Da
moral carioca da novela das oito.
Do espirito de galhofa e gozativo e da moral
carioca da zona sul do Rio, da novela das oito, onde tudo se permite e todas as
virtudes se negam
E
aquela hora fatal da madrugada que ou o homem ou a mulher não arrumaram ninguém
depois de uma noite na batalha do amor. Acabou sozinho (a). Tristre, na
madrugada de Copacabana, voltar para casa sozinho, com o mar batendo ao lado.
Ainda mais se estiver de porre, com o estômago enjoado ( em italiano se chama
"rabalton") e com certa falta de ár devido ao cigarro, que em dialeto
vêneto se chama de "afano"...Entra no primeiro boteco aberto e pede
uma limonada com sóda e uma dose de Sal de Fruta Enno para arrumar o
"rabalton" do estômago e o "afano" do peito. Esta hora em
que apagam-se as luzes e as portas dos bares se fecham, não pode exisitir nada
mais triste do que o notívago e o boêmio frustrado, Precisa de uma mesa de bar,
de companhia, e se possível um samba de Noel, para terminar a madrugada
solitária da grande cidade.
Por
isso, o espírito carioca e a moral da novela das oito, da zona sul do
carioquês, trasnformou e esculhambou com o natal. Vamos lá. Vale tudo. Total é
madrugada. E todos os gatos são pardos. Pelo menos bem longe da galeria Alascka
infestada de homossexuais tresloucados, travestis, lésbicas, gigolôs, GLS, toda
esta fáuna do terceiro gênero que não cansam nunca de andar a procura do amor
perdido. Sempre na busca ansiosa. A bicha carioca sempre tem tesão. Tã sempre
querendo dar.
Verdade
seja dita, o Grupo Nuances e o grupo Somos, ambos gaúchos e de vanguarda, dos
descolados, inclusive em seu saite, nenhum dos dois concorda com esa forma
abusiva de tratar o natal. A bicha gáucha é mais discreta e não tão largada.
Principalmente o grupo Nuances - que luta pela livre expressão sexual, em
seu jornal - Nuances - que se encontra na
banca do Mercado Público -" -Bang Bang' -
não aprova esta loucuragem que os colegas cariocas fazem com a festa natalina.
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Nério
"dei Mondadori" Letti
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