quinta-feira, 14 de maio de 2015


O NÉRIO SABE DAS COISAS

Esta semana, a imprensa noticiou que o famoso Hotel Plazinha, da rua Senhor dos Passos, em P. Alegre, fechou suas portas, e aqueles 15 andares,  de antigo luxo e tradição de elegância, que por décadas foi o melhor hotel de P. Alegre até surgir do mesmo grupo hoteleiro, o Plaza São Rafael, onde era o Colégio Farroupilha ( antigo Colégio Alemão), na rua Alberto Bins -  o que demonstra por si só - sem comentários, sem análises, a crise total por que passa nosso Estado, lembrando que não temos mais o trem nem a ferrovia e muito menos não temos mais porto e nem navios carregados de pessoas e de mercadorias. Como admitir uma capital de Estado,como P. Alegre, sem trem, e sem navio. Não dá. Impossível. Passar na Av. Mauá e ver aquele monumento do maior porto fluvial do Brasil, o Cáis do Porto Mauá, abandonado, enferrujado, os guindastes, fantasmas, corroídos num monumento ao atraso apontando para o alto. E o trem não existe mais, nem os trilhos, nem a ferrovia.

Convido a todos pensar e fazer uma reflexão séria e desapaixonada sobre o atraso do nosso RGS. Ou estou errado e há progresso e desenvolvimento?

Quanto me lembro o salário mínimo do RGS está em torno de R$854,00 com algumas alterações segundo as classes trabalhadoras.

 E se reúnem todos, Governador, Assembléia, Tribunal de Justiça, movimentado a máquina administrativa e judiciária do Estado, com um fato fenomenal para decidir sobre o mísero salário mínimo. Que paradoxo. Que homenagem negativa ao atraso. Uma pena. Lamentável.

Interessante a Justiça do Trabalho, nem entra no debate e fica olhando, quieta, à distância, os outros, a se queimarem, a debaterem ardentemente alguns reais a mais que o obreiro deve ganhar como minimo para sustentar a familia com seu trabalho de 30 dias. A matéria é trabalhista , na essência, e devia ser da competência da Justiça do Trabalho, como matéria administrativa proclamar, publicar e dizer a partir do dia tal, o salário minimo no RGS será tantos reais, por mês. Acabou.Fim. Sem debate. Se começar o litigio na Justiça comum, com a gama de recursos, e a paixões do tema, patrão e operário, nunca termina.  E a Justiça do Trabalho fica distante, só olhando e vendo os colegas a se queimarem e irem para fogo do inferno.

Nério "dei Mondadori" Letti.


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