minha voz.

A melhor solução para quem mora no Brasil é tentar fugir daqui. Se não posso dar opinião sobre o meu país é porque ele não me merece. A cada dia mais tenho vergonha de ser brasileiro.

* Publicado no Alerta Total
Fabrizio Albuja é Jornalista e Professor Universitário.




quarta-feira, 19 de março de 2014

O MILAGRE DO PADRE ANCHIETA
João Eichbaum

Embora ignorassem a hipocrisia e outros os vícios da convivência urbana, os índios sabiam das coisas. Conheciam muito bem os machos, as fêmeas e as fraquezas de cada um: a vaidade dessas e a concupiscência daqueles, o básico da antropologia. Eles sabiam que uma fêmea pode levar o macho ao paroxismo, com uma sensação paradisíaca, que nem os deuses rejeitariam.
E estavam sobrecarregados de razão, cá pra nós. Enfeitiçado pela mulher, o homem se torna dócil como um cachorrinho, e logo quer colo e cafuné. Nem voto de castidade é seguro contra cantada de mulher. E qual é a mulher que resiste à tentação de impor seu domínio sobre o macho, ainda que o seja pelo escasso tempo exigido pelas glândulas reprodutoras, que o encharcam de lascívia?
Os índios sabiam disso. E, não por serem gente fina, mas para torturarem o condenado à morte, mostrando o mal que  lhe fazia a finitude ao privá-lo do melhor da vida, lhe ofereciam uma fêmea.  À sua escolha, com os requisitos exigidos pela concupiscência: lasciva, bela, natural, sem a farsa da borracha sabor morango.
E punham na frente dele, sem passarela, sem requebros e sem cílios postiços, virgens recém saídas da meninice, peitinhos com mamilos endurecidos pelo desejo, partes pudendas desbastadinhas de pêlos, cascatas de cabelos negros escorrendo pelas costas nuas.
É claro que, desse modo, os índios se poupavam de perguntar ao macho qual seria seu último desejo. Eles sabiam que não há paraíso fora da natureza, e que só deuses maus seriam capazes de negar a felicidade.
A extinção dessa sabedoria indígena teve início com a palavra do padre José de Anchieta, em cujas pegadas seguiram os bandoleiros cristãos, apelidados de “bandeirantes”. Seduzido pelos delírios psicóticos dum padre espanhol que ficara assexuado depois de levar uns tiros nos bagos, Anchieta renunciou ao melhor de sua juventude, trocando o esplendor da Europa por um cafundó inóspito. Aqui veio com a missão de destronar Tupan, para empossar Jesus Cristo. Na mira desse objetivo, passou a intoxicar o espírito dos indígenas com mistificações e paradoxos. Do conceito pernicioso de “pecado” à danação dos ingênuos Adão e Eva, por uma culpa que se redime à base de água, sal e cuspe, lhes foi minando antigas convicções.
Sim, Anchieta foi o pioneiro dessa barbárie para a qual foi usado como inocente útil: a lavagem cerebral de outros inocentes, os autóctones, que tiveram sua cultura subvertida pela mitologia cristã. Foi o primeiro passo para a dizimação da raça.
Conta-se que ele se fez refém voluntário dos índios tamoios, correndo o risco de ser condenado à morte. Nessa condição, seguindo os costumes, os índios lhe ofereceram o paraíso antes de morrer: os encantos de suas mulheres. Segundo a lenda, o jesuita teria resistido à testosterona, em troca de um poema para outra Virgem, a Maria.
Agora se diz que, mesmo sem ter produzido milagres, Anchieta será declarado “santo”. Engano irremissível. Ninguém até hoje produziu tão embasbacador milagre como ele, resistindo às sonoras cantadas de virgens nuas. Em tupi-guarani.












terça-feira, 18 de março de 2014

PLANETACHO

YESTERDAY

Dizem que a chapa do Senador Pedro Simon (assim como o PMDB) é única e ao mesmo tempo de oposição.

Gastar oitenta mil reais no dentista foi falta de siso do tradicional político gaúcho. O pivô foi um implante...

Os gastos com tratamentos dentários dos senadores poderiam ser bem maiores, se tivéssemos eleito crocodilos para o Senado.

Vêm aí o escândalo dos colírios e então se completará o ciclo do olho por olho dente por dente.

Enquanto isso, o País vai lomba abaixo. Só na banguela, é claro.

Teria o velho senador trocado suas sandálias de São Francisco pela dentadura de Sílvio Santos?

A dentadura do Senador entra agora para o folclore da política, junto com a Elba do Collor e o som do Lula.

Tivemos também mudanças no ministério. A presidente Dilma trocou seis por meia dúzia.

Já o STF absolveu um deputado da acusação da formação de quadrilha. Ficou constatada a inocência, já que o réu era um corrupto autodidata.

A câmara de Porto Alegre terá câmeras e grades para reforço na segurança. Ainda não se sabe de quem...

Enquanto isso, o celular foi apontado por uma pesquisa como o pior serviço na área de telecomunicações. Só não perdeu para o sinal de fumaça.

Aqui no Rio Grande do Sul, o escândalo de sempre: 300 mil litros de leite fraudado foram enviados para São Paulo e Paraná, e a vaca segue indo para o brejo.

Novidade na TV: a Globo está pensando em fazer um reality show com o pessoal da base aliada do governo. Será PMDBBB




segunda-feira, 17 de março de 2014

O VOO MH 370
João Eichbaum

O mundo todo está de olhos voltados para as notícias sobre o voo MH370, da Malaysia Airlines, que desapareeu, sem deixar rastros, uma hora depois de decolar de Kuala Lumpur para Pequim, há mais de uma semana.
Há especulações de toda a ordem sobre o fato, pela simples razão de que o silêncio abocanhou todas as possibilidades normais que podem cercar o desaparecimento de uma aeronave: queda no mar ou em terra, desintegração no ar.
No caso, não há indícios de qualquer uma dessas hipóteses. Não foram encontrados destroços na terra, nem marcas do seu desaparecimento no mar. E ainda que a aeronave se tivesse desintegrado por força de explosão, em algum lugar apareceriam restos de metal, pelo menos.
Então se cogita de sequestro, que implicaria, entre outras hipóteses, a mudança de rota do voo. Mas, que tipo de mudança? Para onde teria ido? Onde teria pousado?
Qualquer uma dessas três perguntas encontraria resposta facilmente na era da tecnologia em que vivemos. Afinal, se trata de uma aeronave gigante, com duzentas e trinta e nove pessoas a bordo, e não de um barquinho qualquer, que poderia ser devorado até por um tubarão – com perdão do exagero.
O mistério envolve cogitações mil, inclusive a de estarem vivos os ocupantes do avião.
Tomara que assim fosse. Tomara que o pânico não tenha atormentado as pessoas, que a morte não as tenha supreendido no meio das alegrias, que a aproximação do fim inevitável não as tenha tornado conscientes de que estavam partindo para sempre, rumo a um lugar donde ninguém volta. E sobretudo, que ninguém tenha padecido dor. Tomara.


sexta-feira, 14 de março de 2014

DE BIBULI CULO

João Eichbaumo

Antigamente, juízes, advogados e jornalistas eram pessoas mais cultas. Eram doutos, como se dizia. Doutores, propriamente, não os havia.
Eles sabiam construir uma frase dentro das regras gramaticais, com sujeito, predicado e verbo nos devidos lugares. Sabiam também construir um discurso claro e, ao mesmo tempo, enriquecido por bom vocabulário.
Sempre sustentei que, sem o conhecimento do latim, não se pode construir um pensamento corretamente, com a clareza e a perfeição gramatical necessárias.
O discurso da pessoa culta é, antes de mais nada, elegante, escorreito, musical.
Mas, hoje, as pessoas cultas estão desaparecendo e dando lugar para juízes, advogados e jornalistas e muitos “doutores” e “pós-doutores”, que não têm intimidade com o vernáculo. Por desconhecerem o latim, desconhecem também o idioma português, que descende diretamente da língua de Cícero. E, por tal razão, raramente se depara com algum discurso elegante, escorreito, musical.
A linguagem da informática, então, acabou de vez com algumas tentativas de se escrever corretamente. Hoje, é comum se ouvir falar em “oportunizar”, “digitalizar” e outras monstruosidades criadas exatamente pela falta de intimidade com o vocabulário português.
Para aparentar sabedoria, bacharéis, que peregrinam por foros e tribunais, de vez em quando arriscam algum axioma jurídico em latim, embora não tenham muita certeza sobre aquilo que dizem. E os “doutores”, brandindo seus diplomas, usam uma linguagem rebuscada, o mais das vezes sem pé nem cabeça, e seguem por aí enganando os mais burros do que eles.
Nesse quadro de insciência geral,  cada um faz o que quer com a língua portuguesa, inventando vocábulos, parindo verbos e atropelando a sintaxe, coisa que me faz lembrar aquele velho ditado popular: “ dominum bibuli culus non habet”.
Tenho certeza de que eu poderia pronunciar essa frase numa sustentação oral perante o Supremo, que nem o mais doutor dos doutores de lá conseguiria traduzi-la.
Algum dos meus leitores teria coragem de repeti-la numa sessão solene qualquer?



quinta-feira, 13 de março de 2014

A DESFARÇATEZ DO SUGISMUNDO
Luiz Sérgio Silveira Costa*

Os políticos brasileiros têm uma característica nefasta: a desfaçatez, ou atrevimento, causados pelo absoluto desprezo que têm com a inteligência, a sabedoria e a memória alheias, especialmente depois de eleitos. Não é preciso nem se referir ao almanaque de descaradas frases de Lula, bastando citar uma, a campeã do desfile, do chefe do mensalão - não mais quadrilheiro, agora coautor de crime, por causa de certos e piedosos ministros do STF: “O PT não rouba e nem deixa roubar”!

Recentemente, ocorreu uma, do notório governador do DF, que, pego em visita a Dirceu na prisão, disse que "aproveitou" uma inauguração em local próximo para, em seguida, fazer uma "inspeção" na Papuda”.... A última é do prefeito carioca, que joga resto de comida para o alto, na rua; após acordo com os lixeiros, fanfarronou: “Eu me sinto agora como um capitão que retoma o controle da nau”!!! Como, alcaide? Ofereceu 9% de aumento, teve que se render a um reajuste de 37%, e acha que é o bambambã???

Não que os lixeiros não merecessem esse copioso reajuste, especialmente quando o STF permite salários ilegítimos acima do teto, e ainda mais para uma classe que o povo carioca respeita, pelo seu duro, digno e competente trabalho, mas a nau passou às mãos dos amotinados, por causa do insensato e gabarola comandante.

Que não nos esqueçamos disso, nas próximas eleições: não votemos em quem não nos respeita!!

E que, além de tudo, é Sugismundo!!!


*Luiz Sérgio Silveira Costa é Almirante, reformado.
Artigo publicado no Alerta Total – www.alertatotal.net





quarta-feira, 12 de março de 2014

O BAIXO ASTRAL DA JUSTIÇA

João Eichbaum

A Justiça não é mais aquela. Ponto, e sem rima. Gradativamente, ela vem perdendo aquela majestade que provinha do farfalho da toga. De uns tempos para cá, já não se pronuncia com respeito a palavra juiz. Depois que alguns magistrados foram parar atrás das grades por conta de malfeitos, outrora impensáveis debaixo da toga, a expressão "juiz ladrão" perdeu o caráter da exclusividade nos campos de futebol.
Nas últimas semanas, então, as notícias sobre o Judiciário não são de banhar de lisonja a instituição, que deveria ser o sustentáculo de todas as esperanças do povo.
Os maus fluídos vieram de cima para baixo. Começaram no Supremo Tribunal Federal, dividindo os algozes da Justiça entre os que vituperam os maus humores, a intransigência e a intolerância de Joaquim Barbosa, e os que não engolem a dialética dos ministros favoráveis aos mensaleiros.
Desse modo, o Supremo Tribunal Federal, como um todo, instância última para todas as esperanças, se transformou num alvo fácil de censura e desconfiança. Enquanto juízo único, a despeito das correntes diversas que o atravessam, baixou sua cotação popular, chegando ao pior ponto a que pode chegar um juiz de futebol, com seu ego massacrado: conseguiu desagradar a todas as torcidas.
Na esteira dessa má fase, temos notícias pouco alvissareiras para a segurança do povo gaúcho: uma juíza, que atualmente responde pela Vara do Júri da capital do Estado, cobre com o manto de sua indulgência os presos submetidos à jurisdição daquele Juizado, libertando-os. A magistrada, com perfil de mulher atraente, elegante, bem tratada pela natureza (benza Deus!) a que ela agrega piercings e tatuagens, já foi tema de jornal, quando exercia suas atividades em Caxias do Sul. Liberado por ela, um preso matou o irmão do bispo daquela cidade, num assalto. Mas, a lição não serviu, nem para ela, nem para o Judiciário do Rio Grande do Sul
Para o promotor de Justiça Eugênio Amorim, "ela faz um trabalho danoso, em nome de uma ideologia de esquerda, marxista, que prega que todo mundo é vítima da sociedade".
Segundo notícias da imprensa da capital, os presos libertados por Sonáli Zluhan - esse o nome da meritíssima - estão fora de qualquer processo de canonização: são acusados de homicídio, formação de quadrilha, tráfico de drogas, receptação. Com eles soltos, aumenta-se o descrédito na Justiça, porque a formação da culpa se pulveriza, empobrecendo a prova condenatória.
E para fechar o ciclo do baixo astral do Judiciário, a notícia vem do Rio de Janeiro: lá se descobriu que uma juíza ingressava na Justiça, pedindo indenização por ofensas ao seu direito de consumidora, e ela própria se dava ganho de causa. Culpa do estagiário, claro, que fazia as sentenças, e a magistrada se limitava a passar sobre elas o seu jurisdicional jamegão.
Metido no arcabouço de antanho, o Judiciário não se deu conta de que a humanidade já não é mais a mesma do início do século XX. Resultado: descurou de qualificar sua mão de obra. Noves fora as exceções, que confirmam a regra, claro.


terça-feira, 11 de março de 2014

PLANETACHO

Roberto Carlos nos últimos dias tem sido criticado por deixar de ser vegetariano e comer filé em um comercial por um bom punhado de verdinhas.

Inacreditável que o autor do clássico “120...150...200 Km Por Hora”tenha adotado de vez o espeto corrido.

Poucos sabem, mas Roberto nos anos 60, durante uma festa de arromba, assou meio quilo de picanha com uma brasa, mora!

Isso não seria problema se ele não tivesse convidado “um milhão de amigos”.

Foi quando se justificou para sua mulher:
- Amanhã de manhã vou pedir um café pra nós dois...

Quando o rei apareceu na tela, comendo um filé no comercial, muitos levantaram a suspeita de que talvez a música “Eu te darei o céu” tenha sido feita para uma vaquinha.

Se era para fazer um comercial com um artista que gostasse mesmo de comer carne, que fizessem com o Mano Lima ou com o Gaúcho da Fronteira.

Todo ano a mídia fala de um novo romance do rei. Até agora ninguém cogitou a Mulher Filé.

O certo é que Roberto Carlos, com o que arrecadou com o reclame, recebeu uma boiada de dar inveja na vaquinha do PT.


segunda-feira, 10 de março de 2014

ESPETO CORRIDO

Hugo Cassel

Sobre esse assunto que ganhou manchetes dias atrás, lembro um fato ocorrido na Turquia: Um jogador negro do clube visitante ao entrar em campo foi “agraciado” pelos gritos de “Macaco” e alvejado com duas bananas. Juntou as frutas, comeu, e atirou as cascas de volta para a torcida. Foi pro jogo e meteu 3 azeitonas no gol deles.
Enquanto isso, o jogador TINGA, vitima da mesma coisa, provocou uma celeuma chorosa e milhares de mensagens de consolo. Conheço Tinga desde que ele ainda garoto, e sem essa cabeleira horrível que usa agora, chegou ao Grêmio, vindo do paupérrimo bairro Restinga. Enfrentou criticas e até rejeição mas deu a volta por cima.
 Quero registrar que por mais que seja punida, a discriminação vai existir sempre. Por uma simples razão: Os exemplos: Quem mais discrimina os negros no Brasil, SÃO OS PRÓPRIOS NEGROS!
Basta que o atleta ou artista negro assine um bom contrato, para que “descubra” uma linda loira, apaixonada por ele desde criancinha. Passa a usar grossa corrente de ouro, brinquinho de brilhante e inventar penteados diferentes, e tatuagens idiotas.
O maior exemplo é Pelé, com a XUXA, a primeira e as outras que vieram depois .
Pode ser acusado por discriminação? Lembro que outro queixoso é AROUCA do próprio Santos. Assim sendo refuto quem fala em “Loira Burra”. São inteligentes, pois conseguem sempre o seu “Pretinho Básico”. Me arrisco a dar um conselho a esses “ofendidos” por discriminação: Deixem de frescuras e façam o seu trabalho, da melhor forma que possam, que para isso são regiamente pagos. Não liguem para essa minoria de “branquelos” ignorantes. Eles vão existir sempre. Punir clubes e torcidas, é risco de cometer injustiças. Tenha orgulho de sua raça que produziu tantos
milhares de cidadãos exemplares em todo mundo. E principalmente não “Pensem Pelé”. Pensem Mandela. Peçam Escolas, Creches, Hospitais, Segurança, pois o resto vocês conquistam , sem precisar de quotas nem de decisões judiciais. SI VIS POSSET. Se Quiseres Podes.

PITACOS: Todo Respeito às mulheres, em todos os ramos da Sociedade Humana.

MENOS NA POLITICA. São fracassos de Eva até Dilma. TURISLIXO: O PT ofereceu o TURISMO ao PMDB. Resposta: Não aceitamos LIXO! Vão morrer abraçados?