quarta-feira, 16 de abril de 2014

CASADO OU EM UNIÃO ESTÁVEL?
João Eichbaum

Não sei se Jesus Cristo existiu ou se foi criação mitológica do cristianismo. A hipótese mais provável é de que tenha existido, sendo posteriormente pintado pelos cristãos com caracteres mitológicos. Sou por essa hipótese: Jesus Cristo existiu, foi um animal humano como eu, tu, ele, nós, vós, eles. Dotado de forte liderança, empreendeu um discurso que agradava a plebe judaica, se dizendo o Messias enviado por Javé para salvar o povo de Israel. Esse era o discurso prometido nas escrituras judaicas, que calhavam na época, porque Israel estava sob o jugo do império romano, e o povo não tolerava isso: latim não combinava com aramaico. A pregação caiu em solo fértil, porque era exatamente o que o povo queria: viver sob um governo judeu, com saúde e boa vida.
Jesus Cristo era um ser humano igual aos outros. Um pouco acima da média, digamos. Mas, biologicamente, não era superior a quem quer que fosse. Por exemplo, quando criança, piá de doze anos, escapou à vigilância dos pais, deixou os velhos na pior e, depois de muito custo, foi encontrado a discutir com sacerdotes do templo. Levou um pito da mãe, claro, como qualquer guri levaria.
Outro exemplo: sentia fome. Com a barriga já roncando, viu uma figueira e se entusiasmou, pensando que ia enganar o estômago. Mas, qual o quê, a figueira estava seca, sem fruto algum. Então ele, como faria qualquer macaco humano, ficou pê da cara, e mandou a inocente árvore para aquele lugar: "que nunca mais dês fruto algum". A mesma raiva ele botou no chicote contra os camelôs do templo. E teve sede também. Depois de levar uma tunda e tendo que carregar a cruz até o Calvário, foi pregado na madeira e não aguentou: "tenho sede" (sitio).
Pouco antes do "pega pra capar", lá no horto de Getsêmani, ele se arrepiou, sentiu medo, aquele imenso e humano frio na barriga, até meio que duvidou da capacidade de Javé: "pai, se possível, afasta de mim esse cálice..."
No curso de sua vida, também mostrou que tinha as fraquezas do macho. Convidado para um ágape na casa das irmãs Marta e Maria, lá ficou se entretendo com a Maria, enquanto a Marta ralava na cozinha. E quando a Marta reclamou que a irmã não ajudava, ele se saiu com essa:"a Maria escolheu a melhor parte".
Esse lado humano, descrito nos evangelhos, se ajusta às regras biológicas a que está submetido o macaco pensante e falante. Mas, para ganhar pontos e plateia, o cristianismo agregou poderes divinos ao Nazareno. Isso era necessário para que ele não ficasse em patamar inferior aos demais deuses criados pela mitologia adversária.
Hoje, a ciência começa a despi-lo desses caracteres mitológicos. Um fragmento de papiro, analisado por cientistas das Universidades de Harvard, Colúmbia e MIT (Instituto de Tecnologia de Massachussetts) revela alusões de Jesus Cristo à sua "mulher", que poderia ser "sua discípula" .

Nada de extraordinário. A análise científica revela apenas que o Nazareno, admitida sua existência, foi um homem cheio de boas intenções e biologicamente igual a qualquer um de nós, você, eu, o Lula e o resto da turma que curte cabecinha de mulher no ombro.

Um comentário:

DEMOCRACIA JUSTIÇA E ESPIRITUALIDADE disse...

jOAO.: jESUS foi homem como todos nos pero com características proprias de um AVATAR, tal como Buda, Krishna, Maome, Baháu´lah etc etc. dizem ate que ele nao morreu na cruz, que foi casado com uma Marida de Magdala (o discipulo que ele mais amava"), que morreu de velho e com descendentes etc etc. Nada disto tira a mensagem Moral e Etica que deixou para nos e que infelizmente muitos dos "que deveriam de praticar a JUSTIÇA dos homens, i.e, os "operadores do direito" esquecem de aplicar: "FAÇA AOS OUTROS O QUE GOSTARIA QUE VOS FIZESSEM".