terça-feira, 3 de maio de 2016

OS AVANÇOS SOCIAIS

João Eichbaum

Artistas e “intelectuais” desta República assinaram manifesto contra o impeachment que ameaça botar a Dilma Rousseff pra fora da vida deles. Uma das razões festejadas por esse grupo são os “avanços sociais”, que atribuem à presidente.

Avanço significa “marcha para a frente” e também “melhoria de sorte”. É antônimo de “retrocesso” e sinônimo de “progresso”. Essa última palavra seria mais consentânea com a linguagem usual, teria mais força para expressar seu sentido, seria mais precisa, mais inteligível, menos enganosa.

Ao lado do substantivo “avanço”, o adjetivo “social” não pode ter outra significação senão a de relativo à sociedade. Então, avanço social quer dizer que houve progresso na sociedade, prosperidade social.

Quem é que pode afirmar de sã consciência que vivemos num estado de prosperidade, de progresso social? Com a inflação comendo pelas beiradas e a recessão deixando tanta gente, pais e mães de família, sem emprego, onde se encontra esse progresso? Só se o “avanço social” consiste nisso: a classe média perdendo o emprego e o “bolsa-família” ganhando aumento...

Mas, não é nada disso, não são nem os “avanços” que a Lei Rouanet botou na conta bancária deles, que os intelectuais e artistas festejam. Eles não tiveram a decência de explicar o que chamam de “avanços sociais”. O “avanço “ deles outra coisa não é senão retrocesso: a vulgarização do sexo, a forçada inserção da homossexualidade na escala dos valores humanos, a elevação de lésbicas e pederastas a um status de classe superior, intocável, acima dos humanos normais.


Eles veem na Dilma a madrinha dessa sociologia triste, que oficializa a sexualidade como recreação e não como meio de reprodução. Sentem-se felizes porque, perdendo o pouco de humanidade que ainda lhe resta, o homem está se tornando cada vez mais animal, se aproximando dos outros, os de quatro patas. E esse é exatamente o protótipo do homem representado pelos “intelectuais” desta terra. Afinal, em país de analfabetos, quem consegue fazer o “o” com o copo virado é doutor.

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