sexta-feira, 20 de dezembro de 2013

DEFUNTO NA PRESIDÊNCIA DA REPÚBLICA

João Eichbaum

A estupidez humana não tem limites.
Aliás, o saudoso primeiro ministro alemão, Konrad Adenauer, já perguntava, escandalizado: “ por que será que Deus põe limites à inteligência, mas não limita a burrice”?
Pois, nesta semana, atendendo proposição de um tal Randolfe Rodrigues, que parece que é senador pelo Amapá, e do nosso mui conhecido Pedro Simon, que não fez outra coisa na vida, a não ser política, e está se aposentando à nossa custa, além do benefício do plano de saúde também custeado por nós, atendendo  proposição desses dois, dizia eu, foi devolvido, diz a imprensa “simbolicamente, o mandato do ex- presidente João Goulart (1919-1976), deposto pelo golpe militar de 1964”.
Quer dizer, “devolveram o mandato”, para um morto. Portanto temos a partir de agora, na presidência da República, junto com a Dilma, um defunto.
Gente, tem sentido isso?
Estarão brincando com a gente? Brincando de fantasma?
Um país cheio de  problemas, um legislativo atravancado de projetos e chafurdado na indecência, o mundo a todo o vapor, às voltas com problemas econômicos, com a fome, com o desequilíbrio ambiental, e os dois, o Randolfe e o Simon brincando de botar defunto na presidência?
O pior é que eles foram levados a sério e, ao invés de serem mandados ambos para a perícia psiquiátrica, o Congresso fez uma sessão solene para empossar o defunto.
E logo quem, um defunto que, mesmo vivo, jamais mostrou qualquer qualidade que pudesse revelar nele alguém de pulso forte para fazer alguma coisa por esse Brasil, entregue a espertalhões.
Bom, se não fizerem um decurso de tempo “simbólico”, representando o período em que o defunto rengo vai ficar na presidência, teremos, para sempre, um defunto a nos governar.
Mas, ainda bem que, pelo menos do Pedro Simon, vamos nos livrar. Vai nos sair caro, mas vamos nos livrar dele, antes que ele traga  de novo para o governo o Getúlio Vargas também.


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