quarta-feira, 15 de outubro de 2014

O SINODO DO HOMOSSEXUALISMO

João Eichbaum

O papa Francisco é um homem moderno. Ou faz questão de aparecer como tal. E mais: demonstra preocupação, menos com a liturgia do cargo do que com as cobranças que o povo e alguns segmentos da sociedade lhe possam fazer. A impressão que se tem é de que ele se sente na obrigação de retribuir a calorosa recepção, que sua investidura como pontífice máximo da cristandade, despertou no mundo inteiro, conferindo-lhe uma liderança que poucos de seus antecessores tiveram.
Quando esteve no Brasil, o preço que sua popularidade pagou foi cobrança de um tema que, para a imprensa brasileira, é o mais importante de todos: homossexualismo.
É, sim, na pobreza de visão que a “grande imprensa” tem, a homofobia, o casamento ”gay” e outras coisas do gênero, representam  os maiores problemas, ou pelo menos a matéria jornalística mais importante. A impressão que se tem é de que nesse nicho da imprensa só tem veado e sapatão.
Então esse “problema” foi levado ao papa e de Sua Santidade foi cobrado um pronunciamento, do qual ele não se esquivou, deixando de boca aberta os apalermados jornalistas: “quem sou eu para julgar os homossexuais”?
E como um “gaucho” que não foge da peleia, o papa argentino acabou por convocar um sinodo, em cuja pauta figura o tal de “homossexualismo”. Anteontem os bispos se pronunciaram sobre o tema: não disseram nada de novo. Em outras palavras repetiram o que já havia dito o papa para os ansiosos jornalistas brasileiros: os homossexuais não devem ser escorraçados da Igreja, mas casamento, mesmo, só de homem e mulher.
Pronto. Está aí. A Igreja falou.
Será que o pronunciamento vai mudar o mundo e seus costumes? Será que os pederastas, de agora em diante, vão dar a bunda com menos “stress”? Era exatamente isso que a “grande imprensa” brasileira queria ouvir?
Os bispos ficaram na deles: o que não tem solução, nem o Espírito Santo resolve. Cada um dá o que gosta de dar, e Deus não ta nem aí. Por acaso Jesus Cristo condenava as prostitutas? Ou a imprensa brasileira pensava que a Igreja iria atirar pedra nos homossexuais?


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