quarta-feira, 1 de outubro de 2014

SEM PROGRAMA
       João Eichbaum
Elas não são mulheres de programa. Me refiro à Dilma e à Marina. Não porque a Dilma seja gorda, sem graça,  mais rebocada do que desenho em jardim de infância, e muito mal amanhada. Ou porque a Marina, com aquela cara de missa de sétimo dia, não dê tesão em ninguém.
Elas não são mulheres de programa, porque estão a dever um programa enxuto de governo.
A Dilma prefere protagonizar barracos eleitorais, tirando dos cachorros, ou das cadelas, pra botar na Marina. Ela não vai para os debates, a fim de mostrar o que pretende fazer pelo povo brasileiro, pra levantar a bolsa e baixar o dólar, para mostrar o que é, quais são suas qualidades, mas para mostrar o que a outra não é. Instada a falar alguma coisa que não desande em xingamentos, ela enrola, diz coisas sem nexo, inventa frases sem sujeito, predicado e complementos, fala javanês.
A Marina, por seu, turno, passa o tempo se defendendo e, quando lhe sobra algum tempo, incursiona por uma linguagem hermética, que necessita de tradução.
Já se foi o tempo em que os políticos eram homens versáteis, de bom nível intelectual, bons enganadores através da oratória, da retórica, do verbo fácil. Seu estelionato eleitoral era bem urdido com um vernáculo de  qualidade.
Coincidência ou não, temos hoje duas mulheres se enfrentando como se fossem comadres briguentas, sem porte e sem a estatura intelectual que exige a condição  de estadista.
Com essas duas no páreo, tá ruim pra quem gosta de mulher de programa.


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