O NÉRIO SABE DAS COISAS
Esta semana, a imprensa noticiou que
o famoso Hotel Plazinha, da rua Senhor dos Passos, em P. Alegre, fechou suas
portas, e aqueles 15 andares, de antigo luxo e tradição de elegância, que
por décadas foi o melhor hotel de P. Alegre até surgir do mesmo grupo
hoteleiro, o Plaza São Rafael, onde era o Colégio Farroupilha ( antigo Colégio
Alemão), na rua Alberto Bins - o que demonstra por si só - sem
comentários, sem análises, a crise total por que passa nosso Estado, lembrando
que não temos mais o trem nem a ferrovia e muito menos não temos mais porto e
nem navios carregados de pessoas e de mercadorias. Como admitir uma capital de
Estado,como P. Alegre, sem trem, e sem navio. Não dá. Impossível. Passar na Av.
Mauá e ver aquele monumento do maior porto fluvial do Brasil, o Cáis do Porto
Mauá, abandonado, enferrujado, os guindastes, fantasmas, corroídos num
monumento ao atraso apontando para o alto. E o trem não existe mais, nem os
trilhos, nem a ferrovia.
Convido a todos pensar e fazer uma reflexão séria e desapaixonada sobre
o atraso do nosso RGS. Ou estou errado e há progresso e desenvolvimento?
Quanto me lembro o salário mínimo do RGS está em torno de R$854,00 com
algumas alterações segundo as classes trabalhadoras.
E se reúnem todos, Governador, Assembléia, Tribunal de Justiça,
movimentado a máquina administrativa e judiciária do Estado, com um fato
fenomenal para decidir sobre o mísero salário mínimo. Que paradoxo. Que
homenagem negativa ao atraso. Uma pena. Lamentável.
Interessante a Justiça do Trabalho, nem entra no debate e fica olhando,
quieta, à distância, os outros, a se queimarem, a debaterem ardentemente alguns
reais a mais que o obreiro deve ganhar como minimo para sustentar a familia com
seu trabalho de 30 dias. A matéria é trabalhista , na essência, e devia ser da
competência da Justiça do Trabalho, como matéria administrativa proclamar,
publicar e dizer a partir do dia tal, o salário minimo no RGS será tantos
reais, por mês. Acabou.Fim. Sem debate. Se começar o litigio na Justiça comum,
com a gama de recursos, e a paixões do tema, patrão e operário, nunca termina.
E a Justiça do Trabalho fica distante, só olhando e vendo os colegas a se
queimarem e irem para fogo do inferno.
Nério "dei Mondadori" Letti.
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