segunda-feira, 18 de novembro de 2013

PROCLAMAÇÃO DA REPÚBLICA

João Eichbaum

A República foi proclamada. Tiraram da cama um velhinho doente, com crise de asma, “um ancião agonizante” , como o descreve Laurentino Gomes no seu livro “1889”, o marechal Teodoro da Fonseca, para cortar, de uma vez por todas, o cordão umbilical que ligava Brasil a Portugal.
Assim foi. Um velho doente, broche,  tirado da cama, que mal podia respirar, levantou a espada, mandou embora o Império e proclamou a República.
Sexta-feira passada, feriado nacional em comemoração à quartelada que resultou nessa merda da república, casualmente, um negro, descendente de escravos contrabandeados por portugueses, mandava prender políticos, banqueiros, despachantes e deputados, condenados por usar dinheiro público, para assegurar maioria no Congresso em favor do Lula, a fim de garantir a bagunça do MST, o bolsa-família para quem não quer trabalhar, as cotas para negros nas universidades e outras barbaridades sem nome.
E aí, o povo estava a fim de comemorar. Queria ir  pra praia, tomar sol e cerveja, se deitar nas areias onde o padre Anchieta escreveu poemas para a Virgem.
Todo mundo pra praia.
Mas, como não tem estrada, e o povo tem automóvel barateado pela isenção demagógica do IPI, já viu, né?
Foi um fuséu.
Eram necessárias mais de doze horas para ir de São Paulo, capital, até o litoral.
Não é preciso dizer que o povo sentiu fome, sede e vontade de fazer xixi. Como a fila do xixi era imensa para mulheres, que precisam baixar as calças e as calcinhas para aquela necessidade premente, que Deus inventou não sei porque, não deu outra: elas tiveram que invadir o mitório dos homens e ver, sem querer, mas querendo, pintos de várias cores e tamanhos, a fim de se libertar da premência.
Faltou água, pão, refrigerante. Tudo para aproveitar o feriadão da República, que ninguém sabe para o que é que serve.
E enquanto o Zé Dirceu, o Genoíno, e outros menos famosos  se acomodavam  à vontade, matando a sede e a fome em celas VIP, e o Pizzolato morria de rir na Itália, o povão que elege o PT estava na estrada, praguejando, se mijando, morrendo de sede e xingando o governo - que ele vai reeleger.


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