FAROL BAIXO
João Eichbaum
Foi aprovada a lei que
obriga condutores de veículos ao uso do farol baixo, quando trafegarem por
estradas e túneis. Vai ser mais um motivo para multar incautos e descuidados.
Mais uma vez, os extorquidos, chamados contribuintes, pagam pela inoperância,
pela ladroagem e pela incompetência dos administradores.
A primeira pergunta
que surge: será uma medida essencial para evitar acidentes? Se assim é, então
são ineficientes e dispensáveis todas as outras normas que, tendo por objetivo
poupar vidas e danos, não atingiram sua finalidade.
Se assim não é,
trata-se de mais uma medida ineficaz, que não passa de simples cópia de
legislação estrangeira, vigorante em países que retribuem com a segurança nas
estradas a obrigação fiscal de seus cidadãos.
Aqui no Brasil o fisco
é voraz, porque precisa alimentar muitas contas na Suíça. O que fazem os
administradores com o dinheiro arrecadado através do IPVA, do IPI, do ICM, das taxas de trâmites burocráticos, dos cursos
obrigatórios, da emissão de CNH, das multas, dos pedágios?
Quem torce o rumo desse
dinheiro, que deveria ser destinado para construir, manter e modernizar
estradas? O dinheiro some. As estradas se deterioram, na proporção direta do
número de veículos que proporciona o aumento da arrecadação. Mas, a resposta do
Estado, quando cobrado por tal ineficiência, é sempre a mesma: falta verba.
A solução para os
cofres públicos, com essas leis copiadas, vem logo: mais multas. Assim é o
Estado brasileiro, composto por um quadro político de desqualificados, sem
serventia, uma verdadeira cleptocracia. Nela, os cidadãos honestos são
submetidos à mais ominosa escravidão fiscal: trabalham, pagam pelo direito de
viver, mas nada têm em troca.
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