sexta-feira, 22 de abril de 2016

A MULHER DO TEMER
João Eichbaum

Sabe aquela peitudinha e bundudinha, de cabelos castanhos reluzentes e corpo dourado como um copo de chope que, desfilando na sua frente, fica dando compasso com a bunda e fazendo você, ensandecido, levar dolorosos beliscões da coroa, que não larga o seu braço?

Sabe? Pois aquela bundudinha não é nada, não serve nem para amarrar o sutiã da mulher do Temer. Porque a mulher do Temer, além de tudo isso, é “recatada e do lar”. Ela jamais vai sair por aí, usando a bunda como batuta, para reger taxas de testosterona e batimentos cardíacos, embora sua dedicação ao lar possa atrair a ira das feministas, lhe impingindo a pecha de  rufiona de político.

No lugar dele, com aquela gata, muito homem não sairia mais de casa. Não desperdiçaria dias e, muito menos, noites, no meio de machos, discutindo política. Que Presidência, que nada! Para que mordomias, viagens por conta do povo, pompa por todos os lados, se a gente tem um bibelô,  uma coisa tão fofa para afagar em casa?

Não me perguntem como o Temer chegou lá. Com aquela cara de fuinha, ele não precisa lápis de sobrancelha para figurar como personagem principal em filmes de terror. E é difícil que tenha algo muito melhor do que a aparência, para merecer a graça divina de uma gatinha quarenta e três anos mais moça.

Marcela, chama-se a gata a que o Temer se uniu, nessa fase de repescagem da vida, que é a da idade incerta, na sétima década. Com quarenta e três anos menos do que ele e toda sua beleza, a Marcela agora só está dependendo dos senadores para ser a primeira bela dama deste país.

 A maioria do povo, que gosta de unir o fútil ao agradável, sempre torcendo por misses e seleções brasileiras, tem  motivos de sobra para esperar uma goleada no senado, botando a faixa no Temer. A essa altura do campeonato, a Marcela tem condições de levantar o Pib dos brasileiros e  vingar os 7x1: ficarão forrados de inveja os alemães, que brocham só em olhar a cara da Angela Merkel.




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