terça-feira, 31 de dezembro de 2013

PLANETACHO
tacho@gruposinos.com.br



AS PREVISÕES PARA 2014 DO

GURU AGORÔ

Políticos honestos mudarão o país para melhor...
Na Suíça e na Dinamarca

Escândalos e desvio de dinheiro
nos meses de janeiro, fevereiro, março
abril, maio, junho, julho e agosto.
Depois só em setembro, outubro, novembro
e dezembro.
FRAUDES no primeiro e no segundo semestre
e também no verão, no outono, no inverno e na
primavera – mas apenas nos primeiros 365 dias.


Joaquim Barbosa será contratado
pela DC Comics para substituir
Batman, que irá se aposentar...

La vai... Brasil e Uruguai decidirão
a Copa no Maracanã...
ops!
Desculpem a bagunça...
Peguei as previsões para 1950

O Inter, que já tem Índio, Juan e Dida,
vai abrir mão do Beira-Rio para jogar em umestádio
que combine com o time:  o Centenário...

Torcidas organizadas vão disputar o passe de
Anderson Silva. O saldo será dois mortos e 20 feridos...

E, por fim,
os números da Mega-Sena
da virada do ano de 2183:
12,19,27, 46, 2X,-55


DESCULPE QUALQUER COISA!



segunda-feira, 30 de dezembro de 2013

VIREI VIDRAÇA

João Eichbaum

. De apedrejador virou vidraça o colunista, que vive de censurar a Deus e a todo mundo, como se fosse a palmatória desse último. Arsênio Becker, de Brasília, garimpando a crônica “Os doutores e seus dialetos”, botou seu preciosismo a pinçar impropriedades. Na frase “desde que as universidades passaram a ser avaliadas pelo Ministério da Educação a partir do número de mestres e doutores que dispõem no quadro docente”, diz ele que colocaria um “de” antes do “que”: “de que dispõem”; ao invés de “para explicar porque não possuimos uma universidade...”, escreveria “por que não possuímos uma universidade”; e usaria a ênclise “dispenso-me”, ao invés da próclise “me dispenso”, na frase “me dispenso de enumerar as razões...”. Por fim, repele a afirmação de que o desconhecimento do latim e do grego é responsável pela dificuldade de emitir juízos e conceitos, dizendo que “o treinamento em Lógica também faz falta.”
Todo mundo sabe que os idiomas evoluíram, que os vocabulários, em qualquer língua moderna, vencidos pela tecnologia, estão correndo atrás da máquina. Muitas das regras do vernáculo hoje estão mais para a história do que para o uso cotidiano. Alguém sabe, por exemplo, o que foi feito da “métrica”? Alguém, hoje em dia, usa mesóclise? E os verbos defectivos? Quem lhes inibe a flexão nos dias de hoje? Quem se escandaliza com o “tu” e o “você” agarradinhos no mesmo texto?
Nunca esteve tão vivo aquele princípio ontológico que preside à evolução de qualquer idioma: “ quem cria a língua é o povo”. O povo, não os gramáticos (nem os “doutores”). E mais: a gramática não é bruxa para escapar de uma regra básica: “o desuso atrofia”.
Hoje, nem os textos acadêmicos respeitam o rigor da gramática, e a crônica, escrita às vezes sob aqueles porres de vomitar na sogra, vai de qualquer jeito pro jornal.
Mas, reptado pela crítica, despejei meu texto na batéia, e deu no que segue.
O verbo “dispor” é transitivo. As universidades podem “dispor (colocar, coordenar) mestres” no seu quadro docente. Por que não? Onde sofre a gramática com essa construção? Mas podem também “dispor de mestres” de seu quadro em serviços de secretaria, por exemplo. O “de” aí tem sentido restritivo: nem todos os mestres farão tais serviços.
Na frase “nem preciso gastar vocabulário também para explicar porque não possuimos uma universidade...”, o “porque” é uma conjunção causal subordinativa, tem que ser uma palavra só. A expressão “por que” é separada quando designa o advérbio interrogativo de causa (por que não possuímos universidades?; quero saber por que não possuímos universidades) ou quando o “que” exerce o papel de pronome relativo, precedido pela preposição “por”, e pode ser substituído por “o qual, a qual”. Não é o caso do texto censurado onde o “ porque” é conjunção e não advérbio, nem pronome relativo.
Dizer “me dispenso de enumerar as razões” não fere regra alguma do vernáculo. Mas “dispenso-me de enumerar as razões” fere os ouvidos, com aquela suruba cacofônica de “ labiais e dentais”.
O desconhecimento do latim e do grego não é a causa “exclusiva” da pobreza dialética, mas sua causa genetriz. Haveria filosofia sem os fundamentos gregos? Lógica não tem raiz etimológica em “logos”?
Desculpem, mas tive que fazer essa crônica chata, para consertar minha vidraça espatifada. Senão, escrevendo mal desse jeito, a turma ia começar a me tratar por “doutor”.




sexta-feira, 27 de dezembro de 2013

A LEGALIZAÇÃO DA MACONHA
Carlos Alberto di Franco*



O Uruguai, que já permitia o consumo de maconha, legalizou a produção e a venda da droga. A nova lei foi aprovada no Senado por 16 votos a 13 e deverá entrar em vigor no primeiro semestre de 2014. Pela nova legislação, os uruguaios e estrangeiros que residem no país e têm mais de 18 anos poderão comprar até 40 gramas da erva por mês em farmácias credenciadas pelo governo. Os defensores da liberação, armados de uma ingenuidade cortante, acreditam que a legalização reduzirá a ação dos traficantes. Mas ocultam uma premissa essencial no terrível silogismo da dependência química: a compulsividade. O usuário, por óbvio, não ficará no limite legal. O tráfico, infelizmente, não vai desaparecer.

A psiquiatra mexicana Nora Volkow é uma referência na pesquisa da dependência química no mundo. Foi quem primeiro usou a tomografia para comprovar as consequências do uso de drogas no cérebro. Desde 2003 na direção do Instituto Nacional sobre Abuso de Drogas, nos Estados Unidos, Volkow é uma voz respeitada. No momento em que recrudesce a campanha para a descriminalização das drogas, suas palavras são uma forte estocada nos argumentos politicamente corretos.

A cientista foi entrevistada pela revista Veja, em março de 2010. A revista trouxe à baila um crime que chocou a sociedade. O cartunista Glauco Villas Boas e seu filho foram mortos por um jovem com sintomas de esquizofrenia e que usava constantemente maconha e dimetiltriptamina (DMT), na forma de um chá conhecido como Santo Daime. "Que efeito essas drogas têm sobre um cérebro esquizofrênico?" 

A resposta foi clara e direta: "Portadores de esquizofrenia têm propensão à paranoia, e tanto a maconha quanto a DMT (presente no chá do Santo Daime) agravam esse sintoma, além de aumentarem a profundidade e a frequência das alucinações. Drogas que produzem psicoses por si próprias, como metanfetamina, maconha e LSD, podem piorar a doença mental de uma forma abrupta e veloz", sublinhou a pesquisadora.

Quer dizer, a descriminalização das drogas facilitaria o consumo das substâncias. Aplainado o caminho de acesso às drogas, os portadores de esquizofrenia teriam, em princípio, maior probabilidade de surtar e, consequentemente, de praticar crimes e ações antissociais. Ao que tudo indica, foi o que aconteceu com o jovem assassino do cartunista. A suposição, muito razoável, é um tiro de morte no discurso da ingenuidade.

Além disso, a maconha, droga glamourizada pelos defensores da descriminalização, é frequentemente a porta de entrada para outras drogas. "Há quem veja a maconha como uma droga inofensiva", diz Nora Volkow. "Trata-se de um erro. Comprovadamente, a maconha tem efeitos bastante danosos. Ela pode bloquear receptores neurais muito importantes." Pode, efetivamente, causar ansiedade, perda de memória, depressão e surtos psicóticos. Não dá para entender, portanto, o recorrente empenho de descriminalização. 

Também não serve o falso argumento de que é preciso evitar a punição do usuário. Nenhum juiz, hoje em dia, determina a prisão de um jovem por usar maconha. A prisão, quando ocorre, está ligada à prática de delitos que derivam da dependência química: roubo, furto, pequeno tráfico, etc. Na maioria dos casos, de acordo com a Lei n.º 9.099/95, há aplicação de penas alternativas, tais como prestação de serviços à comunidade e eventuais multas no caso de réu primário.

Caso adotássemos os princípios defendidos pelos lobistas da liberação, o Brasil estaria entrando, com o costumeiro atraso, na canoa furada da experiência europeia. Todos, menos os ingênuos, sabem que, assim como não existe meia gravidez, também não há meia dependência. É raro encontrar um consumidor ocasional. Existe, sim, usuário iniciante, mas que muito cedo se transforma em dependente crônico. Afinal, a compulsão é a principal característica do adicto. Um cigarro da "inofensiva" maconha preconizada pelos arautos da liberação pode ser o passaporte para uma overdose de cocaína

Não estou falando de teorias, mas da realidade cotidiana e dramática de muitos dependentes. Transcrevo, caro leitor, o depoimento de um dependente químico. Ele fala com a experiência de quem esteve no fundo do poço.

"Sou filho único. Talvez porque meus pais não pudessem ter outros filhos, me cercavam de mimos e realizavam todas as minhas vontades. Aos 12 anos comecei a fumar maconha, aos 17 comecei a cheirar cocaína. E perdi o controle. Fiz um tratamento psiquiátrico, fiquei nove meses tomando medicamentos e voltei a fumar maconha. Nessa época, já cursava medicina e convenci os meus pais de que a maconha fazia menos mal que o cigarro comum. Meus argumentos estavam alicerçados em literatura e publicações científicas. 

Eles mal sabiam que estavam sendo enganados, pois, além de cheirar, também passei a injetar cocaína e dolantina, que é um opiáceo. Sofri uma overdose e só não morri porque estava dentro de um hospital, que é o meu local de trabalho. Após essa fatalidade, decidi me internar numa comunidade terapêutica e, hoje, graças a Deus, estou sóbrio. O uso moderado de maconha sempre acabava nas drogas injetáveis. Somente a sobriedade total, inclusive do álcool, me devolveu a qualidade de vida que não pretendo trocar nem por uma simples cerveja ou uma dose de uísque." A.S.N., médico de Ribeirão Preto (SP), é ex-interno da Comunidade Terapêutica Horto de Deus (www.hortodedeus.org.br).

As drogas estão matando a juventude. A dependência química não admite discursos ingênuos, mas ações firmes e investimentos na prevenção e na recuperação de dependentes. A todos, um feliz Natal!


*Carlos Alberto Di Franco é Doutor em Comunicação pela Universidade de Navarra e membro do Departamento Internacional de Ciências Sociais. Originalmente publicado no Estadão em 23 de Dezembro de 2013 e posteriormente em Alerta Total.









quinta-feira, 26 de dezembro de 2013

DEPOIS DO NATAL

João Eichbaum

Bom. Agora que Jesus nasceu, depois daquela correria toda, o povão entupindo lojas, ruas, supermercados e estacionamentos ou se mandando pra praia, levando a sogra e a bicicleta das crianças, porque é Natal e Natal é coisa de família, depois do porre de mistura de cerveja com espumante barato, depois dos abraços e lágrimas e “Noite Feliz”, e o pessoal agora comendo resto de peru com farofa, vamos para as páginas policiais.
Não as páginas policiais de hoje, que é tudo a mesma coisa, droga, acidentes, assaltos, dilúvio em Minas Gerais, morte de tudo quanto é jeito. Vamos para as páginas policiais do passado, para conferir o que aconteceu logo depois do nascimento do Jesus.
Está escrito em Mateus, capítulo 2, versículo 1 a 18, que uns magos sem noção vieram do Oriente até Jerusalém, e começaram a pedir informações sobre o “rei dos judeus” que havia nascido, mas não sabiam onde. Contavam que tinham visto “sua estrela no oriente e estavam ali a fim de adorá-lo”.
A conclusão da gente é de que a tal de estrela tinha parado exatamente em cima de Jerusalém, e também estava meio perdida, porque não era ali que estava o Jesus.
Como ninguém sabia coisa nenhuma, e um perguntava pro outro, a conversa chegou até Herodes. E o Herodes, que era a maior puxassaco do imperador Otaviano, intitulado Augusto e filho de deus (divi filius) ficou com uma pulga na orelha: opa, rei dos judeus? Não to a fim de perder essa mamata de tretarca da Galiléia.
Na época, Israel estava sob o domínio de Roma, e Herodes, que nem judeu era, tinha arranjado aquela mamata de manda-chuva com o Augusto. Sim, sim, muito antes do PT já existia isso de ajeitar um cargo pro companheiro. Com a história do “rei dos judeus”, ele sentiu a truta, podia voar fora. Então chamou os sacerdotes e outros entendidos em religião judaica, para saber do “rei dos judeus”.
-Vai nascer em Belém – informou a turma. Está na bíblia.
E aí o Herodes mandou chamar os magos e se fez de morto pra ganhar sapato novo: olha, o reizinho aquele vai nascer em Belém. Quando voltarem, me façam uma visita e me informem, que eu adoro crianças e quero ir lá também adorar o garotão.
Mas, os magos, depois de entregarem os presentes de Natal, já que a Maria não tinha feito chá de fralda, tiveram a revelação divina de que o Herodes estava com más intenções e deviam tomar outro caminho, ao invés de voltarem por Jerusalém.
E aí aconteceu o que todo mundo sabe: o Herodes mandou capar, ops, mandou decapitar tudo quanto era guri, com menos de dois anos, por via das dúvidas, já que não tinha sido informado sobre o paradeiro do “rei dos judeus”.
Gozado né? Deus não mostrou pros magos onde estava o menino Jesus, mas lhes soprou nos ouvidos que  evitassem o Herodes na volta!
É de narrativas bíblicas como essa que o racionalismo ateu extrai argumentos para afirmar que a divindade judaico-cristã, não passa de ente mitológico. Deus nenhum cometeria tal ignomínia, sacrificando inocentes, para salvar o seu “filho”. Das duas uma: ou não tinha poder para evitar o massacre, ou tinha esse poder e não quis usá-lo. Na primeira hipótese, foi impotente. Na segunda, foi sádico.
 Não existe deus com tais defeitos. Nada que um infartozinho no Herodes não resolvesse. E pior: a história até hoje faz muita gente pensar no tetrarca da Galiléia, toda a vez que um bebê, lá no apartamento de cima, acorda o edifício inteiro com berros e grunhidos. Aí vizinhança é acometida pelo desejo de que chorão tivesse sido contemporâneo do menino Jesus.


quarta-feira, 25 de dezembro de 2013

 MAL TRAÇADAS LINHAS...

João Eichbaum

 Se tivesse capacidade, eu escreveria um poema sobre aquele Natal que foi, a um só tempo, o princípio e o fim duma felicidade.  Na falta de poesia, vão essas mal traçadas linhas.
Quero falar, em primeiro lugar, do teu colégio. Que nem colégio era, a bem dizer. Tinha o nome de Orfanato. Orfanato São Vicente de Paula, um casarão liso, de arquitetura pobre, tingido de tristeza, na rua Silva Jardim. Ia de uma esquina à outra porque, além de orfanato, servia de asilo. Asilo “Padre Caetano”. Abrigava aqueles para quem a vida já havia passado do ponto, os que perderam a trilha e se encheram de desmazelos no corpo e na alma, despojados de afeto, abandonados na última curva do caminho.
As freirinhas que, para vencer na vida, só contavam com Deus, cuidavam de vocês e dos pobres velhinhos. Elas abrigavam vocês, que nunca tiveram lar ou o tiveram destruído pelos estragos impunes do destino, e lhes faziam as vezes de pai e mãe. E não com menor desvelo se dedicavam aos velhinhos, se ocupando deles como se ocupavam da própria alma, ou até mais do que isso, porque a alma não exige desvelos que desafiam o estômago.
 Eram as antigas irmãs de caridade que, ao invés de explorarem Faculdades disso e daquilo, faziam tudo por amor de Deus, naquela espera, sem desespero, pela eternidade.
E foi graças a uma delas, a que organizava o coral e tocava o harmônio, foi graças a ela, digo, que nos conhecemos. Não fosse ela, eu não teria ouvido a lindeza da tua voz, entre o terreno e o celestial, me fazendo tropeçar nos degraus do altar, com as galhetas na mão, justo no momento de servir o vinho para o padre José Gomes. Só porque, não resistindo à insistência daquele encanto, olhei para o coro, onde vocês, as meninas órfãs, cantavam. Tinhas o olhar fixo no altar, não por minha causa, é claro, quem seria eu para merecer o teu olhar, mas aí nossos olhos se encontraram e eu quase me estatelei aos pés do altar, com galhetas e tudo.
O coral cantava "O Maria concebida sem pecado", e tu eras a solista do primeiro verso. Desde ali, teu rosto de menina nunca mais saiu da frente dos meus olhos, tua voz nunca mais abandonou a melodia do "Maria concebida sem pecado" e transformou em palavras imortais aqueles versos saídos da tua boca.
E desde então, por muito tempo, o hino da Imaculada me adocicava a alma na solidão e me arrancava suspiros sem razões definidas, todas as vezes que eu passava na frente da capela do Rosário, ou entrava nela para acolitar a missa do padre José Gomes.
Só outra canção atingiu meu coração com a mesma força. Foi na última noite de Natal que te vi. Durante a comunhão, vocês, meninas, cantavam "Noite Feliz" e, cantando sempre "Noite Feliz", vinham em fila indiana, para receber a eucaristia, na direção da balaustrada, onde eu estava. E porque, enquanto ajoelhadas, vocês não podiam cantar, ocupadas em receber Jesus, a irmã do coral continuou tocando a canção de todos os Natais.
Então, foi ouvindo "Noite Feliz" que estivemos um muito perto do outro, e eu pude ver – juro pelo indizível nome de Deus que vi - aquelas lágrimas dançando sobre a cor de pêssego dos teus olhos.
Mesmo com o tremor no queixo e o caroço na garganta, não sucumbi ao aluvião das lágrimas naquele momento.  Mas só naquele momento, porque, até hoje, desrespeitando o tempo reservado aos esquecimentos, não deixo de chorar por ti, em cada noite de Natal.



terça-feira, 24 de dezembro de 2013

 ESPETO CORRIDO
Hugo Cassel

                AS CAMAS DA COPA

Em minha casa em Porto Alegre, o RITTER HOTEL, pilotado pelo meu amigo Ricardo Ritter, colhi informações preciosas sobre a capacidade hoteleira,  não só da capital, mas da região. Ainda mais de outras capitais que receberão turistas na próxima Copa. Com tabelas de jogos, datas, preços e previsões, Ricardo confirmou que Porto Alegre esta preparada (21.000 leitos). A FIFA reservou só do Grupo VERSARE, 150 apartamentos até Abril. Com as ultimas informações de que sobram em todo Brasil, apenas 3% de leitos disponíveis, resta para o ramo hoteleiro, além da preocupação a esperança de que sejam de fato ocupados. Isso poderá equilibrar o custo beneficio. Em lucro não se fala, pois se houver, será para FIFA tão somente.
PROTAGONISTA- Ao longo do tempo a Maçonaria brasileira, desde os tempos do Império, tem sido protagonista na transformações sociais e politicas do País. Na atual conjuntura , quando um governo imoral e criminoso, leva a Nação para um abismo econômico, vendendo diariamente por preço vil o patrimônio territorial, e moral do povo, foi a primeira a levantar a voz. A chamada “Sublime Ordem” de Santa Catarina, divulgou uma carta para todo Brasil protestando contra a corrupção.  Esperam todos que outras entidades acordem.                                                                                                        
PITACOS-1-Depois de vender Portos, Aeroportos, Estradas, Florestas, reservas de Petróleo, além de levar a Petrobras à falência, a “Gorda” foi aniversariar em Porto Alegre. Cuidado Gauchada!.
2)-AVIAÇÃO- Vingança idiota essa de não comprar aviões americanos, por razão de “espionagem”. Esses “aeromodelos”  Suecos não aguentam um busca-pé.
 3)-NATAL-Respeito quem festeja. Eu não. O amor foi substituído pelo dinheiro. Além  disso não  creio  que tenha existido alguém chamado Jesus. Pelo menos nessa figura adamada e frágil que nos é vendida por esses “Camelôs Religiosos” Vendilhões dos Templos.
4)-TRAIRA-A denuncia no livro de Romeu Tuma Junior, de que LULA era informante do Exercito nos Governos Militares, reduz o  petista a nitrato de pó de mico e é DEVASTADORA para o PT, que tem no “sangue” o DNA da traição confirmado por Dilma e o próprio Malaco. Saia Justa: Se calar, Consente, se negar poderá ver as provas. Para ser Politicamente Correto desejo a todos Feliz Natal e Prospero Ano Novo.



PLANETACHO

tacho@gruposinos.com.br

Não disponho da coluna de humor do meu amigo Tacho, feita em quadrinhos, abordando o tema de Natal, transferido para os tempos modernos. Mas, respeitando os direitos autorais, vou tentar vertê-la para o texto escrito.

O QUE SERIA O NATAL NOS TEMPOS DE HOJE

A Maria, montada no burrinho, dizendo para o José, que vai na frente, puxando o animalzinho, que não conhece a estrada:
- Zé, evita a BR 116

Um dos reis magos, botando os bofes pra fora de tanto caminhar, dizendo para seus companheiros:
- Vocês e essa mania de dar presentes para Deus e todo mundo!

Os reis magos, chegando no caixa da loja, onde acabaram de comprar ouro, incenso e mirra, indagados pela vendedora:
- Débito ou crédito?

O rei Belchior, com radinho de pilha no ouvido, bem na hora da entrega dos presentes para o recém nascido Jesus:
- Goooooooool!

E um dos três reis magos perfilados na frente da manjedoura, despertando a expectativa nos presentes:
- Bem, o meu amigo secreto...





segunda-feira, 23 de dezembro de 2013

AS IGREJAS FICAM COM O QUE É DE CÉSAR

João Eichbaum

Está escrito em Mateus, capítulo 22, versículos 16 e seguintes:
“E enviaram-lhe os seus discípulos, com os herodianos, dizendo: Mestre, bem sabemos que és verdadeiro, e ensinas o caminho de Deus segundo a verdade, e de ninguém se te dá, porque não olhas a aparência dos homens.
Dize-nos, pois, que te parece? É lícito pagar o tributo a César, ou não?
                  Jesus, porém, conhecendo a sua malícia, disse:
-Por que me experimentais, hipócritas? Mostrai-me a moeda do tributo.
E eles lhe apresentaram um dinheiro.
E ele diz-lhes:
-De quem é esta efígie e esta inscrição?
                   -Dizem-lhe eles:
-De César.
Então ele lhes disse:
-Dai pois a César o que é de César, e a Deus o que é de Deus.
E eles, ouvindo isto, maravilharam-se, e, deixando-o, se retiraram.”
Relembro para vocês esse trecho do evangelho, a propósito de um artigo do  Hélio Schwartsmann, publicado na Folha de São Paulo, ontem.
Debaixo do título “ O fim de uma religião”, Hélio narra a aventura a que se atiraram ele, Cláudio Ângelo e Juvenal Garcia: fundaram uma Igreja, a “Heliocêntrica do Sagrado Evangélio”.
Conta ele que “com apenas R$ 418 e cinco dias (não consecutivos) de trâmites burocráticos, conseguimos registrar o culto e abrir uma conta bancária na qual pudemos fazer aplicações financeiras livres de impostos.”
Depois de algum tempo, deram “baixa” na Igreja.
Hélio e seus amigos quiseram provar como é fácil fundar uma religião e se beneficiar com o privilégio da isenção de impostos.
E assim é. Todos os bens patrimoniais das Igrejas está isento de impostos. De qualquer imposto.
Vocês sabem agora por que a Igreja Católica e a Igreja Universal, só para ficar nessas duas, são dois impérios, que exploram, além da crença, escolas, universidades, rádios, jornais, emissoras de TV, livrarias, editoras, hospitais e uma infinidade de outros tipos de comércio e indústria?
Porque não pagam um puto vintém de imposto.
Releiam o trecho bíblico ali de cima e me digam: as religiões cumprem rigorosamente o evangelho e o exemplo de Jesus Cristo?
Se as religiões mentem e enganam, ensinando uma coisa e fazendo outra, como podem exigir “fé” da nossa parte, principalmente de gente como eu, um canalha honesto?
E agora, para convocar vocês à reflexão, transcrevo o final do artigo do Hélio Schwartsmann:
“A pergunta fundamental que motivou o experimento permanece sem resposta: faz sentido isentar igrejas de todos os tributos quando eles são cobrados de setores mais essenciais à vida, como alimentação e saúde?”




sexta-feira, 20 de dezembro de 2013

DEFUNTO NA PRESIDÊNCIA DA REPÚBLICA

João Eichbaum

A estupidez humana não tem limites.
Aliás, o saudoso primeiro ministro alemão, Konrad Adenauer, já perguntava, escandalizado: “ por que será que Deus põe limites à inteligência, mas não limita a burrice”?
Pois, nesta semana, atendendo proposição de um tal Randolfe Rodrigues, que parece que é senador pelo Amapá, e do nosso mui conhecido Pedro Simon, que não fez outra coisa na vida, a não ser política, e está se aposentando à nossa custa, além do benefício do plano de saúde também custeado por nós, atendendo  proposição desses dois, dizia eu, foi devolvido, diz a imprensa “simbolicamente, o mandato do ex- presidente João Goulart (1919-1976), deposto pelo golpe militar de 1964”.
Quer dizer, “devolveram o mandato”, para um morto. Portanto temos a partir de agora, na presidência da República, junto com a Dilma, um defunto.
Gente, tem sentido isso?
Estarão brincando com a gente? Brincando de fantasma?
Um país cheio de  problemas, um legislativo atravancado de projetos e chafurdado na indecência, o mundo a todo o vapor, às voltas com problemas econômicos, com a fome, com o desequilíbrio ambiental, e os dois, o Randolfe e o Simon brincando de botar defunto na presidência?
O pior é que eles foram levados a sério e, ao invés de serem mandados ambos para a perícia psiquiátrica, o Congresso fez uma sessão solene para empossar o defunto.
E logo quem, um defunto que, mesmo vivo, jamais mostrou qualquer qualidade que pudesse revelar nele alguém de pulso forte para fazer alguma coisa por esse Brasil, entregue a espertalhões.
Bom, se não fizerem um decurso de tempo “simbólico”, representando o período em que o defunto rengo vai ficar na presidência, teremos, para sempre, um defunto a nos governar.
Mas, ainda bem que, pelo menos do Pedro Simon, vamos nos livrar. Vai nos sair caro, mas vamos nos livrar dele, antes que ele traga  de novo para o governo o Getúlio Vargas também.


quinta-feira, 19 de dezembro de 2013


PROPAGANDA ENGANOSA...

A Igreja Universal do Reino de Deus (IURD) terá de devolver a uma ex-fiel mais de R$ 74 mil, em valores de 2004 a serem corrigidos. A igreja não conseguiu fazer com que seu caso fosse reavaliado pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ), que manteve a decisão do Tribunal de Justiça do Distrito Federal (TJDF). 
A fiel trabalhava como contadora. Em 2003, recebeu uma grande quantia em pagamento de um trabalho. Um pastor da IURD a teria então pressionado para que fizesse um sacrifício “em favor de Deus”. A insistência do pastor incluía ligações e visitas à sua residência. 
Segundo alegou, estava em processo de separação judicial, atordoada e frágil. Diante da pressão, teria feito a doação de mais de R$ 74 mil, em duas parcelas. Depois disso, o pastor teria sumido da igreja, sem dar satisfações. A IURD afirmava não saber do ocorrido nem ter como ajudá-la. Em 2010, a contadora ingressou com ação para declarar nula a doação. 
Ela alegou que, após a doação, passou a sofrer de depressão, perdeu o emprego e ficou em crescente miséria. Testemunhas apontaram que chegou a passar fome, por falta de dinheiro. 
Ato de fé
Para a IURD, atos de doação como esse estão apoiados na liturgia da igreja, baseada em tradição bíblica. Disse que a Bíblia prevê oferendas a Deus, em inúmeras passagens. 
A defesa da IURD destacou a história da viúva pobre, em que a Bíblia afirmaria ser muito mais significativo o ato de fé de quem faz uma doação tirando do próprio sustento. 
Assim, a doação da contadora não poderia ser desvinculada do contexto religioso. A IURD apontou ainda a impossibilidade de interferência estatal na liberdade de crença, sustentando que o estado não poderia criar embaraços ao culto religioso. 
Além disso, a fiel teria capacidade de reflexão e discernimento suficiente para avaliar as vantagens de frequentar a igreja e fazer doações. 
Subsistência
Para o TJDF, as doações comprometeram o sustento da ex-fiel. Entendeu que o ato violava o artigo 548 do Código Civil, que afirma ser nula a doação de todos os bens sem reserva de parte ou de renda suficiente para a subsistência do doador. 
O TJDF apontou ainda que o negócio jurídico nulo não pode ser confirmado nem convalesce com o decurso do tempo. Por isso, não se fala em decadência no caso. 
O tribunal também afastou a análise do caso sob o ponto de vista do vício de consentimento, já que se discutia a questão da doação universal de bens. 
Declínio
Sob essa perspectiva, as testemunhas apontaram que o padrão de vida da contadora foi progressivamente reduzido diante das campanhas de doação. A insistência do pastor teria impedido que ela realizasse seus planos de investimento do dinheiro recebido, entre eles a aquisição de um imóvel. 
Além disso, o TJDF entendeu que, sendo profissional autônoma, ela não poderia contar com remuneração regular, e o valor doado constituiria reserva capaz de ser consumida ao longo de anos na sua manutenção. 
“Dos autos se extrai um declínio completo da condição da autora, a partir das doações que realizou em favor da ré, com destaque para a última, que a conduziu à derrocada, haja vista que da condição de profissional produtiva, possuidora de renda e bens, passou ao estado de desempregada, endividada e destituída da propriedade de bem imóvel”, afirma a decisão do TJDF. 
O tribunal observou ainda que “todo o quadro de ruína econômica em que se inseriu abalou seu estado de ânimo, havendo, ao que consta, até mesmo sido afetada por depressão, que mais ainda dificultou a reconstrução de sua vida”. 
Revisão de provas
No STJ, a IURD pretendia demonstrar que o ato da contadora não constituía doação universal, já que ela havia mantido um imóvel, carro e parte da renda obtida com o trabalho. 
Mas, para o ministro Sidnei Beneti, a análise da pretensão recursal da Igreja Universal exigiria o reexame de provas do processo, o que é vedado em recurso especial. Por isso, o relator negou provimento ao agravo da igreja, o que mantém a decisão do TJDF. 
FONTE: STJ








quarta-feira, 18 de dezembro de 2013

OS  DOUTORES E SEUS DIALETOS
João Eichbaum

Doctus, em latim, significa "instruído, sábio". Doctior é a forma usada no grau comparativo para designar pessoa “mais sábia, mais instruída”. O adjetivo comparativo se forma com a substituição do “i” ou do “is”, do genitivo, pelo sufixo “ior”. Assim, o adjetivo doctus, que no genitivo singular é flexionado como docti, assume a forma doctior no comparativo.
Daí provém a palavra “doutor” na língua portuguesa, doktor em alemão, doctor em inglês, docteur em francês, dottore em italiano, doctor em espanhol.
Lamentavelmente, hoje já não existem, no Brasil, “doutores”, no sentido de “mais sábios, mais instruídos”.
Desde que as universidades passaram a ser avaliadas pelo Ministério da Educação a partir do número de mestres e doutores que dispõem no quadro docente, esses títulos passaram a seduzir muita gente. Sendo a pontuação no MEC a melhor publicidade com que podem contar as universidades privadas, essas se puseram a campo, plantando “doutores” onde podiam, não só para tê-los como titulares de cadeiras, como para “chocarem” novos doutores. Nem que fosse doutor em catecismo.
O resultado é que temos hoje, no solo pátrio, “doutores” para todos os gostos e todos os gastos. E como todos eles foram gestados num ensino fundamental e médio de baixa qualidade, o que os distingue dos demais “sábios” é apenas o título e não o grau de sabedoria. Eles não são “mais sábios” do que seus discípulos, porque a base da formação de uns e outros é a mesma.
Como pode ser considerada “doutor” uma pessoa com deficiência de formação humanística? De que recursos de didática poderá se valer um “doutor” se lhe faltam recursos de linguagem?
Agora, cheguei ao ponto: os “doutores” de hoje em dia não sabem escrever, não sabem se expressar, têm enormes dificuldades para emitir juízos de valor e formular conceitos. Por uma razão muito simples: não têm conhecimentos de grego clássico e latim.
Despojados dos instrumentos que somente esses dois idiomas são capazes de fornecer, os “doutores” modernos só sabem circunavegar em torno de conceitos, sem lhes extrair do âmago uma definição apropriada. E com digressões e tergiversações, se enredam no subjetivismo platônico dum grego que não conhecem. Por isso, espancam sem dó nosso vernáculo, de cuja genética não têm a mais quenga idéia.
Dias desses, no meu blog, comentando artigo escrito por um “doutor”, que obteve graduação em Faculdade de Direito privada do interior do Estado e hoje desempenha papel de eminência no mundo jurídico, transcrevi o seguinte excerto, de sua lavra: “não podemos etnologicizar em excesso o coletivo, olvidando que este somente terá sentido se, em última análise, estiver a serviço da realização, em alteridade, da pessoa humana”.
“Etnologicizar o coletivo”? O que é isso? Transformar em etnologia o pobre adjetivo, solteiro, perdido no obtuso texto, sem substantivo? E olhem que o tema do artigo não era a etnologia!
Em duas linhas, o doutor infligiu no vernáculo a maior surra! Nem os bíblicos homens de boa vontade entendem o que ele quis dizer. A pobreza de vocabulário, por deficiência da formação humanística, levou-o a abortar horripilante neologismo, transformando sua idéia num apagado fantasma.
Se o paradigma da sabedoria dos brasileiros são esses doutores e seus dialetos, me dispenso de enumerar as razões pelas quais o Brasil rodou no “Programme for International Student Assessment  PISA, tendo ficado atrás de países como Azerbaijão e Albânia. Nem preciso gastar vocabulário também para explicar porque não possuimos uma universidade sequer, figurando entre as duzentas melhores do mundo.