terça-feira, 30 de setembro de 2014

PLANETACHO


AS NEIRAS

O plebiscito na Escócia prova que o Reino Unido não é tão unido assim

As novas gerações vão se alfabetizar, lendo as tatuagens dos pais

Bando assaltou lotérica. Um dos assaltantes foi preso e  solto logo em seguida: aceitou a delação premiada

A expectativa dos gaúchos no domingo não é com o Pré-Sal. É com o pré-churrasco

Em relação a esses grupos radicais islâmicos, o importante é manter a cabeça no lugar

Quando o pé-de-cabra desaparece, precisamos arrumar um bode expiatório

Morreu o proprietário do campo de nudismo. Parece que foi tiro à queima-roupa

O Maluf mandou tanto dinheiro para os bancos suíços que até perdeu a conta

A única vantagem de ser um sem-teto é não ter que levar desaforo para casa

A recomendação da FIFA sobre a bola na mão ou mão na bola na realidade é uma bola nas costas

Hoje em dia o diálogo familiar pode fluir mais rápido, de acordo com a velocidade da Internet.



segunda-feira, 29 de setembro de 2014

VENDEDORES QUE NÃO CONHECEM O PRODUTO

João Eichbaum

A chamada “propaganda eleitoral” é uma das muitas asneiras oficializadas neste país. O José Simão, excelente cronista-humorista da Folha de São Paulo, cunhou muito bem aquilo que o vulgo chama de “horário eleitoral”: o hilário eleitoral.
É preciso não ter luzes para acreditar nos políticos brasileiros. É preciso ser muito mal auxiliado pela inteligência para dar fé ao que eles prometem no chamado “horário eleitoral”.
Um mínimo de inteligência ou sensatez revela quão falsos ou ignorantes são eles.
Por exemplo. Em entrevista para um canal de televisão do Rio Grande do Sul, Aécio Neves revelou que uma de suas metas é a modificação do “Código Penal”, tornando imputáveis os chamados “menores incapazes”. Outra: a restrição da constituição de partidos políticos.
Quem tem um mínimo de conhecimento das atribuições constitucionais dos governantes e dos representantes do povo sabe que só o Congresso Nacional tem competência para mudar tanto o Código Penal como a organização partidária. Mas, Aécio Neves, que é ou foi parlamentar, não sabe disso. E pelo visto ignora as atribuições do Executivo.
Dilma e Marina têm como foco principal as “medidas sociais”, tipo bolsa-família e qualquer espécie de caridade feita com o dinheiro de quem trabalha. Ao invés de revelarem seus projetos na economia, sem a qual não há circulação de riquezas, emprego e arrecadação suficiente para atender às “necessidades sociais” de quem não trabalha, ficam enganando a plateia, prometendo frutos sem terem plantado a árvore.
Candidatos ao parlamento resumem suas promessas em “saúde, segurança, educação, emprego”. Sinal de que eles não sabem que tais “produtos políticos” são atribuições do Executivo.
Será que existem tantos Tiriricas assistindo ao “horário eleitoral”, quanto os Tiriricas que se apresentam como salvadores da pátria, na telinha e no microfone, achando que todo mundo é palhaço?




sexta-feira, 26 de setembro de 2014

MAL REPRESENTADOS

João Eichbaum

Todo o animal é gregário. O homem não foge à regra: tem a necessidade de viver em grupo. E todo o grupo precisa de um líder. O líder representa a unidade do grupo, unidade essa que concentra as regras da convivência. Se não houvesse regras de convivência, seria impossível viver em grupo.
Nos grupos dos animais irracionais, a liderança é imposta pelo instinto. E como o instinto não falha, o líder que domina o grupo é sempre o indivíduo certo, aquele que reúne determinadas qualidades de que é destituída a maioria. E nesse ponto a natureza dá lições admiráveis: a abelha e formiga rainhas, a guia das andorinhas, por exemplo.
Já entre os bípedes conhecidos como humanos, e que se jactam da inteligência, a coisa é diferente. Por ser destituído de instinto, o homem raríssimas vezes escolhe o líder certo – quando a liderança, não sendo imposta, surge da via eletiva.
A verdade, quer queiram ou não, é que a grande maioria dos seres humanos é de uma inteligência quase rastejante, muito menor do que o instinto dos outros animais. Esse baixo quociente de inteligência é responsável pelo “maria-vai-com-outras”.
No Brasil, essa mentalidade de rebanho é que tem escolhido maus ou despreparados lideres.
Nenhuma pessoa verdadeiramente inteligente neste país teria escolhido Dilma Rousseff como sua “estadista” mor. Essa mulher nem construir uma frase corretamente sabe. Olhem só o preâmbulo de seu discurso ante-ontem, na ONU:
Os brasileiros, somos ligados por laços históricos, culturais e de amizade ao continente africano, cuja contribuição foi e é decisiva para a construção da identidade nacional de meu país.
É por isso que vai mal a educação nesse “seu” país. Se a “líder” começa uma frase com o sujeito no plural (“os brasileiros”) e termina com o possessivo singular (“meu país”) , o que é que se pode esperar do resto?
Isso já é o bastante para revelar o grau de intelectualidade da presidente-candidata. Os “aplausos” que ela recebeu ficam por conta de quem não domina o vernáculo. O resto do discurso poder ir  para o lixo.


quinta-feira, 25 de setembro de 2014

ESPETO CORRIDO

Hugo Cassel

MACACOS SOMOS TODOS

Qualquer pessoa, que por seu comportamento, suas atitudes, gestos ou palavras, imitar um símio pode ser chamado de “macaco”, sem que isso deva ser considerado crime racial. Até nem precisa ser “parecido”. Qualquer um que saia por aí latindo mesmo que em brincadeira, não deve se ofender se for chamado de “cachorrão”. Entretanto o senhor Mario Lucio Duarte Costa, jogador do Santos, mais conhecido como “Aranha”, ficou ofendido, quando foi vaiado pela péssima imitação simiesca que fazia para ganhar tempo na partida onde seu clube vencia por 2x0. A jovem que foi flagrada, nada mais fez do que acompanhar milhares de torcedores. As consequências  estão aí: O “artista” conseguiu destruir a vida de alguém inocente e inofensiva, além de gerar  uma reação absolutamente idiota contra ela. No ultimo jogo dia 18, cinicamente declarou que “perdoava”, mas que a moça tinha que  “pagar” pela “grande dor” que lhe tinha causado. Que tipo de “perdão” é esse? É apenas a demonstração de seu caráter distorcido, nocivo  de má índole, aviltante , e vingativo capaz de fazer tudo para aparecer, enquanto olha para o próprio umbigo. Pronto: Ele conseguiu destruir a vida de uma jovem e carimba-la pra toda vida como racista, coisa que ela nunca foi. Devia se olhar no espelho e refletir sobre o mau exemplo de intolerância, para seus filhos. Esse mané, fala merecer pedido de desculpas :Que espere sentado. Ele é que devia se desculpar pela péssima imitação simiesca que não convenceu ninguém e provocou a vaia. Deve estar feliz com seus minutos de glória, junto com alienados e ignorantes, além de  apoiado pelo Tribunal Esportivo, composto  de “antas” iguais a ele, todos borrados de medo do futebol gaúcho. A mentira tem pernas curtas. O castigo anda a cavalo. Deus não  joga , mas fiscaliza, como dizia meu saudoso irmão e colega, da Radio Guaíba, Jorge Alberto Mendes Ribeiro. Não duvide.
PITACOS-1-Eu sempre disse que o PMDB é um partido que “se vende” por um prato de Lentilhas. Agora com 14 secretários e Diretores da Prefeitura, de Balneário Camboriú na cadeia por corrupção, parece que o “preço da Lentilha  aumentou.-2- Incrível que nenhum candidato fale sobre Turismo! A Indústria limpa e barata do século!-3-Hojé é 20 de Setembro. Repito o grande Jaime: “Se, lá em cima, quando eu me for, não tiver um galpão acolhedor, de Santa Fé recoberto ,meu pingo pastando perto, só de pensar me comovo. Eu juro pelo meu povo: Nem todo céu me segura! Eu volto pra essa planura pra ser gaúcho de novo! Ôigale!!!



quarta-feira, 24 de setembro de 2014

FAZ DE CONTA QUE É
João Eichbaum


Gee... zus, exclamou a vovozinha, botando a mão no encardido escapulário que, para não perder a alma, traz no pescoço, desde que o Vaticano decretou o fim da batina, e a catedral entregou aos cupins os velhos confessionários.
O jornal A Razão tremia em suas mãos e ela teve que tomar água com açúcar, antes de chegar ao fim da notícia: agora uma criança pode ter duas mães, um pai e seis avós!
Suspirou outra vez: Gee...zus! E no encalço do suspiro lhe veio voando o pensamento de que, por muito menos que isso, já tinha chovido fogo sobre Sodoma e Gomorra, e o mundo teve que ser refeito. Como já tinha sido refeito antes por Noé,  um velhinho de barbas brancas que, atendendo aos projetos pessoais de Deus, construiu uma arca e inventou a ressaca do vinho.
Pensou em desmaiar, perdendo a noção do sublime e do ridículo, como forma de protesto, para agradar a Deus, mas não conseguiu. Viu que nem adiantava desmaiar porque o Criador, pê da cara com tantos pecados cometidos contra o sexto e o nono mandamentos, já tinha organizado a lista das infelicidades. Crianças escravizadas para se renderem à doutrina de Maomé, sob pena de serem entregues à fúria sexual dos líderes. O ebola dizimando seres humanos, podendo chegar até a Santa Maria, a terra da Medianeira, se os pecados continuassem a se multiplicar daquele jeito. O exército islâmico, degolando em nome de Alá e, também em nome dos mesmo Alá, decepando clitóris de meninas. A carnificina na Síria, inocentes esquartejados a poder de mísseis na Ucrânia e na Palestina.
Não havia dúvida, tudo já era castigo de Deus, que estava prevendo a distorção do seu “crescei e multiplicai-vos”, mediante uso de métodos desgarrados do tradicional “papai e mamãe”, para a geração de clãs formados por um pai, duas mães e seis avós.
Já seu marido, provecto bacharel, abeberado nas lições do mais ilustre filho de Santa Maria, o constitucionalista Carlos Maximiliano, suava às bicas,  tentando ajustar, com tessitura e teor, dentro de um clã constituído por duas mães e um pai,o direito de convivência familiar, assegurado à criança no artigo 227 da Constituição Federal. Não conseguiu, e aí lhe deu o estalo: bigamia! Sim, pensou, duas mães e um pai, formando uma família não tem outro nome, é bigamia mesmo. E, acostumado a virar o Direito pelo avesso, para estudar de antemão os fundamentos da parte contrária, outra hipótese lhe ocorreu. E se fossem dois pais homossexuais, querendo um filho para formar a “família”? Ah, teriam que encomendar uma mãe, e a mãe teria seu lugar assegurado no assento de nascimento da criança. Nesse caso, dois pais e uma mãe.  Tudo diferente, mas a mesma coisa: bigamia.
O provecto bacharel, monógamo e de bons costumes, não encontrou solução dentro do seu juramentado conhecimento das leis. Mas para não se engalfinhar com dúvidas, rendeu-se à intragável certeza de que um novo instituto estava se incorporando ao léxico do Direito: a suruba jurídica.



terça-feira, 23 de setembro de 2014

PLANETACHO

RETRATO DA SEMANA

Estava no caixa automático e a seu lado um sujeito tirava o extrato. Duas horas e cinquenta metros de papel depois, saiu o resultado: um bilhão e meio negativo...
Era o Eike Batista, que ainda saiu exclamando:
- Agora sou classe média...

Com esses “religiosos” interferindo nos programas de governoai, não vai ser surpresa se em breve os impostos forem substituídos pelo dízimo...

Alguns jogam na loteria e ganham milhões de prêmio. Outros desviam milhões. A estes ainda resta a delação premiada.

AS NEIRAS

Com ou sem Estado laico, 2015 promete ser um Deus nos acuda

Coincidência é um tecladista morrer de falência múltipla de órgãos

Os discípulos do Deus Sol usam ray-ban e bronzeador

Tinha o vocabulário tão pobre,  mas tão pobre, que, a partir do momento em que deu a sua palavra, ficou mudo

A vida do líder de torcida organizada é uma bagunça só

O cozinheiro da penitenciária preparou a fuga em massa

No princípio era o verbo. O fim todos já sabem: o desvio de verbas

Não me perguntes onde fica o Alegrete. Olhe no Google maps...

O homem, segundo as pesquisas, surgiu na terra há cerca de 500 mil anos. A margem de erro é de 3 mil anos, para mais ou para menos.




segunda-feira, 22 de setembro de 2014

CHEGOU A VEZ DO SUPREMO

João Eichbaum

Na semana que passou, duas manifestações vieram demonstrar que o Supremo Tribunal Federal começa a ser apresentado para a população brasileira tal como ele é, realmente. A primeira delas circula na Internet e foi publicada na íntegra pelo blog do Jorge Ferrão, Alerta Total, atribuindo a autoria do texto a  “autor desconhecido”.
Vale a pena ler o texto completo, mas pinço apenas alguns tópicos que espero despertem a curiosidade nos leitores:
“Pelo presente instrumento, venho dirigir-me a vossa excelência. Com minúsculas e na segunda pessoa, pessoa de segunda que és, mauricinho de nariz empertigado. Tu, que te ocultas, sorrateiro, por trás dessa impecável e pretíssima toga de bosta.
Venho oficiar-te, honorável patife, que há mais retidão e honra na palavra espontânea e honesta que brota do coração de um humilde iletrado do que no alfarrábio que sustém tuas áridas, infindáveis, mirabolantes e ordinárias sentenças. As mesmas que revestes, impávido, em capa dura, fazendo-as constar com letras douradas dos anais que ostentas nas prateleiras intermináveis onde expões tua soberba grandiloquência farisaica e tua rocambolesca sapiência estéril.”
A outra manifestação parte de Élio Gaspari que, na sua coluna de ontem, intitulada UM RETRATO DO SUPREMO, mostra quem é quem naquela Corte. Apresentando dados coligidos por alunos da Escola de Direito da Fundação Getúlio Vargas do Rio de Janeiro, o colunista da Folha de São Paulo exibe a “produtividade” dos ministros.
Ninguém escapa. Não há um único ministro que sirva de modelo de celeridade. Não há um deles sequer do qual transpareça uma ânsia  de fazer justiça. Pelo contrário. O que os dados refletem é a irresponsabilidade daqueles que “pedem vista” e sentam em cima dos processos. Não há um, unzinho ao menos, que cumpra os prazos processuais – dever de todos os juízes.
Resumindo: a indignação que brota do artigo do “autor desconhecido” e o estudo de que parte Élio Gaspari mostram que o Supremo Tribunal Federal é o espelho da “Corte Suprema” pintada no livro  “ESSE CIRCO CHAMADO JUSTIÇA.



sexta-feira, 19 de setembro de 2014

A PROPÓSITO DE ELEIÇÕES

João Eichbaum
No Brasil não existe, propriamente, um sistema político, no verdadeiro sentido do palavra. O sistema político, o verdadeiro sistema político consiste num conjunto de normas e procedimentos que servem à arte de governar.
Aqui no Brasil não há esse sistema, porque os políticos se elegem não para governar, mas para se manter no poder. Os políticos brasileiros são, em regra, políticos profissionais. São pessoas que assumem o poder para, em primeiro lugar, tratar de interesses pessoais ou corporativos. Vestem a camiseta de um partido, qualquer partido, mas se lhes for perguntado quais os objetivos previstos nos estatutos do partido, não saberão dizer. O que os leva à política é a sede do poder e não a vontade de dirigir um Estado que atenda, indistintamente aos interesses de toda a população.
Há inúmeros exemplos. Os políticos do norte e do nordeste são os primeiros desse tipo de gente. Os Sarney, os Calheiros, os Collor, os Magalhães. É difícil enumerar a todos.
E a coisa funciona assim: de pai para filho, de avô para neto. Tudo na base da profissão. E muito mais do que isso, como meio de enriquecer.
Lá no norte e no nordeste, os espertalhões usam a ignorância e a pobreza do povo como escada para o poder e para a riqueza. E a lição passa de pai para filho, do filho para o neto.
No sul, onde a pobreza e a ignorância vingam em escalas bem menores, os espertalhões se valem das “estrelas”: jogadores de futebol, gente de jornal, rádio, televisão. Colocam essas “estrelas” na escola da politicagem, aproveitando sua qualidade de colhedores de votos. E eles ajudam o partido a se manter no poder.
A isso não se pode chamar de sistema político. Isso é  manobra de espertalhão para chegar ao poder e lá se manter, porque o poder, no Brasil, é o único meio infalível para enriquecer.
Mas, infelizmente, o povo não aprende.

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quinta-feira, 18 de setembro de 2014

UMA ELEIÇÃO SABÁTICA

 Luiz Sérgio Silveira Costa*

“A manchete do jornal: “Mantega anuncia redução de IR para a indústria”, como estratégia para resgatar confiança do empresário em Dilma, ou seja, não é para o bem do Brasil, mas de Dilma. Isso reafirma o que já se sabe, há anos: o PT não tem um plano de governo, mas um plano de poder. Pouco importa o País, desde que mantenham o poder.

Nada se faz pelo Brasil, mas apenas para ganhar as eleições, custe o que custar, o que responde pelos péssimos índices econômicos, “nunca antes na história deste país”, pela destruição da Petrobras e Eletrobras, pelos 40 ministérios, pela corrupção repetida, pelo desvio e desperdício de dinheiro público, pela absurda inapetência em realizar as reformas  decididamente indispensáveis para o desenvolvimento do Brasil e pelo apequenamento ético e moral que se observa em tudo.

Desde a estrela do PT plantada no Palácio da Alvorada se soube que a estratégia era subordinar o País ao partido, o que culminou com a manchete do dia, que prova que Mantega não é ministro de Estado, mas ministro do PT!.

A mostra que isso já se esgotou foi que, quando Dilma subiu dois pontos na pesquisa, a bolsa caiu e o dólar subiu! Ninguém mais acredita nessas promessas vãs, nessa fábrica de engodos, nessa sucursal de calúnias e baixarias.

Está mais do que na hora de mudar, de renovação, de colocar no poder republicanos e patriotas, quem pense no poder usado apenas para transformar o Brasil, e não no continuísmo fracassado, no poder apenas pelo poder.

O Brasil precisa, e muito, de uma eleição sabática, de refletir e ver que o que está não serve mais, e de ter a coragem de mudar”.


Luiz Sérgio Silveira Costa é Almirante, reformado.*
Artigo publicado no Alerta Total



quarta-feira, 17 de setembro de 2014

CIDADÃOS ACIMA DOS HUMANOS
João Eichbaum


O Brasil inteiro caiu no “conto do goleiro Aranha”. Manchetes próprias para barbáries inomináveis, páginas e páginas, artigos, comentários, entrevistas de metidos a “pensador” ocuparam grandes espaços na imprensa porque, no jogo entre Grêmio e  Santos, o jogador acima mencionado foi chamado de “macaco”.
A palavra foi entoada em coro. Mas, além do Grêmio, que não participou, nem regeu o coral, só duas pessoas, uma moça chamada Patrícia e o árbitro Wilton Sampaio,  pagaram o pato. Num ato próprio de tiranos, a moça foi demitida sumariamente do emprego, sem aviso prévio, sem advertência, como se o comportamento em campo de futebol fizesse parte de seu contrato de trabalho. Atearam-lhe fogo à casa, e só faltou ser levada ao cadafalso em praça pública.
Aqui no Rio Grande nunca se vilipendiou, nunca se espezinhou alguém como a essa moça. Numa agressão de valores mais irracional que os vitupérios de campo de futebol, seus linchadores passaram um atestado público de ignorância em antropologia. Eles não sabem que o futebol é o espectro social da paixão. Eles não sabem que o fanatismo em campo de futebol é doença, cegueira, irracionalidade. Eles não sabem que, mesmo com o verniz da civilização, o homem não deixou de ser animal egoísta. Depois da atitude provocativa do goleiro, "ensebando o jogo", queriam o quê? Que a torcida em peso implorasse carinhosamente "não faz assim, fofo"?
São poucos os que, como Pelé, o insuperável Pelé, com a classe e a soberania de um rei, mostram que realmente conhecem o futebol: "se eu fosse parar o jogo a cada vez que me chamassem de macaco ou crioulo, todo jogo teria que parar".
Se algum jogador de futebol brasileiro fosse investido da honra de amarrar as chuteiras do Pelé, podem ter certeza, esse não seria o goleiro Aranha.
Os acontecimentos na Arena do Grêmio têm origem nesse fanatismo vesgo, que só enxerga “racismo” e “homofobia” por toda a parte. E o Aranha, astucioso que é, soube tirar proveito disso: provocou a torcida gremista “fazendo cera". Levou-a ao paroxismo da paixão, criou clima para que o ofendessem. Aí, atraiu os holofotes e, se sentindo dono do campo e do jogo, acobertado pelo poder do “coitadismo”, foi exigir do árbitro uma atitude contra aqueles atos de “racismo”.
Assim como a moça, o árbitro foi vítima da irracionalidade: além de suspenso, teve que pagar multa, porque não caiu no engodo do jogador.  Estava só cumprindo seu dever e repudiou o “anti-jogo” do espertalhão. Não se deixou ludibriar por uma agressão provocada. Preferiu respeitar a multidão que queria ver futebol.
Discriminação e racismo se combate com educação e não com privilégios. Se algum candidato a deputado federal tiver coragem, se apresente. É preciso revogar esse galardão conferido a cidadãos intocáveis, “acima de qualquer suspeita”. Basta de desnivelamento. Que se cumpra o que está escrito na Constituição Federal: todos são iguais perante a lei. Ou se acrescente, sem hipocrisia, àquele inciso: “com exceção de brancos e heterossexuais”.
PS. O árbitro injustiçado é negro e este escriba, colorado.



terça-feira, 16 de setembro de 2014


PLANETACHO


ENTREVERO ELEITORAL

Horário eleitoral gratuito aqui no Rio Grande é assim:

Tem candidato mentindo mais que guri para entrar em baile.

Com um discurso firme como porco na lajota, sendo que muitos são mais conservadores que painel de jipe.

Para alguns é mais certo do que menstruação de freira que não vão se eleger.

Sem falar em candidato mais chato do que Gilette caída no chão do banheiro.

Para muitos deles, se eleger até é possível, porém mais difícil que pegar sapo pela orelha.

Candidato mais cheio do que barril de chope em festa de crente.

Pior são os que vão pros debates mais por fora do que estepe de EcoSport e ficam mais perdidos que cupim em metalúrgica.
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Gaúcho que é gaúcho não navega na internet. Atravessa a nado.

Gaúcho que é gaúcho se pilcha para entrar no site do CTG
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segunda-feira, 15 de setembro de 2014

A JUSTIÇA DE  BATOM
João Eichbaum   
      
 Noticia-se na imprensa do Rio de Janeiro que, na última terça-feira, a desembargadora Leila Mariano, presidente do Tribunal de Justiça, enviou à Assembleia Legislativa daquele Estado um projeto de Lei que concede uma “bolsa” de até R$ 7.250,00 para  “financiar a educação de filhos e dependentes de juízes e desembargadores do Rio entre oito e 24 anos de idade.”
     No Rio Grande do Sul, quem ocupa as manchetes dos jornais e dos noticiários de televisão é Carine Labres, uma juíza loira que atua na comarca de  Livramento. Empunhando uma bandeira que, segundo os entendidos, é o símbolo do homossexualismo, a referida senhora, ou senhorita, fez das tripas coração para a oficialização de um acasalamento lésbico, numa cerimônia de casamento coletivo no Centro de Tradições Gaúchas daquela cidade.
    As duas magistradas estão mostrando para o Brasil e para o mundo uma face do Judiciário que o povo desconhecia.
     A primeira, a desembargadora do Rio de Janeiro, apresenta um projeto de lei, que debocha da sociedade e repta a inteligência dos brasileiros, mostrando os  togados aboletados num castelo de marfim (“turris eburnea”), se lixando para a pobreza.
     A outra, a do Rio Grande do Sul, andando na contramão do dever do juiz, que é resolver conflitos, se despiu da parcialidade, advogando publicamente em favor de uma causa, que é justamente objeto de conflitos.
   Bem. O povo só não botou fogo no Tribunal de Justiça do Rio porque o concreto não é material comburente. Mas o CTG de Livramento não foi poupado.
     Partindo dessas atitudes, que nota mereceria o Judiciário no Brasil?
  

sexta-feira, 12 de setembro de 2014

PRECONCEITO
João Eichbaum
Hoje vi cartazes colados em postes, onde se lia: “Não voto em quem estimula o preconceito”.
A  minha conclusão foi a seguinte: o idiota que escreveu isso aí tolera o resto, principalmente a corrupção. Quer dizer, desde que o corrupto não seja preconceituoso, ele pode roubar, que terá o voto do imbecil que pagou para imprimir e para colar nos postes de Porto Alegre, contribuindo para a poluição, aquela asneira.
Por preconceito, presumo, o cara entende ressalvas a determinados comportamentos, a partir da raça e dos gostos sexuais.
Por exemplo, se um afrodescendente afanar a carteira de uma pobre velhinha, derrubá-la, ferindo-a, e sair correndo, ninguém poderá gritar outra coisa senão “ataquem esse cidadão de cor que está correndo”.
Se duas bichas estiveram se bolinando, se beijando em via pública, o cidadão honesto que estiver em companhia de sua filhinha de oito anos, terá que distrair a criança com qualquer coisa e não terá o direito de manifestar sua indignação contra os atrevidos e provocantes homossexuais. Se o fizer, será tido como preconceituoso e não como um pai que quer criar uma filha com dignidade e respeito.
Está indo longe demais essa estória de “preconceito”. Há questões muito mais importantes a serem resolvidas neste país, como saúde, segurança, educação e emprego, do que os problemas pessoais, como a frustração pela descendência e a sexualidade mal resolvida.
Não é a cor da pele ou a preferência sexual que subtraem os valores de uma pessoa. Se ela souber se comportar, se ela respeitar os valores dos outros, ela também será respeitada. O que conta é o comportamento, a conduta no contexto social. Um negro, um pederasta ou uma lésbica não serão menos gente se souberem ser gente. A cor e a sexualidade não são atributos que emprestem maior valor às pessoas, mas, sim, a dignidade dessas.


quinta-feira, 11 de setembro de 2014

ESPETO CORRIDO

Hugo Cassel

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O FALSO MALANDRO
Na década entre 1940 e 1950 surgiu no Rio Grande do Sul um jogador genial que se consagrou no Brasil. Melhor que Garrincha em tudo. Seu nome: “Tesourinha”. Foi personagem da quebra no Grêmio, da rejeição por jogadores negros. A partir de então o Grêmio sempre contou e conta com grandes atletas negros. Isso é para registrar, que o clube não é racista e não cometeu nenhum crime, como os ignorantes juízes desse suspeito “tribunal” enquadraram. Repito : Quem mais discrimina o negro no Brasil, são os próprios negros, a começar pelo exemplo deplorável do Rei Pelé, seu atleta mais famoso, com suas várias esposas brancas e loiras, bem assim como dezenas de outros jogadores e artistas. Basta ser rico, pois toda loira que se preza, busca o seu “pretinho básico”.  No jogo entre Grêmio e Santos, enquanto o marcador era zero a zero, o santista trabalhou sem problemas, porém quando o Santos  vencia por 2 a 0 passou a fazer gestos e fingir lesões afim de “esfriar” a reação dos gaúchos.   Uma de suas fotos, mostra claramente seu desespero. Queria ser comparado a quem? Cristiano Ronaldo? Na verdade a punição absurda ao Grêmio, reflete o velho despeito  de cariocas e paulistas que tantas vezes  já prejudicou o futebol gaúcho, ressurgindo apoiado com parte da imprensa que mama nas tetas corruptas da  CBF, ocupante do recém comprado Palácio Dourado de 100 milhões na Barra Tijuca
PITACOS-1-A frase: “Não tenho nada com isso” proferida por um candidato a Presidente, é a mais usada pelos acusados de receber propinas da Petrobras, conforme se divulga. O que se espera é que tudo seja comprovado, pois será a “pá de cal” na Senhora Rousseff e sua pretensão de seguir mais 4 anos prometendo e mentindo conforme fazia e faz seu padrinho “Ficha Suja”, e criminoso impune. 2—Em  Celso Ramos, Santa Catarina, em tiroteio, a Policia matou os 5 assaltantes de um banco. No velório, acreditem, os caixões teriam sido cobertos pela Bandeira do Município. Dizem que os bandidos eram “seguranças” de políticos. 3-No Brasil, “Não há o que não haja”.



quarta-feira, 10 de setembro de 2014

O MARIDO DO PRÓXIMO
João Eichbaum


Todo mundo sabe que o STF derrogou o § 3º do artigo 226 da Constituição Federal, revogando junto com ele as leis da natureza, que dotam homens de espermatozoides e mulheres com óvulos. Para dizer que macho também é fêmea e fêmea também é macho no quarto escuro do Direito brasileiro, Luiz Fux, construiu o seguinte hieróglifo: “traduz-se na “mais-valia” jurídica a que se refere JOSÉ CARLOS VIEIRA DE ANDRADE... vale dizer, um reforço de juridicidade das normas de direitos fundamentais, que disporiam de outros efeitos para além daqueles relacionados com a perspectiva subjetiva”.
Ou esse outro, entre os muitos metidos num labirinto de linguagem, que torna difícil até o orgasmo:“...deriva das normas constitucionais definidoras desses direitos fundamentais que a organização e o procedimento capazes de afetá-los sejam conformados de modo a assegurar o seu exercício ou a sua efetividade, observada a ponderação dos valores jusfundamentais em causa”.
Claro que ninguém - nem o togado Luiz Fux - escreve para ser ilegível. Ninguém escreve para deixar o leitor como gato vesgo, que não sabe qual dos ratos pegar. Acontece que a arte da escrita não é produzida por diplomas. E mais: depois de angariado o diploma de doutor, tem gente que nem sabe traduzir o que escreveu em seus prolixos e diarrreicos textos.
A professora alfabetizadora do Luiz Fux, se é que tentou ler o voto do seu ex-aluno, deve ter levado as mãos muito além da cabeça branca, para exclamar: “não foi isso que eu lhe ensinei!” Mas ela, como toda e qualquer pessoa que tem um pingo de conhecimentos de vernáculo e hermenêutica, há de concordar que não restava outra alternativa para o Luiz Fux, senão se valer da ambiguidade e do rompimento com a sintaxe, para fazer o que ele fez.
Realmente, só com prestidigitação verborrágica de dar cãibra na língua se consegue extrair do § 3º do art. 226 da Constituição Federal (“para efeitos da proteção do Estado é reconhecida a união estável entre homem e mulher”) a ideia de que a lei oficializa o acasalamento material e jurídico de homem com homem e de mulher com mulher.
Os hieróglifos do Fux acabaram atiçando a chama de poder do CNJ, que se arvorou em legislador e estabeleceu normas para o “casamento” entre homossexuais. Ambas as decisões, a do STF e a do CNJ, porém, não bastaram para satisfazer uma considerável fatia de eleitores e de alguns órgãos de imprensa, que cobram ninguém sabe o quê , de Marina Silva agora, sobre o assunto. E como ela não disse o que eles queriam ouvir, parece que a candidata à presidência estacionou nas pesquisas.
Bem. Se a religiosidade de Marina impedir que ela empreste a esse tema a mesma importância que exigem a economia, a dívida pública, a saúde, a segurança, a educação e o emprego, certamente os “prejudicados” irão repudiá-la. E se ela vencer, recorrerão ao STF de novo.
Aí nós, da arquibancada, queremos ver o Fux estendendo a jurisprudência dele ao nono mandamento bíblico: “não desejar a mulher, nem o marido do próximo”.



terça-feira, 9 de setembro de 2014

PLANETACHO

AH! SE OS GREGOS SOUBESSEM...

A democracia é a forma de governo em que a soberania é exercida pelo povo. Esse sistema foi concebido pelos antigos gregos. Imagine Sócrates, Platão e Aristóteles na frente da TV, assistindo ao nosso horário eleitoral gratuito.
Qual seria a reação dos nossos filósofos diante da fauna da democracia Tupiniquim: dos candidatos Cara de Hambúrguer ou do Zé Macedo Acorda Cedo. Também tem o Filho do Padre, Fala Paletó, William Big Coke e até um tal de Peito de Pombo.

No Mato Grosso o Sid do Gás entrega o botijão junto com o santinho. Carlos Chagas Cachorrão, Divininha e Alexandre Show de Bola também querem o seu voto.

Lá no Paraná tem o Toninho da Farmácia, no velho oeste do Amazonas tem o Trynity e no Pará o Chefinho.
O Pintado, que não sai do salão da Fia Cabelereira. Já o candidato Abajur do PHS diz ter luz própria. O Cristo da Jerusalém promete a multiplicação dos pães. O Paul das Gerls está atrás do eleitorado feminino.

O Burrinho da Oficina diz que vai consertar este país. O Seu Madruga e a Hilda Furacão lutam para se eleger...

Nestas alturas, vendo tudo isso, o velho Sócrates exclamaria simplesmente:
- Só sei que nada sei...

NÓS
somos o Ying e o Yang...
o sal e o açúcar...
o céu e o inferno...
a bermuda e o terno...
o sol e a lua...
o instantâneo e o eterno...
o sim e o não...
a casa e a rua...
a luz e a escuridão...
o circo e o pão...
o big e o bang...
o tic e o tac...
o vap e o vupt...
o pic e o nic...
o tico e o teço...
o rastejante e o alado
tão diferentes e tão iguais...
o brilhante e o espaço...
Todos nós...

farinha do mesmo saco...

segunda-feira, 8 de setembro de 2014

FEDEU
João Eichbaum

Ontem foi um triste dia da Pátria. Ainda bem que a pátria só tem um dia por ano, senão todos os dias dela seriam tristes...
Justamente no dia da Pátria, sete de setembro, saiu da boca de Paulo Roberto da Costa o listão dos corruptos.
Para quem não sabe ou não se lembra, Paulo Roberto da Costa é um diretor da Petrobrás, que está preso, investigado por evasão de divisas, lavagem de dinheiro e outras coisinhas mais. Ele é dono de milhões, depositados em bancos da Suiça, onde tanbém está na mira de investigações policiais.
Vendo a coisa preta para o seu lado, depois que, por um canetaço do Teory Zavaski, esteve livre por algumas horas, mas voltou para a cadeia, o Paulo Roberto resolveu entregar o jogo: listou mais de trinta políticos como "comissionados" das negociatas da Petrobrás. Entre eles figuram Renan Calheiros (alguma surpresa?), Henrique Alves, Roseana Sarney, Edson Lobão. Alguns mal feitos respingaram até em almas que já foram para o outro mundo, como o Eduardo Campos.
São as belezas do norte e do nordeste exibidas na paisagem da corrupção...
Em troca, o delator receberá a liberdade provisória, acoplada a uma tornozeleira.

Alguma coisa para comemorar no Dia da Pátria, minha gente? Alguma coisa a exaltar neste país, onde o que melhor se organiza é o crime? É possível celebrar a independência de um país espoliado pelos "filhos seus", aqueles que "não fogem à luta" para enriquecer?
Já podeis,FDP (filhos da pátria) ver contente a mãe gentil?"