O VOO MH 370
João Eichbaum
O mundo todo está de
olhos voltados para as notícias sobre o voo MH370, da Malaysia Airlines, que
desapareeu, sem deixar rastros, uma hora depois de decolar de Kuala Lumpur para
Pequim, há mais de uma semana.
Há especulações de toda
a ordem sobre o fato, pela simples razão de que o silêncio abocanhou todas as
possibilidades normais que podem cercar o desaparecimento de uma aeronave:
queda no mar ou em terra, desintegração no ar.
No caso, não há
indícios de qualquer uma dessas hipóteses. Não foram encontrados destroços na
terra, nem marcas do seu desaparecimento no mar. E ainda que a aeronave se
tivesse desintegrado por força de explosão, em algum lugar apareceriam restos
de metal, pelo menos.
Então se cogita de
sequestro, que implicaria, entre outras hipóteses, a mudança de rota do voo.
Mas, que tipo de mudança? Para onde teria ido? Onde teria pousado?
Qualquer uma dessas
três perguntas encontraria resposta facilmente na era da tecnologia em que
vivemos. Afinal, se trata de uma aeronave gigante, com duzentas e trinta e nove
pessoas a bordo, e não de um barquinho qualquer, que poderia ser devorado até
por um tubarão – com perdão do exagero.
O mistério envolve
cogitações mil, inclusive a de estarem vivos os ocupantes do avião.
Tomara que assim fosse.
Tomara que o pânico não tenha atormentado as pessoas, que a morte não as tenha
supreendido no meio das alegrias, que a aproximação do fim inevitável não as
tenha tornado conscientes de que estavam partindo para sempre, rumo a um lugar
donde ninguém volta. E sobretudo, que ninguém tenha padecido dor. Tomara.
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