A FARSA DA DEMOCRACIA
João
Eichbaum
Ainda não terminou.
Tem segundo turno.
O que os hipócritas,
ou burros, chamam de “festa da democracia”, mas que, na realidade, é a farsa da
democracia, ainda não terminou.
Por que é farsa, e
não festa?
Pelo seguinte. Em
primeiro lugar, porque não é democracia. Não é o povo que escolhe os
candidatos. São os pelegos, os “membros do partido”, numa coisa que eles chamam
de “convenção”, mas que é a primeira farsa. Somam-se interesses pessoais e se
convertem meia dúzia de abobados para integrar o partido. Essa meia dúzia,
devidamente conduzida, é que escolhe o candidato.
Em segundo lugar,
obrigam-se pessoas que precisam descansar, estar com a família, curtir o fim de
semana, para servirem de “mesários”. Na marra.
Terceiro lugar, se
obriga o povo, que não tá nem aí, a votar, a escolher um candidato que foi
imposto goela abaixo pelo partido.
A isso se pode chamar
de festa?
Festa, coisa nenhuma,
é farsa. Dá-se o nome de “democracia” a uma pantomima na qual o povo só
participa como figurante, sendo obrigado, tanto a votar como a colher o
voto.
Então a isso se chama
de democracia, para mascarar a realidade.
O povo não escolhe o
governante. Nada diferente da monarquia, por exemplo, em que o povo não apita
nada. O herdeiro do trono já vem pronto, feito na cama do rei e da rainha, nada
resta a fazer, senão aceitá-lo.
O mesmo acontece na
ditadura, onde o plenipotenciário manda e não pede.
É tudo igual. O povo
só serve como figurante, em qualquer sistema de governo.
A diferença é que,
nem na monarquia, nem na ditadura, se obriga o povo a participar da farsa. E
naquelas não há os Ibopes nem os Datafolhas da vida, que são comprados para
mentir para o povo.
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