AS MARIONETES
João Eichbaum
Antigamente artista era artista, jogador de futebol, jogador de futebol,
político, político.
Na era eletrônica, ou era global, tudo mudou. Os artistas saíram da tela
e os jogadores, do campo de futebol. O que era uma admiração platônica, hoje se
transformou numa aproximação virtual.
Tendo fãs aos montes – coisa que os políticos não têm – os artistas e
jogadores de futebol hoje são utilizados como isca para atrair votos.
Partidos políticos usam esse engodo para inflar suas bancadas e, dessa
forma, alavancar seus interesses, com acordos espúrios tipo "é dando que
se recebe".
Figuras como Danrlei, Tiririca e Jardel estão entre os mais votados
candidatos dessas últimas eleições. Pessoas de baixo extrato cultural, que não
saberiam sequer exprimir um conceito longínquo de ciência política, são nossos
“representantes” no parlamento.
Nossos “representantes”, uma ova. Eles serão meros instrumentos,
disponíveis marionetes nas mãos das raposas da velha política, servindo a
causas de cujo alcance não têm a mais puta ideia.
Imaginem o Danrlei e o Tiririca discutindo o novo Código Civil, o novo
Código de Processo Penal, para ficar só nisso.
É evidente que, estando sempre a ver navios naqueles ninhos de
espertalhões, que são o Congresso e as Assembleias Legislativas, eles não terão
outra alternativa a não ser dizer “amén” para tudo quanto decidirem os chefões,
as máfias das mais diversas cores. E para lá serão reconduzidos os ex-atletas,
enquanto houver neste país eleitores que sofrem de diarreia no cérebro.
Mas, é assim que funciona essa Gomorra política instalada no Brasil com o
nome de democracia. O povo, esse elefante que não sabe a força que tem, só
serve de instrumento para que meia dúzia roube, enriqueça e estufe os peitos,
cantando o salmo do Estelionato: só a democracia faz o brasileiro feliz.
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Um comentário:
Bom-dia
Gosto muito dos seus "post" e também do Janer Cristado.
Falando em Janer, ele estava com a saúde comprometida. O que aconteceu cm ele? Piorou, morreu? Seu blog não é atualizado mais.
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