sexta-feira, 30 de maio de 2014

O PODER
João Eichbaum

Por que será que o poder embriaga? Por que será que quem assume o poder uma vez não quer mais largá-lo?
Eu respondo: porque as pessoas são pequenas. As pessoas são desse tamainho. E são justamente essas pessoas pequenas que assumem o poder. A pessoa grande, no sentido de grandeza de alma, reconhece seus limites, tem uma visão verdadeira de si mesma, é honesta consigo mesma, e tem consciência de que jamais conseguirá fazer todo mundo feliz.
Então, começa por aí: as pessoas grandes não sabem mentir, não enganam nem a si mesmas.
O contrário acontece com as pessoas pequenas, que são desonestas consigo mesmas, mentem para si mesmas que serão capazes de distribuir felicidade indiscriminadamente.
Então, quem mente para si mesmo, mente para qualquer um.
É por isso que temos os governantes que temos, desde priscas eras. Porque só os mentirosos, os enganadores se entregam à luta pelo poder e, uma vez lá instalados, não querem mais largar. E fazem qualquer negócio para se manterem no poder, vendem até uma coisa que não têm, a alma.
O que o PT está fazendo agora, essa propaganda mentirosa, enganosa, como se tivesse feito grandes realizações, não é novidade. Todos fizeram isso, todos mentiram, antes dele. Com a diferença de que governo nenhum dispôs de tanto dinheiro para mentir e para enganar como PT. E assim como ele faz propaganda, também compra adeptos, adesões, não está nem aí para o Barbosa e o mensalão. Porque arrecada o nosso dinheiro para comprar votos, através do bolsa-família, o PT está se mantendo no poder mais tempo do que ninguém.
Enfim, é assim que funciona: só os mentirosos e os desonestos querem o poder. E é por isso que o Brasil nunca saiu da merda, nunca conseguiu entrar no bloco do primeiro mundo. Entregue que foi aos mentirosos, desde o começo de sua história, o Brasil construiu uma trilha própria para eles, que honesto nenhum terá coragem de invadir

quinta-feira, 29 de maio de 2014

ALÉM DO FUTEBOL*
Por Paulo Roberto Gotaç

Em que pese a paixão pelo futebol ser compartilhada por muitos países mundo afora, é razoável supor-se que a forte associação desse esporte com o patriotismo possui características só encontradas no Brasil. 

O frisson que se apodera do povo quando a seleção está em campo, é somente comparável à emoção sentida pela população de um país quando seu exército- no caso presente, os onze gladiadores- luta pela glorificação do orgulho nacional contra um inimigo externo. Corações e mentes polarizados, enrolados em  verde e amarelo, arrepios, lágrimas e a alegria incontida do gol, são acompanhadas por erupções de amor pela pátria. 

As ocasiões em que a seleção vence os mundiais - já são cinco - explodem em manifestações catárticas, durante as quais bradam-se ao mundo as virtudes e potencialidades do povo que habita este rincão abaixo do Equador. 

Já houve até quem afirmasse que o futebol é a pátria de chuteiras e que, antes da primeira conquista, o país sofria de um complexo de vira-lata. 

É natural que assim seja, face à carência, ao longo de sua história, de grandes escritores, de notáveis cientistas, de políticos realizadores e de pensadores profundos, fato ilustrado por não ser capaz de produzir até hoje um agraciado com um Prêmio Nobel, quando vários vizinhos do mesmo continente ostentam vários.  

Não que tal laurel seja importante mas sinaliza muitas vezes a importância que outros países dedicam à educação dos seus habitantes. 

Orgulhemo-nos do nosso futebol, sim, mas exijamos de quem nos governa que cumpra as promessas de campanhas eleitorais, calcadas desde sempre na melhoria do nível de educação do povo. 

Quem sabe, um dia nos emocionaremos com outras conquistas tão ou mais importantes que as relacionadas ao futebol?

*Publicado em www.alertatotal.net


Paulo Roberto Gotaç é Capitão de Mar e Guerra, reformado.

quarta-feira, 28 de maio de 2014

A COPA QUE NÃO É NOSSA
João Eichbaum


O Brasil arriou as calças, ficou de quatro, e a FIFA se serviu dele como quis.
Ela começou com uma varredura na lei que proíbe a venda de bebida alcoólica nos estádios. Durante a copa pode, mas só a cerveja da Fifa. Para as outras bebidas alcoólicas continua valendo a lei.
Depois vieram as ordens para que tudo fosse feito de acordo com o padrão Fifa. E se seguiram as marcas e patentes exclusivas, o fim da burocracia para os interesses dela, o que se pode e o que não se pode vender nos estádios, o que se pode e o que não se pode veicular como propaganda, as palavras que não se podem pronunciar. Até no direito de ir e vir a Fifa mexeu. A serviço dela estará a PM, revistando e interceptando quem não gosta de futebol, mas passa perto do estádio.
Tudo isso porque o Brasil não tem mais futebol na vitrine. O mundo não está mais nem aí para o futebol brasileiro. Passou-se o tempo em que os tupiniquins eram os artistas, os mestres, os gênios que encantavam plateias. Já não existem Pelés, Leônidas da Silva, Domingos da Guia, Garrinchas, para ficar só nesses nomes, que  pontificavam com a bola nos pés, entortando a coluna dos gringos. Dos nossos espetáculos de futebol já não emana aquele brilho intenso de outrora. A luminosidade fátua de um ou outro jogador é tragada pelos escândalos.
O que está em foco é o mal administrado país, entregue a gangues políticas, a senhores feudais que seduzem os pobres, a estelionatários que urdem falsas verdades com mentiras explícitas. A Copa, como evento esportivo, como festa internacional do esporte, está perdendo lugar nas manchetes internacionais. O  que se exibe aos olhos do mundo é o retrato de um país incompetente e desastrado, onde a ordem é o caos. Ao invés da exaltação dos grandes feitos do futebol brasileiro, a mídia estrangeira está mostrando as misérias do Brasil.
A violência, a criminalidade, a pobreza, a corrupção, a falência dos sistemas de saúde e educação, o pau quebrando na rua, a desorganização e a irresponsabilidade em geral, o sumidouro do dinheiro público, a morte chegando com vaso sanitário na cabeça ou nos desabamentos de construções para a Copa são as pautas que dominam o noticiário sobre o Brasil.
Nem o Vaticano deixou de dar o seu pitaco, embora, nesse campo, esteja sem a autoridade e a isenção que o tema exige. Semana passada, ao alertarem o mundo inteiro sobre a exploração sexual, os porta-vozes de Deus mencionaram especialmente o Brasil, para onde acorrerão turistas ligados ao futebol e gringos loucos por mulheres e bumbuns tropicais.
Esse é o palco do espetáculo que o Lula ofereceu para o mundo, crente de que o povo se deixa engambelar por pão e circo (leia-se bolsa-família e futebol pelo telão HD financiado com o programa  “minha casa, minha vida”)). Deu no que deu: a vinda de um colonizador da FIFA, chamado Jerôme Valke, para fazer os subdesenvolvidos levantarem do berço esplêndido. E a mídia com o olho em cima, mostrando que o Brasil não leva jeito.




terça-feira, 27 de maio de 2014

PLANETACHO



1958-Na  Suécia - FATURAMOS
1962 –No México- FATURAMOS
1970 – No Chile – FATURAMOS
1994 – Nos Estados Unidos – FATURAMOS
2002 – No Japão – FATURAMOS
2014 – No Brasil - SUPERFATURAMOS

Carta à seleção brasileira

Por Márcio Rocha
Alerta Total – www.alertatotal.net

Mês de junho tem copa no Brasil
Meu País é palco do mundial
Isso até que podia ser legal
Se a pátria ainda fosse mãe gentil
Porém minha alegria desistiu
Depois de ver tamanha roubalheira
Triplicando o dinheiro pra empreiteira
Fazer estádios superfaturados
Enquanto brasileiros são chutados
Pra escanteio por toda essa sujeira.

Me desculpem, Ronaldo e Parreira
Julio César e o Davi Luiz
É que já não dá mais ver meu país
Ser tratado como uma brincadeira
Todo dia é jogado na lixeira
O futuro de um bebê inocente
Que se fosse escalado como gente
Nos gramados da boa educação
Com certeza seria um campeão
E eu iria torcer bem mais contente.

Eu sei que a seleção é inocente
No que diz respeito à corrupção
Mas não dá pra ter comemoração
Num país sem governo transparente
Brasileiro escalado pra indigente
Esquecido em corredor de hospital
Enquanto acontece um carnaval
Com os impostos da massa brasileira
Que trabalha e sequer tem cadeira
Pra sentar na rede educacional.

Nessa copa eu vou ser torcedor
De uma melhor imagem nacional
Da saúde e assistência social
Do respeito a qualquer trabalhador
Do salário mais justo ao professor
Ao militar e a qualquer cidadão
Que trabalha pra comprar seu feijão
Na labuta suada o dia inteiro
Vou pra rua com o povo brasileiro
Mas não vou pra o estádio , Felipão.

Me desculpe caro amigo Neymar
Mas essa é minha humilde opinião
Vou vestir a blusa da seleção
Vou pra rua com o povo protestar
Quero ver o meu Brasil levantar
O troféu da mudança, essa é a vez
Pois já não dá pra viver no talvez
Do pão na mesa do trabalhador
Lute por nos Neymar, mas por favor
Não nos peça pra torcer por vocês...


Márcio Rocha é Poeta.


segunda-feira, 26 de maio de 2014

OS DESLUMBRADOS
                               Dia desses a Dilma convidou alguns jornalistas e colunistas para um encontro com ela, regado a comes e bebes. A intenção da afilhada do Lula era reverter a visão que eles tinham sobre a realização da Copa aqui no Brasil.
                     Um desses convidados foi Paulo Santana, um torcedor do Grêmio, inspetor de polícia, que depois foi promovido a delegado e despeja seus sentimentos em forma de crônica na Zero Hora. Outro foi Juca Kfouri, jornalista, cronista esportivo da Folha de São Paulo.
                     O primeiro nunca foi jornalista, mas mantém sua coluna na Zero Hora, há várias décadas, porque ajuda a vender o jornal para os iletrados. Do outro pouco sei, a não ser que sabe escrever, tem um bom vocabulário.
                      O que os dois tinham em comum era uma visão negativa sobre a realização da tal de Copa no Brasil e a essa visão seguiam-se ácidas críticas.
                        Agora eles mostraram que têm outra coisa em comum: são puxa-sacos deslumbrados, que não servem como exemplo de homens que têm “aquilo” roxo. Eles se renderam à Dilma. E de tal maneira que seriam até capazes de casar com ela. Ela os seduziu com lauto banquete, pago por nós, e com charme de menina inocente, e os dois barbados caíram na esparrela.
                               O Juca revelou até que desaprendeu o português, dizendo que é correto chamar a Dilma de “presidenta”. O Paulo Santana chamou de invejosos os que o criticaram por ter cedido à sedução da Dilma. E a partir daí nenhum deles passou a falar mal da Copa.
                           Do episódio extraio duas conclusões. A primeira é de que, em casa, eles não têm comida, nem mulher  A conclusão sobre o que eles têm na cabeça, em vez de cérebro, fica por conta de vocês.
                              


sexta-feira, 23 de maio de 2014

GRAÇAS A DEUS
                          João Eichbaum
                         A maioria esmagadora das pessoas aceita com incrível facilidade a ideia da existência de um “Deus”, criador de todo o universo e dos seres animais que o habitam. Para elas, esse deus administra o mundo como um todo e a vida particular de cada um, do nascimento à morte, a que se segue o céu ou o fogo do inferno. Tudo o que acontece, na visão delas, é porque “Deus quis”.
                         Então vamos admitir que tudo o que rola no mundo é por “vontade de Deus”. Afinal, se foi ele que criou essa coisa toda, devia saber o que estava fazendo. Senão, não seria deus.
                         Só que ninguém explica cientificamente ou, pelo menos, com argumentos razoáveis, por quais razões existe uma aterradora desigualdade entre as criaturas humanas. Ou, admitindo a existência de algum deus, porque esse deus não trata igualmente a todos.
                         Ninguém é igual a ninguém. Alguns sofrem demais, outros nada sofrem. Alguns têm tudo, muitos nada têm. Alguns vivem belos e felizes, com saúde e riqueza, enquanto outros nada conhecem da vida senão o sofrimento e a miséria. Umas mulheres têm a cara da Graça Forster e outras, (graças a esse deus!) a da Gisele Bündchen.
                          Nesta semana duas odiosas notícias mostram quão imensa é a maldade humana e quão imensa é a injustiça e a indiferença desse deus  a quem os crentes atribuem a administração de todo o universo.
                           No Sudão, uma mulher foi condenada à morte porque, apesar de ser filha de pai muçulmano, casou com um cristão. Foi condenada pelo “crime de apostasia”. Graças à sua gravidez de oito meses, porém, ela gozará da “graça” de morrer só depois do nascimento da criança. Mas, nem por isso escapará de cem chibatadas antes da execução fatal, como manda a sentença daqueles “sábios” juízes.
                          Na India, um milhão e seiscentas mil pessoas vivem de catar excrementos humanos. Sim, sim, vocês não leram mal. Para viverem, porque outro trabalho não têm, essas pessoas fazem a “limpeza” de latrinas, juntando os excrementos com pá e os levando embora numa cesta, que colocam na cabeça.
                          Não precisa dizer mais, porque não há estômago que aguente.
                          E vocês sabem qual o valor do “salário” desses miseráveis? Vinte rúpias, ou seja, trinta centavos, e mais um pão, por cada limpeza.
                         Tudo, como proclamam os rituais religiosos, “graças a Deus”.
                      


quinta-feira, 22 de maio de 2014

*ÁGUA MOLE PEDRA DURA...

Por Carlos Maurício Mantiqueira

A palavra culta (difícil ?) para definir este ditado é pertinácia.

Ouvi de um senhor mais velho que a democracia se constrói com o povo votando até aprender.

Talvez isto seja verdade em um país em que qualquer cidadão registra livremente sua candidatura, o voto seja distrital puro e a contagem dos votos seja verificável.

Numa república onde há o “pedágio” dos partidos políticos e seus caciques vendem a legenda aos candidatos e o tempo na televisão do horário de propaganda eleitoral, não se pode esperar seriedade.

Numa república onde um candidato “investe” milhões para obter votos em colégios eleitorais imensos, é razoável imaginar que se eleitos queiram “recuperar”  o dinheiro investido.

Como uma eventual reforma da legislação eleitoral depende desses mesmos senhores, é pueril acreditar numa mudança profilática.

Portanto a solução dos males que afligem uma democracia de fancaria não será política.

*Publicado no Alerta Total – www.alertatotal.net

Carlos Maurício Mantiqueira é um livre pensador.


quarta-feira, 21 de maio de 2014

O DEDO DA LEI

João Eichbaum

Ao invés de levantar o dedo médio, como faz o pessoal que xinga no trânsito, o José Dirceu preferiu erguer o braço com o punho cerrado, momentos antes de entrar na cadeia para onde o havia mandado o Joaquim Benedito Barbosa.
Não fez o gesto por primeiro mencionado, porque corria o risco de mandar, junto com os desocupados que o aplaudiam e os que só queriam ver a cara dele e a imprensa toda, enfiar o ressaltado dedo exatamente naquele lugar que vocês estão imaginando. Ah, sim, e corria o risco de lhes parecer deslumbrado com o que poderiam fazer lá dentro aqueles presos mal encarados, sujos e malvados, estremecidos pelos suspiros sísmicos de quem nunca recebeu visita íntima. E outra: isso é um acontecimento comum. Todo mundo está sujeito a ter o dedo médio cientificamente introduzido no vale das nádegas ou em outra reentrância menos insolente. Para isso existem proctologistas,  urologistas  e ginecologistas.
E tem mais, o punho cerrado, erguido no ar significa indignação, revolta, luta, excitação. E dói mais do que um só dedo em riste, ainda que seja o maior de todos, se for usado para aquela finalidade, de que não tratam os livros de medicina. O Barbosa, enfim, que entendesse o que bem quisesse.
Agora vem o segundo capítulo. Beneficiado com os votos do Roberto Barroso e do Teori Zavasky, que desmantelaram a quadrilha, o Zé Dirceu ganhou regime prisional semi-aberto. E logo arrumou emprego num hotel, onde iria ganhar uma grana de fazer inveja a quem trabalha de verdade. Mas, era um emprego bichado por falcatruas do falso dono do hotel e foi pro brejo.
Surgiu nas últimas semanas outro emprego, num escritório de advocacia. Dessa vez foi negado porque a oferta de emprego tinha sido uma “complacência de amigos” e porque José Dirceu tinha que completar um sexto da pena, antes de pegar no pesado fora da cadeia.
Aí estourou uma espécie de escândalo jurídico. Togados de todas as partes e de todos os credos debitaram a Joaquim Barbosa a quebra da jurisprudência dominante, segundo a qual, o condenado a regime semi-aberto não necessita desse requisito, para fazer jus a trabalho externo.
Até o advogado que prometera o emprego veio a público, posando de gente finíssima, que equilibra a vida com compensações. Disse que prestara serviços para o Barbosa, sem lhe cobrar honorários. Queria, de certo, aquela generosidade cristã do “é dando que se recebe”.
Para quem não sabe: o regime semi- aberto é aquele cumprido em colônia penal, agrícola ou industrial, ou estabelecimento similar. Mas a jurisprudência benevolente, mãe dos bandidos, permite a substituição da colônia  pelo trabalho externo. Aí, livres, eles retomam a violência, cumprindo ordens emanadas dos presídios. Quer dizer, condenada a um regime sem segurança é a sociedade.
 O ministro Joaquim Barbosa apenas endireitou o pensamento torto dos juízos anteriores: ao invés do braço ou do dedo médio, usou o artigo 112 da Lei das Execuções Penais, sem o lubrificante da jurisprudência.
 





 

terça-feira, 20 de maio de 2014

PLANETACHO


MULTIDÃO
São tantos ladrões, vigaristas, seqüestradores, assassinos, trombadinhas, meliantes, arrombadores, traficantes e assaltantes pelas ruas, que só nos resta dizer:
-Senhores,com licença...

FILME MUDO
Escrito atento aos conselhos silenciosos do Carlitos.

AS NEIRAS
Matava um leão por dia... era guia de safári.

E depois de posar nua para o Playboy, renovou seu guarda-roupas

FAVORITOS
Vamos treinar para a Olimpíada do Rio, em plena Copa do Mundo: somos favoritos em assalto ornamental e assalto com vara.

ATA DA REUNIÃO DE CONDOMÍNIO
O porteiro Agenor dispensou o radinho e pediu um computador

COTIDIANO
Depois de muito  exercício físico, perdeu um aquele pneusinho... roubaram seu estepe na frente da academia.



segunda-feira, 19 de maio de 2014

O DEDO DO LULA
João Eichbaum

Todo mundo sabe que o que o Lula tem demais na língua, lhe falta num dos dedos, o indicador, se não me engano. Que não é propriamente o intrumento usado pelo urologista ou pelo ginecologista para vasculhar abismos. O instrumento dos impiedosos esculápios é o dedo médio, não sei se por causa do tamanho ou da facilidade com que se intrometem onde não deveriam entrar.
Explico melhor. A língua fisiológica do Lula continua presa, ao passo que o dedo dele, que deveria estar no lugar, só deixou um toco na mão, e dizem os anedoteiros que a ponta que dali saiu foi parar no reto de todos os brasileiros. E foi por isso que me lembrei dos urologistas.
Mas, continuando o que havia começado: língua presa e dedo solto.
Como todo mundo sabe, o Lula veio do nordeste, sem eira, nem beira e, sobretudo, sem profissão, se virar em São Paulo. Conseguiu trabalho como metalúrgico e, como não tinha qualificação profissional, deve ter recebido treinamento e, a partir dali, começou a se apresentar como “torneiro mecânico”.
Claro que um cursinho qualquer não forma um verdadeiro torneiro mecânico e foi por isso que o Lula ralou o dedo e terminou por nos ralar também.
Hoje o processo por acidente de trabalho através do qual ele obteve o auxílio doença já não existe, foi incinerado.
É uma pena. Com o processo a gente saberia o começo da história dessa cruz que os brasileiros carregam até hoje. Se não fosse o acidente, o Lula não teria tido a folga que teve, para se meter em política de sindicato e na política suja que nos tortura.
Vejam vocês o que um dedo ou a falta dele pode fazer: muda-se o destino de uma nação. Sem contar essa Copa que o Lula nos enfiou goela abaixo.





sexta-feira, 16 de maio de 2014

VAI TER COPA, SIM

João Eichbaum

Claro que vai ter copa. O governo não tem como voltar  atrás, e a Fifa já embolsou a parte dela.
Então, meus amigos, não adianta protestar, vai ter copa. Contra a ambição pelo dinheiro e pelo poder, não há protesto que sirva. É como já se diz, há séculos: os cães ladram, enquanto a caravana passa.
  Vai ter copa num país que está tendo projetada a pior imagem que algum país já teve em Copas do mundo. A der Spiegel, revista alemã, em sua edição de domingo último, tira dos cachorros para botar no Brasil. Fala da violência, da pobreza, da desorganização e da corrupção e de tudo o mais que não é segredo para ninguém, como economia falida, falta de confiança dos investidores, etc. etc. A revista  não mostra uma mísera vantagem para quem quiser vir aqui para assistir à Copa. Nem fala nas mulatas do Rio.
Não era isso que o Lula imaginava, quando fez das tripas coração para trazer a Copa para o Brasil. Com isso também não contava o governo de sua sucessora. Ambos apostaram na paixão brasileira por futebol e no patriotismo em forma de bola: de tênis, de vôlei, de basquete, de futebol.
 E agora está aí: meia dúzia protestando, muitos protestantes calados, e tudo se preparando para a Copa. Só que a imagem do Brasil no exterior está uma merda.
Isso, então vai ter Copa num país de merda, onde o povinho elege o PT e depois vem protestar.
Ah, e tem mais. FIFA e governo já estão combinados, vai haver reuniões com os juízes e cada um deles levará no bolso o nome do ganhador da Copa. Ambos, FIFA e governo, sabem que esse povinho que protesta não é de nada, só quer farra e a farra deles vai continuar se o Brasil ganhar a Copa, com esse time de mercenários do Felipão. Para o povinho fica a alegria de festejar e para a FIFA o galardão do poder, acima das nações pobres.

Então, vai ter Copa, sim. Para azar de quem trabalha e precisa de segurança, saúde, transporte e educação. Os outros têm o bolsa-família e as cotas, suas garantias de que podem levar a vida que sempre levaram, votando no PT.

quinta-feira, 15 de maio de 2014

ESPETO CORRIDO
  
HUGO CASSEL


TIRO NO PÉ

A maioria dos candidatos a cargos eletivos, em cada eleição, não fazem nenhuma reflexão antes de iniciar  suas campanhas. Dizem  e prometem, por sua conta, sem levar em conta se o que apresentam é realmente o que o povo precisa e quer. O assunto da maioridade penal no Brasil, vem de longe sendo o mais comentado e com certeza vai ser indicativo de preferencia, nos debates e discussões. Recentemente em longa entrevista concedida ao programa Roda Viva, o  candidato do PSB  à Presidência, declarou ser contrario  à maioridade penal aos 16 anos, e sim ao aumento para 8 anos, da permanência do menor infrator no reformatório. É sabido que isso pouco adianta  eis que nenhum  bandidinho fica  lá por muito menos tempo que isso. Quer dizer: Um jovem com 16 anos pode votar e ser votado. Eleger Presidente, Senador, Deputado, Prefeito, vereador, matar estuprar, roubar,  incendiar , depredar, mas não pode ser preso e ir para a cadeia. Mesmo que o candidato aí saiba que 97% dos eleitores, que ele pretende cooptar,  querem  o contrário.  Eu até estava com alguma simpatia por ele, mas  agora já balancei. O candidato que quiser  vestir a Faixa Verde Amarela  tem que falar a língua do povo. O Lula ensinou isso  mas  parece que alguns não aprenderam. Assim estão dando  um” Tiro no Pé” antes mesmo de começar o combate. Principalmente quando  tratam  um corrupto, mentiroso, acusado publicamente de Ladrão, dedo duro, e lesa pátria, como Lula, de “Sua Excelência”.  Esse  Ficha Suja  sabe que jamais voltará a vestir o Manto Sagrado. Por um milagre, eleito jamais tomaria posse.
Outro “tiro no pé”: O Prefeito de Balneário Camboriú, Edson “Piriquito”, se  candidatou a Governador. Não colou. Não ganharia nem  na própria cidade. Para atender um pequeno numero de skatistas, patinadores e ciclistas, eliminou o estacionamento de veículos na Avenida  Atlântica  de ponta a ponta. Conseguiu “matar” os Turistas clientes dos Restaurantes, que  gostam de almoçar e jantar  na Orla, com vistas para o Mar. Sem falar no risco para pedestres. Os comerciantes estão loucos que chegue o dia da eleição.
VÍBORAS-A Internet  mostrou: Uma serpente teve a cabeça cortada mas permaneceu “viva” por um bom tempo. E ainda atacou e mordeu o próprio corpo. Igual a ela é o PT. Cabeça  cortada, continua  mordendo  e destilando veneno. O certo nesses casos é Esmigalhar! O Exercito não fez isso e deu no que deu.
PREOCUPAÇÃO-O  José Ribamar, mais  conhecido como Sarney, recebeu um telefonema da filha Roseana usurpadora do Governo do Maranhão: Papai! Estou apavorada! Metade do Maranhão  está alagado! Que horror filinha! A SUA metade ou a Minha?







quarta-feira, 14 de maio de 2014

A JUSTIÇA E SEUS ESPETÁCULOS

João Eichbaum

A Justiça anda mal nas paradas de sucesso. Antes de terem reivindicado um canal de televisão para exibir seus dotes intelectuais, seus implantes, seus cabelos pintados e suas sobrancelhas desenhadas, os ministros do Supremo Tribunal Federal eram tidos como provectos e circunspectos senhores. Tanto para a plebe ignara como para os doutores, eles exsudavam sabedoria debaixo da toga, como donos da palavra definitiva e indiscutível, tipo bula papal.
Mas, quando começaram a mostrar ao vivo e a cores a montagem dessa dispendiosa peça de ficção chamada Justiça, a suposta grandeza do ato de julgar foi desnudada e exibida como um ato banal, não muito diferente de um bate-boca de vizinhos exaltados.
Dias atrás, suas excelências estavam gastando seu notório saber jurídico em cima de quatro galinhas, por conta de uma teoria denominada “de minimis non curat pretor”. Enquanto isso, debaixo de alguma toga, um processo contra o Collor de Mello, chocava uma coisa chamada “prescrição” -  que só beneficia ricos.
Aproveitando o cenário montado pela própria justiça e com o nosso dinheiro, o doutor “honoris causa” Luiz Inácio Lula da Silva, em Lisboa, abriu aquele bocão já ornado por novos bigodes, para escrachar a sabedoria dos ministros. “O julgamento do mensalão - disse ele - foi oitenta por cento político e vinte por cento jurídico”.
Em Torres, uma mulher não teve o direito de espernear para ganhar um filho: a Justiça mandou lhe passar o bisturi na barriga.
Em Três Passos um menino de doze anos foi procurar a promotora de Justiça, pedindo colocação em outra família. Queixou-se do abandono e da incúria paterna. Ao invés de providências práticas, imediatas, ao alcance de simples telefonema, foi instaurado um “procedimento”. A força da burocracia levou o pai ao foro, onde o juiz lhe assinou o prazo de 90 dias para melhorar seu relacionamento com o filho: isto é, fazer em 90 dias o que não tinha feito em 12 anos. Nesse interregno, a madrasta matou o menino. Semana passada se armou um comício de togados para prestar solidariedade ao juiz, cuja atuação no caso estava sendo questionada pelo deputado ouvidor da Assembleia Legislativa gaúcha. O comício que, ao que parece, pretendia botar a humanidade no seu devido lugar, teve muito mais de político do que de emocional. Vários juízes deixaram suas comarcas para comparecer ao evento, provando que o escritor e advogado Ricardo Giuliani tem razão: “o Poder Judiciário não existe para a sociedade, mas para si mesmo”.
E enquanto o Judiciário organizava seus protestos, se envolvia com galinhas e com a absolvição do Collor, e alguns togados até gastavam seu latim para contestar o Lula, em Guarujá, São Paulo, se perpetrava infame “justiçamento” na via pública. Acusada de sequestrar crianças, uma pobre mulher que voltava da casa de um parente, onde havia ido buscar uma bíblia, foi amarrada, arrastada e espancada por uma turba histérica. Vítima da falência e das falácias do Estado, morreu agarrada na bíblia, mas longe da complacência de Deus. Não sei se teve tempo de chorar.



terça-feira, 13 de maio de 2014

PLANETACHO


Quando a Pátria mãe
vira a verdadeira casa da mãe Joana
Quando a mãe coruja
entra em extinção...
Quando a luta em favor da
mãe natureza deixa de ser
a mãe de todas as batalhas...
Quando os condenados
 por corrupção
xingam a mãe do juiz
mais do que as torcidas do futebol...
Quando os jovens choram
mais a perda da placa mãe
do que a própria...
Quando só nos resta reclamar
para a mãe do Badanha*...
Aí é que me dá
aquela saudade imensa
dos tempos em que fiquei
dentro da barriga da minha mãe

*O Badanha (em italiano Badagna) foi
um centro médio do Grêmio nos anos 40.
E era a mãe dele que ia negociar os contratos
E, como toda a mãe, era muito exigente e dura
na negociação. Vivia reclamando. Daí surgiu o
chavão: “ah, vai te queixar pra mãe  do Badanha!”