Que tragédia.
O patrimônio fantástico da VARIG, aviões, hangares, oficinas de manutenção,
tudo se foi pelo ralo, aqui em P. Alegre, no Rio e em S Paulo e a rede
Tropicais de hotéis turisticos, os melhores do mundo em pontos únicos,
como o da Fóz do Iguassú, de Manaus e outros e foram vendidos por três
moedas. O AERUS acabou. Ninguém recebeu nada após a falência da VARIG, e estão
aí, comandantes, pilotos, e aeroviários ( pessoal de terra,) penando. Sem
dinheiro, tem gente cortando grama, outros taxistas ou motoristas de ônibus.
Tem piloto da Varig espalhado pelo mundo, numa tragédia sem igual de separação
familiar e a frota de aviões foi devolvida. O governo não ficou com um avião da
Varig, para o Brasil, para a FAB, pelo menos um Jumbo 747 ou um MD-11, deveria
ter ficado no Brasil para servir o povo e o governo e a FAB. Não. Foram todos
devolvidos. Hoje a Varig não tem mais nada, nem patrimônio, para garantir o
débito trabalhista. Fecharam a EVAER. Um crime que lesa a pátria na formação do
piloto civil. Daqui cem anos estaremos falando sobre a falência e os objetivos
escusos que estiveram por trás de sua falência e que ainda não ficaram claros.
Meus dois
filhos, Eduardo (20 anos de Varig) e Felipe ( 12 anos de Varig) ambos
comandantes, da Varig, até hoje não receberam um tostão. E o Brasil,
macunaima, sem caráter, e achando que é um país adiantado e civilizado. E
agora vai gastar milhões em copa do mundo e olimpíada. E o Brasil paradoxal.
Não tem hospital para o povão, mas tem estádio para o futebol.. Como dizia o
Lulla, antes do câncer ( estou rezando pela sua cura a oração de São Bráz
que cuida e protege a garganta com a benção das velas) no seu lulês que
marcou -- "nóis sofre mais nóis goza, come o Curintia".
E agora, bem
Brasil, fica o Poder Judiciário a despachar, o volumoso processo e discutindo o
sexo dos anjos, pois, o notável Ari Pargendler, gaúcho de Passo Fundo,
presidente do STJ, aquele da encrenca na fila no caixa eletrônico com o
estagiário negro no ´terreo do STJ, deu barraco, gritou, se perdeu e teve crise
de "juizite" e mandou o guri para a rua, produziu notável
despacho, após aprofundados estudos, dizendo que todos os processos, as
reclamatórias trabalhistas contra a Varig, do ex- funcinários, devem ser todas
encaminhadas para a VAra Falencial ou agora com outro nome pomposo e bem Brasil
macunaima, " Vara de Recuperação Empresarial" ( eu acho essas
mudanças de nome que não levam à nada uma bichice fantástica - coisa de
intelectual de esquerda festiva que não sabe produzir e ganhar dinheiro a não
ser que venha do governo) - ora recuperaão empresarial. Vai recupera o
quê?....Vai recuperar a VArig?.....Vamos ser honestos. Me poupem e não
desdenhem da inteligência dos pobres ex-funcinários da Varig que estão passando
fome. E só agora, passados tantos anos. após a hecatombe de turbina pegando
fogo, o Judiciario decidiu que todos os processos da Varig devem ser
concentrados numa vara só, a primeira Vara do Rio de Janeiro que leva por
título um nome estrambólico neste país miserável - "vara de
recuperação judicial ou empresarial ou outro nome" - agora não é
mais o nome tradicional, de Vara de FAlência ( e concordata) . Como se
isto adiantasse alguma coisa. Trocar seis por meia dúzia. Os processualistas
matam a Justiça. com seus sonhos e arroubos recursais na circularidade
dialética de andar ao redor do próprio rabo em busca da pedra filosofal do
orgasmo judiciario. E lógico que nennhum funcionário da Varig não vai receber
nada. O museu da Varig está abandonado aqui na Fundação Rubem Berta. O
salão da Fundação virou depósito de caixas velhas. E o departamento médico e
outros na rua 18 de novembro, que era um luxo, viraram tapera. O
restaurante no térreo, com o bandeijão, ainda funciona parcialmente, para dar
comida aos trabalhadores da TAP que fazem ainda alguma manutenção.
E a ANAC veio
para fazer o quê?....
.O que faz
a ANAC?
Nério "dei Mondadori" Letti
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