CHEGOU A VEZ DO SUPREMO
João Eichbaum
Na semana que passou, duas manifestações vieram
demonstrar que o Supremo Tribunal Federal começa a ser apresentado para a
população brasileira tal como ele é, realmente. A primeira delas circula na
Internet e foi publicada na íntegra pelo blog do Jorge Ferrão, Alerta Total,
atribuindo a autoria do texto a “autor
desconhecido”.
Vale a pena ler o texto completo, mas pinço apenas
alguns tópicos que espero despertem a curiosidade nos leitores:
“Pelo
presente instrumento, venho dirigir-me a vossa excelência. Com minúsculas e na
segunda pessoa, pessoa de segunda que és, mauricinho de nariz empertigado. Tu,
que te ocultas, sorrateiro, por trás dessa impecável e pretíssima toga de
bosta.
Venho
oficiar-te, honorável patife, que há mais retidão e honra na palavra espontânea
e honesta que brota do coração de um humilde iletrado do que no alfarrábio que
sustém tuas áridas, infindáveis, mirabolantes e ordinárias sentenças. As mesmas
que revestes, impávido, em capa dura, fazendo-as constar com letras douradas
dos anais que ostentas nas prateleiras intermináveis onde expões tua soberba
grandiloquência farisaica e tua rocambolesca sapiência estéril.”
A outra manifestação parte de Élio Gaspari que, na sua
coluna de ontem, intitulada UM RETRATO DO SUPREMO, mostra quem é quem naquela
Corte. Apresentando dados coligidos por alunos da Escola de Direito da Fundação
Getúlio Vargas do Rio de Janeiro, o colunista da Folha de São Paulo exibe a
“produtividade” dos ministros.
Ninguém escapa. Não há um único ministro que sirva de
modelo de celeridade. Não há um deles sequer do qual transpareça uma ânsia de fazer justiça. Pelo contrário. O que os
dados refletem é a irresponsabilidade daqueles que “pedem vista” e sentam em
cima dos processos. Não há um, unzinho ao menos, que cumpra os prazos
processuais – dever de todos os juízes.
Resumindo:
a indignação que brota do artigo do “autor desconhecido” e o estudo de que
parte Élio Gaspari mostram que o Supremo Tribunal Federal é o espelho da “Corte
Suprema” pintada no livro “ESSE CIRCO
CHAMADO JUSTIÇA.
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