MONTANHA RUÇA
Por Carlos Maurício Mantiqueira
O momento exige a escatologia.
Altos e baixos, xixi nas calças,
gritaria.
A Anta já vê a viola em cacos. Hienas e
macacos transpiram pelos sovacos.
É crise de abstinência. Não há mais
tetas. Chegou ao fim a era das mutretas.
Temer o futuro. Roer osso duro. Sair de
cima do muro.
Fugir com apuro.
Quero ver da Anta a fuça, mesmo que a
vaca tussa.
A montanha é de merda de lula pinguça.
Pro molusco a coisa está ruça.
Enquanto o parquet sua vida esmiúça, o
próprio veste a carapuça.
Cenas dos próximos capítulos e sugestões
para epítetos:
O molusco subiu no telhado; está mais
que pau de galinheiro, cagado.
“No more zuzubem!”
Camisa de força ou de forca ?. Que
diferença faz uma cobrinha chamada cedilha. Imaginem uma jararaca que meteu o
pé na jaca.
É Anta mas empaca igual jumenta. Só
chupa chiclete de menta, botando fogo pela venta.
Parece o nobre Massarico, no traseiro
dos sem penico.
Alguns vão ganhar terra. Sete palmos. De
Dona Onça.
Quem tiver mais sorte vai tomar banho
frio em Curitiba...
Carlos Maurício Mantiqueira é um livre
pensador.
Fonte Alerta Total
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