quinta-feira, 31 de julho de 2014

O FECALOMA

Artigo no Alerta Total – www.alertatotal.net
Por Carlos Maurício Mantiqueira

O corpo social padece há tempos de uma disfunção.

Não consegue eliminar naturalmente seus excrementos.

Fezes empedradas estão a requerer um procedimento drástico.

Recesso branco é uma forma de instaurar a anomia constitucional.

Os “soviets” irão usurpar os poderes instituídos.

O problema assemelha-se ao Nó Górdio.

A nação clama por Alexandre.

E por mais gente com coragem e competência para apertar o botão.


Carlos Maurício Mantiqueira é um livre pensador.



quarta-feira, 30 de julho de 2014

DEMOCRACIA: O DEVER DE ESCOLHER QUEM NOS FERRA
João Eichbaum
        
Pela ordem: o tacape, o mito e o embuste. Foram os três instrumentos de que se valeu o homem, sempre, até hoje, para assumir o poder sobre os da sua espécie.
Tudo por culpa do instinto gregário do animal: foi por causa dessa verdade natural  que nasceu o poder. É claro que o agrupamento de muitos animais da mesma espécie impõe regras exigidas pela sobrevivência, o instinto maior dos indivíduos. O poder se fez necessário, porque os primatas, atrelados à força gregária, se entregaram tanto àquele ato gostoso da reprodução, se multiplicaram tanto e chegaram a um ponto tal, que foi preciso organizar a bagunça.
Tudo começou com o tacape, para tirar da liça o adversário que pretendesse o poder. Quer como instrumento perfurante ou contundente, quer na forma de humanos feitos senhores da vida e da morte pela força dos exércitos.
Ao poder conquistado pelo tacape, seguiu-se o poder abocanhado pelo mito e pelo embuste.
O mito é aquela coisa que ninguém explica: a herança do poder, os reis indicados ou escolhidos por Javé no antigo testamento, por exemplo. E não escapa dessa ideia de mito também o poder aristocrático e o das oligarquias, antecedentes do embuste da democracia de Drácon, Péricles e Clístenes.
Essa democracia nascida em Atenas não passou de empulhação. Ela só usou o nome do povo para esfarinhar o poder dos aristocratas, substituindo-os por outros privilegiados. O vulgo, que é o “demo”, lhe empresta uma falsa etimologia. E dessa falácia a democracia nunca se livrou. O povo continua de fora. Não é ele que escolhe os pretendentes ao poder. Não é ele que faz a triagem. São os partidos políticos e as leis criadas pelos próprios interessados em se manter no poder. Alguém do povo, iletrado e pobre, que chegar ao poder por acaso, se transformará em palestrante internacional sábio e rico. E deixará de ser povo.
Então, democracia é isso: o povo é obrigado a escolher, entre meia dúzia de gatos pingados que lhe empurram goela abaixo, quem vai ficar com o dinheiro, (fruto do trabalho do povo) quem vai dizer o que o povo pode ou não pode fazer.
Essa é a democracia, metáfora cheia de novelas e discursos, que se usa para designar o poder dos espertalhões. É em nome dela que mofamos nas filas do SUS, nas filas dos bancos, nas filas das repartições públicas, nas filas dos pedágios, nos engarrafamentos. É em nome dela que somos mal pagos, carregados como gado, apertados e bolinados no metrô, nos trens, nos ônibus, que somos obrigados a engolir sapos e a meter o rabo entre as pernas. É o nosso dever de escolher quem vai nos ferrar, quem vai lavar a égua à nossa custa, quem vai continuar a nos deixar sem segurança, fazendo leis para proteger bandidos, sem educação, sem saúde, sem emprego, sem moradia, sem comer bombom antes de dirigir, e sem o elementar direito de levar o tacape de fogo na cintura ou na bolsa. Negado para quem quer o direito à vida, o tacape só é permitido  para quem quer se manter no  poder.




terça-feira, 29 de julho de 2014

PLANETACHO

NEM AQUI

Pois o gaúcho Dunga assumiu     novamente a seleção, apesar da grande rejeição em todo o País. Mesmo aqui no Rio Grande a escolha não foi uma unanimidade.

Há gaúchos que preferem o Mano Lima!

MUITA GRANA

O Liverpool vendeu o Luis Suárez para o Barcelona por cerca de 80 milhões de euros (R$ 240 milhões). Uma verdadeira fortuna. Com o perdão da palavra: uma mordida.

UFA

Israel considerar o Brasil um anão diplomático não é motivo de estresse. Imagine se eles nos confundissem com crianças palestinas.

MATE AMARGO

O Ministério Público está investigando a presença de metal pesado na erva-mate. O gaudério reclamou com a patroa:
- Não deixa mais esse guri escutar o Sepultura na hora do mate.

GAZA?
Considerando os violentos ataques de Israel, a região atingida pode passar a ser conhecida como Faixa de Gaze.

BOAS ENTRADAS

Dunga voltou à seleção e junto com ele Taffarel e Mauro Silva. Feliz mil novecentos e noventa e quatro para todos!





segunda-feira, 28 de julho de 2014

NEM ADIANTA REZAR
João Eichbaum
Diz a bíblia que Moisés foi o líder escolhido por Javé para conduzir o povo de Israel de volta para sua terra, depois de tantos anos de cativeiro no Egito.
Foi Moisés também o representante do mesmo deus judaico, na elaboração das leis divinas, conhecidas popularmente como "os dez mandamentos".
Espécie de Constituição religiosa, "os dez mandamentos" resumem o comportamento ideal da criatura humana, aos olhos do chamado "Senhor", para se ajustar ao figurino do "politicamente correto". Afora algumas coisas discutíveis, como "não desejar a mulher do próximo", o resto compreende normas absolutamente necessárias para uma boa convivência entre os humanos. "Não matarás", por exemplo, é uma regra tão absoluta, tão indiscutível, que não tem ressalva alguma. Nem o próximo, cuja mulher alguém desejar, estará autorizado a lavar sua honra com sangue. Aliás, Abraão já é um belo exemplo de corno manso: a Sara, mulher dele, dava pro Faraó, e ele não tava nem aí.
Se a bíblia e a palavra de Javé tivessem feito a cabeça do povo judeu, eles seriam as criaturas mais perfeitas da face da terra. Por três motivos: por serem "o povo de Deus", por terem tido a graça de servir como receptáculo direto das leis divinas e por receberem a proteção também direta da divindade, desde a travessia do Mar Vermelho.
Mas, assim não foi. Na contramão de todas as ordens e privilégios recebidos, eles transgrediram expressamente o quinto mandamento, o "não matarás", pregando e matando o dito "Filho de Deus" numa cruz.
Ora, se procederam assim contra a própria divindade que os protegeu, os alimentou com o maná no deserto, fez do Mar Vermelho terra rasa para os livrar dos inimigos, o que é que pensa a ONU? Que eles vão deixar de matar mulheres e crianças palestinas só porque ela e o mundo querem?
Esqueçam. E nem adianta rezar.
Ah, e tem mais. Se algum dia eles precisarem da ONU, dos Estados Unidos, da Inglaterra, da França, da Rússia e da até da Força Expedicionária de um país “irrelevante”, lá estarão esses aliados, novamente no "front", para defender os perseguidos judeus.



sexta-feira, 25 de julho de 2014

O GRANDE SUCESSO DA COPA


João Eichbaum

A senhora Dilma reuniu seus ministros, depois da Copa, para festejar o sucesso do evento da FIFA. Encheu a boca para dizer que as aves de mau agouro, que previam fiasco e um mal estar geral, estavam com a bola murcha. Só não disse exatamente com essas palavras para não aborrecer o Felipão, seu modelo de  sucesso, que poderia ligá-las ao futebol da seleção.
A comemoração da Dilma se concentrou em quatro coisas: no funcionamento dos aeroportos e do trânsito, na ausência de manifestações populares e no contentamento dos turistas.
Quem não precisa enganar a ninguém, sabe que os aeroportos funcionaram sem problemas, porque as companhias aumentaram o número de vôos, mas os brasileiros que costumam  viajar de avião, ficaram em casa, exatamente com medo dos problemas de sempre e que, durante a Copa, poderiam aumentar. No trânsito não houve problemas, por causa dos feriados à conta da Copa. A truculência policial e o exército nas ruas, evidentemente, inibiram as manifestações dos baderneiros.
Agora, o contentamento dos turistas foi real. Graças às mulheres. Em matéria publicada sob o título “Sob os lençóis”, a Folha de São Paulo mostra o sucesso da prostituição, não só nos hotéis de luxo como nos locais onde costumeiramente a isca são as profissionais do sexo. O texto jornalístico revela o “modus operandi” do alto comércio sexual, envolvendo motoristas de táxi, atendentes de hotel e, naturalmente, belas mulheres, vestidas com elegância e falando inglês fluentemente. Habituadas a grandes eventos, como Fórmula 1, Feiras Internacionais,  a de Esteio no Rio Grande do Sul entre elas, as prostitutas de luxo, inclusive gaúchas “importadas”, cujo “cachê” gira em torno de novecentos dólares, sabem como agradar os turistas  europeus.
A matéria da Folha incluiu também as prostitutas de rua do Rio de Janeiro, as de classe C, cuja faixa de preço estaria ao alcance da bolsa dos latinos: argentinos, uruguaios, chilenos, colombianos. Elas ficaram frustradas porque esses pobretões não tinham grana e só queriam “agarrar,passar a mão e lamber”, mas eles, claro, não tinham do que se queixar.
Então, meus amigos, esse foi o verdadeiro sucesso da Copa, o que causou a alegria dos gringos, que saíram felizes e prometeram voltar: mulheres para todos os gostos e todos os bolsos. No sexo não há babel: todas as línguas, ops, idiomas, se entendem.





quinta-feira, 24 de julho de 2014

A Gorda e o bano vão cair de Maduros



Artigo no Alerta Total – www.alertatotal.net
Por Carlos Maurício Mantiqueira

Ideia infeliz.

Erros a torto e a direito.

O dinheiro do contribuinte, bigodeado, é jogado no lixo.

O pessoal ainda não sabe que em festa de jacú, inhambú não vai.

Mas na falta de caixa era preciso improvisar uma de ressonância para a vizinha agoniada.

Pelo menos aqui não tinha abutres; só urubús malandros.

A carniça se acabou e as hienas estão inquietas.

A grande empresa dos sutiãns de cor marrom-esverdeados, já não aguenta tantas tetas a serem sugadas.

A esperança está no comércio de “bric a bracs”.

Vamos reabrir uma loja da china para vender quinquilharia para os índios.

A coisa está ruça e vai ficar preta.
E não é só para os hermanos, mas para os primos deles.

Macaquitos, uni-vos! O espectro do gol contra ronda a América Latrina.


Carlos Maurício Mantiqueira é um livre pensador.







quarta-feira, 23 de julho de 2014

ENTRE O AMOR E O ÓDIO, A MORTE
João Eichbaum

Quando os deuses do acaso resolvem ceder espaço para os desvarios do homem, a gente se dá conta de que a natureza símia ficou muito longe dessa raça evoluída que perdeu o pêlo e o rabo.
Como o amor é bom para mitigar os ardores da alma e do corpo, quem vai tirar umas férias com a namorada na Malásia, só pode estar feliz.  E quem está feliz, numa boa, não está nem aí para desgraças, ou para teses sobre o comportamento da raça humana, e aproveita a boa fase da vida para fazer pilhérias até com o acaso.
O holandês Core Pan estava feliz, como todo mundo que pode passar férias com a namorada na Malásia. Antes de embarcar no voo MH 17 da Malaysian Airlines, ele se lembrou do voo MH370 da mesma companhia, que simplesmente evaporou no ar, sem os avisos evanescentes da morte. E resolveu fazer um gracejo com os amigos, que não iam passar férias com as namoradas na Malásia. Fotografou a aeronave e postou no Facebook: “se desaparecer, ei-lo como era”.
Acreditando certamente que o raio não cai duas vezes no mesmo lugar, Core Pan naquele momento estava longe de se entregar à cogitação de que o homem nasceu macaco, se fez homem e se tornou pior do que seus ancestrais, quando pôs em funcionamento a inteligência.
Nem pensou nisso que, usando da capacidade de produzir ideias, o ex-peludo transformou os instintos de que lhe dotara a natureza em instrumentos de exacerbação do “ego”: o instinto de sobrevivência em violência, o de autossuficiência, em ganância de poder.
Que o homem se move entre o amor e o ódio, todo mundo sabe. Também a ninguém escapa a certeza inelutável de que o ódio leva à destruição do amor, mas esse não destrói aquele. Nem Jesus Cristo, um homem transformado em mito ou um mito transformado em homem, conseguiu, através do amor, vencer o ódio. A doutrina dele varou os séculos, mas foi impotente para emprestar ao amor o mesmo poder de fogo do ódio.
Enquanto a 10.000 metros de altura, no interior do Boeing 777 da Malaysian Airlines rumo a Kuala Lumpur, se comemoravam a vida e o amor, lá em baixo, no rés do chão, se alimentava o ódio. Sacudidos pela ganância do poder, escravos da intolerância, longe de comemorar a vida, se adestravam nos instrumentos da morte.  De lá que partiu o ódio, com seu poder de destruição. E uma tempestade luminosa, provocada por míssil, decretou o fim de 298 vidas. Em questão de minutos, nos campos de trigo e girassol do leste da Ucrânia se espalhavam cadáveres nus, corpos calcinados, pedaços de criaturas humanas.
Mesmo que as vítimas tenham sido poupadas aos sobressaltos do terror e à agonia da espera pela morte, (indulgência que até civilizações tidas como modelo negam a seus justiçados) não se pode ignorar a crueldade. E tudo isso serve como mostra irretorquível de que inocentes mesmo eram nossos ancestrais, os macacos, que não gozavam da proteção de deuses e nem sabiam o que era dignidade.




terça-feira, 22 de julho de 2014

PLANETACHO

O HINO COM CHICLETE

A primeira Copa que acompanhei foi a de 70. Foi também a primeira transmitida ao vivo pela TV. O Brasil saiu campeão invicto, vencendo a Itália na final por 4X1. Os heróis do Tri cantavam o hino baixinho. Mal movimentavam os lábios. Entravam em campo com a naturalidade de quem acorda, toma um banho, esquenta o café e vai trabalhar.
O último gol da Copa de 70 é um exemplo disso: Pelé recebe a bola na entrada da área congestionada pela marcação italiana, dá uma olhadinha para a direita, por onde Carlos Alberto entrava em velocidade. O rei, como toda a sabedoria, dá um tapa na bola. Carlos Alberto quase furou a rede com um chutaço. Com calma, Pelé tocou a bola com um certo ar de desprezo. Ela ficou de mal uma semana.
Em 94, 24 anos depois, a seleção já não tinha tantos craques. Mas tinha Romário. Alguns cantavam o Hino bem alto e outros baixinho. Menos o Baixinho, é claro. Ele mascava chicletes. Confesso que eu achava um desrespeito. Onde já se viu mascar chicletes durante o Hino?
Mas quando começava a partida ele desfilava toda sua técnica e um repertório de jogadas incríveis. Fazia gols. Decidia jogos. Enfim, o cara era um herói nacional.
Vinte anos depois, 2014. Uma Copa aqui no quintal de casa. Nossa seleção cantava o hino nacional como se fosse um time de onze tenores, heróicos guerreiros nacionais, e se desmanchavam em lágrimas. Nos “filhos deste sol és mãe gentil”, cantado a capela, eles já estavam com o desespero dos primeiros cristãos que seriam jogados aos leões na arena lotada. Dor de barriga, suor e tremedeira parecia ser a escalação do nosso time.
De repente eu passei a achar que havia mais patriotismo no displicente mascar de chicletes de Romário em 94 do que no histérico e midiático hino nacional a capela de David Luiz e sua turma de 2014.
E assim se passaram 44 anos. A seleção de 70 permitiu que eu não tivesse traumas de infância por causa de futebol. A geração que assistiu a este vexame de nossa seleção vai levar esta derrota para o resto de suas vidas.
Dizem que no dia seguinte ao jogo fatídico, uma mãe tentava acordar o filho para ir à escola:
- Júnior, já são sete...
-Pô mãe, deixa eu dormir mais um pouco...me acorda quando eles fizerem oito...





segunda-feira, 21 de julho de 2014

O IRMÃO DA VÓ DO AÉCIO

João Eichbaum
Cláudio. Vocês conhecem Cláudio?
Claro que conhecem. O mundo ta cheio de Cláudios. Quem é que não conhece pelo menos um Cláudio?
Mas não é desses “Cláudio” que falo. Me refiro a um município  de Minas Gerais.
Pois é. Cláudio é o nome de um município, lá na terra de Aécio Neves, neto do Tancredo.
Agora aparece a notícia de que em Cláudio foi construído um aeroporto dentro da fazenda de Múcio Guimarães Tolentino, que tem oitenta e oito anos e é irmão da avó do Aécio Neves, a que foi casada com Tancredo Neves. Quer dizer, o Múcio é tio-avô do Aécio. A construção consumiu cerca de quatorze milhões do bolso do contribuinte mineiro.
Segundo noticia a Folha de São Paulo, como o aeroporto foi construído dentro da Fazenda do Múcio, quem tem as chaves do dito aeroporto é o próprio Múcio. E ali só pousa avião que tem a autorização do Múcio. Ele e seus filhos é que permitem ou não o uso do aeroporto.
Engraçado, né? O uso do espaço aéreo é coisa da União, do governo federal. Essa coisa de aeroportos está ligada a tal uso.
Mas, o negócio é o seguinte. Durante o governo do Aécio foi desapropriada a área do tio-avô do então governador, para a construção do aeroporto, que já tinha uma pista alfaltada pelo avô do Aécio, o imaculado Tancredo Neves, que morreu de diverticulite, lembram?
Agora ta assim, ó: o tio avô do Aécio ainda não foi indenizado e por isso ficou com a chave do aeroporto. O Estado de Minas quer lhe pagar um milhão, mas ele acha pouco.
Pelo que se depreende da notícia, o aeroporto funciona a meia boca, irregular,e é usado pela família do Aécio.
Pronto, o Aécio, que ameaça tirar a bolacha da boca da Dilma, agora tem essa no currículo. E vai ter que explicar esses negócios de família.
Por enquanto, é tudo quanto o PT tem para explorar na vida política do Aécio. Não chega a ser uma falcatrua tipo mensalão, mas leva os mais ingênuos a sacudir a cabeça, decepcionados com a falta de virgens  na face da terra.




sexta-feira, 18 de julho de 2014

O PADRÃO FIFA- A SIMBIOSE DO PT
Artigo no Alerta Total – www.alertatotal.net
Por Luiz Sérgio Silveira Costa
A Fifa atribuiu nota 9,25 à Copa. Ditatorial, toma conta de tudo, até das cuecas dos jogadores, mas só tocou no vergonhoso assunto da máfia dos ingressos para defender seu parceiro, como se não fora assunto que lhe dissesse respeito. E se esquivou de atribuir notas aos juízes que escalou, absurdamente  fracos. No jogo do Uruguai com a Itália, nenhum deles viu a mordida do vampiro uruguaio, que sequer recebeu cartão!
No jogo do Brasil com a Holanda, disputa do 3º lugar, indicou um trio da Argélia, de nenhum protagonismo no futebol mundial, que marcou pênalti numa falta fora da área, e não deu impedimento no 2º gol holandês, ambos lances nas barbas do bandeirinha; Zuñiga, que quase aleijou Neymar, após ter quase quebrado a perna do Hulk, terminou o jogo sem qualquer cartão e não foi punido pela Fifa!.
Na final, Aguero, que já tinha cartão amarelo, não foi expulso, após a agressão ao Schweinsteiger, que sangrou;  e muitos outros erros, como o pênalti no Fred, sem falar na não marcação de muitos pênaltis por agarrões dos zagueiros nas batidas de escanteios. Se não pode agarrão em qualquer parte do campo, porque são aceitos na área? Isso não é do jogo, não, basta começar a marcá-los, que eles vão acabar!
Foram, pois, muitos, mas muitos pontos fora da curva, que a Fifa não comenta, nem mostra a invasão de campo nos jogos, nem as vaias à presidente, imitando o estilo de anos de governo de um partido que faz exatamente o mesmo: ser ditatorial, escolher mal, gastar sem critérios, tergiversar, defender bandidos, só mostrar o que lhe interessa, usar o dinheiro alheio, falar meias-verdades, distorcer a realidade, esconder as suas mazelas, dilapidar recursos dos outros com cartões corporativos, calar-se e sumir quando conveniente, desrespeitar a inteligência, experiência e sensibilidade alheias ...
Como os hermanos, não deixará saudades...
PS: a melhor do dia, que vale tanto para a Fifa como para o PT: “O futebol ganhou tal importância no mundo que seus responsáveis precisam ser sérios!” Do New York Times (Coluna do Ancelmo Gois, no Globo de hoje)
Luiz Sérgio Silveira Costa é Almirante, reformado.


quinta-feira, 17 de julho de 2014

O QUE DIZ O SÜDDEUTSCHE ZEITUNG

João Eichbaum

            Das Fest ist vorüber, die Show ist vorbei, die Menschen haben ihre Brasilien-Trikots, die sie bis zum desaströsen Halbfinale tapfer jeden Tag getragen haben, wieder ausgezogen. Das Land, in dem sich mehr als vier Wochen alles um den Fußball zu drehen schien, wendet sich wieder seinen Sorgen und Nöten zu. Brasilien hat nach der sportlichen Katastrophe der eigenen Mannschaft sogar ein Problem mehr als vor dem Turnier. Die Hoffnung, dass ein WM-Triumph der "Seleção" den Alltagskummer lindern könnte, ist jedenfalls unerfüllt geblieben. Stattdessen ist ein fußballerisches Trauma hinzugekommen.
               Im Oktober finden Wahlen statt, und viele Brasilianer haben sich im Stillen sogar gefreut, dass ihr Team nicht Weltmeister geworden ist. Die Chancen der ungeliebten Präsidentin Dilma Rousseff auf eine Wiederwahl haben sich dadurch nicht erhöht, der sportliche Erfolg kann auf diese Weise nichts überdecken. Darauf mag Rousseff spekuliert haben.
               Was wird den Brasilianern von diesen vier Wochen also bleiben? Die Stadien. Kathedralen des Fußballs, aber auch Monumente für die Verschwendung, mit der der Weltfußballverband Fifa und die Regierung diese WM zum bisher teuersten Turnier der Geschichte gemacht haben. Den offiziellen Etat beziffert die Regierung auf 8,75 Milliarden Euro, Schätzungen zufolge sind es eher mehr als zehn Milliarden Euro.

                CALMA, GENTE, TRADUZO PARA VOCÊS
                A festa passou, o show terminou. Depois da desastrosa semi-final, os brasileiros tiraram a camisa verde-amarela, que eles vestiam. A nação, depois de mais de quatro semanas em torno do futebol, se volta agora para suas antigas preocupações e necessidades. O Brasil, depois da catástrofe esportiva da seleção nacional, tem mais um problema. A esperança de que o triunfo da seleção brasileira pudesse amenizar as preocupações do dia a dia foi frustrada, deixando em seu lugar um trauma.
                Em outubro se realizam as eleições e muitos brasileiros, intimamente, estão contentes com a derrota da seleção. As chances de reeleição da indesejada Dilma não prosperaram e o insucesso no futebol não cobre essas frustrações.

              O que restará para o Brasil depois dessas quatro semanas? Os estádios, catedrais do futebol, mas também monumentos para o desperdício do governo e da Fifa, que fizeram a mais cara Copa da história.

quarta-feira, 16 de julho de 2014

DEZ MILHÕES DE AVE-MARIA
João Eichbaum

Hoje recebi um e-mail que dizia o seguinte:
“O SANTO PADRE PEDIU ORAÇÕES PARA QUE DEUS O PROTEJA E LHE DÊ FORÇAS
PARA CUMPRIR SUA DIFÍCIL TAREFA.
Nossa meta é chegar a dez milhões de Ave-Maria pelo Papa Francisco”.
Bom, quer dizer o seguinte, basicamente: se não orarem pelo Santo Padre, nada feito, Deus não o protegerá nem lhe dará forças.
Em outras palavras: Deus não tá nem aí para os problemas pessoais do Santo Padre. E, de quebra, ignora a “difícil tarefa” do Papa, ele que se vire. Se não rezarem por Sua Santidade, ó, deu pra ele.
Nenhuma pessoa que tenha o raciocínio funcionando irá chegar a outra conclusão, senão essa, a de que as orações são absolutamente necessárias, para que o “representante de Deus na terra” seja protegido e tenha êxito em sua missão. É preciso mexer com Deus, é preciso despertá-lo, para que dê atenção ao seu “Vigário”.
Mas o pior ainda vem. Diz a mensagem: “Rezemos pelo Santo Padre, para que a Mãe do Céu interceda por ele e o proteja em seu ministério”.
Então é o seguinte, minha gente: nada de negócio direto. A oração deve ser dirigida à Mãe do Céu, para que ela interceda perante Deus pelo Santo Padre. Intermediação. É isso que se faz. Como fazem os atravessadores aqui na terra. Ou seja, “assim na terra, como no céu”.
Pode? Alguém, minimamente inteligente, admitirá uma coisa dessas, que a burocracia chegou ao reino dos céus, que os pedidos têm que passar pela “Mãe do Céu”, para chegarem até Deus?
Já não chega de carimbos, de petições, de protocolos aqui na terra? No céu a coisa funciona também desse jeito? Ninguém consegue falar diretamente com o chefe, precisa sempre um jeitinho de alguém influente?
A fé é uma coisa muito complicada, minha gente. Não é para a minha inteligência, Está muito além dela, que se acostumou à lógica. Onde não existe lógica, minha inteligência deixa de funcionar.
Ora, se me ensinaram, no catecismo, que Deus é onipotente, onisciente e onipresente, como é que eu posso admitir isso, que sem oração, nada feito? Ele não conhece as dificuldades do Papa, as exigências da natureza, que não combinam com a fé?  É necessário que venha a “Mãe do Céu” e lhe diga: “olha, Pai, dá uma mãozinha pro Papa, que ele ta com problemas”?
Mas, para chegar lá, ainda precisa milhões Ave-Maria...
Decididamente, fé e raciocínio não podem ocupar o mesmo espaço.



terça-feira, 15 de julho de 2014

PLANETACHO
CONSTATAÇÕES

Se a final fosse um tango, seria “Por una cabeza”. Obra do imortal Gardel, que conta a história de um sujeito que deixa de ganhar uma aposta em corrida de cavalos que mudaria seu destino e sua relação com a mulher amada. O jogo de domingo foi assim. Dramático e decidido no fim do segundo tempo da prorrogação. Os argentinos perderam por una cabeza.

A campanha da seleção foi na base do “Lepo Lepo”: não tenho time, não tenho técnico, não tenho centroavante…

Surgiu um boato no início do mundial que a Copa estaria comprada pelo Brasil. Não só não estava comprada como vendemos muito barato a derrota. Um time sem equilíbrio emocional, sem esquema tático. Uma comissão técnica do tempo que Don Don jogava no Andaraí.

Boa mesma era a comissão técnica nos tempos do Didi…
...Dedé, Mussum e Zacarias.

CHUTEIRAS COLORIDAS E FUTEBOL CINZENTO

Os argentinos são os gaúchos que há muito deixamos de ser.

Fazer um estádio é mais fácil do que fazer um time.

Um triste
belchior Argentino

Eu sou apenas um rapaz latino-americano sem dinheiro no banco...


segunda-feira, 14 de julho de 2014

ESPETO CORRIDO

Hugo Cassel


Não se trata aqui de comentar a queda do futebol brasileiro, resultado da péssima administração da CBF, e mais ainda a incompetência desse Ministro do Turismo, despreparado de planos e projetos, visando o aproveitamento da fantástica visibilidade propiciada ao mundo com a Copa Mundial. Mais de três bilhões de pessoas, durante um mês, “descobriram que existe um belo País chamado Brasil” o astronômico gasto com o evento, pode ser aliviado em parte se o Governo Federal souber aproveitar, tanto no sentido externo como principalmente interno, enquanto pagamos a conta. A “Queda” referida acima diz respeito à Historia: O Império Romano começou a ruir, quando a dissolução dos costumes tomou conta de Roma. Enquanto Generais e soldados nos confins da terra, sangravam, suas famílias  passavam fome. Os Patrícios se divertiam no Coliseu e na  imoralidade. Até o ponto em que isso provocou a reação. Essa situação é a que vivemos no Brasil: O povo sobrevive de esmolas enquanto corruptos esbanjam e depravados se expõem.  Em Roma um Senado acomodado. No Brasil, Omisso. Comprometido com falta de vergonha, com a corrupção, com o corporativismo, a caminho da queda inexorável.
O Trono de Satanás: A Bíblia ensina que o Templo de Salomão, teria sido destruído, porque Deus o viu transformado em local de pecadores, comerciantes e bandidos. Nem ele nem seu filho Jesus, ali permaneceram. Política e Religião é uma mistura explosiva que deve ser evitada. Porém isso não é o que pensa um multimilionário líder evangélico brasileiro. Com apoio do Governo de São Paulo, construiu um “Templo de Salomão” dourado para 10.000 pessoas e, está obrigando seus funcionários a comparecerem lá. Alguém da Nação Evangélica devia alerta-lo que nem Deus, nem Jesus, gostam de Ostentação. Quem gosta mesmo e, usa isso para atrair almas incautas é SATANÁS.
PITACOS: 1-O treinador da Argentina, Alejandro Sabella disse que ganha jogos quem melhor ocupar os espaços. Se fosse só isso, o time da Penitenciária seria Campeão do Mundo. Ninguém ocupa melhor cada centímetro que eles.2- Cada jogador da Seleção vai ganhar 800.000 Reais. São ricos e não precisam desse dinheiro. Se tiverem mesmo vergonha, doem para entidades, escolas e hospitais. Cadê o Meu General?!


sexta-feira, 11 de julho de 2014

REQUIESCANT IN PACE

João Eichbaum

Pronto. Acabou. Agora vocês podem dormir em paz, descansar pelo resto da eternidade, Barbosa e Bigode.
Tu, principalmente tu, Barbosa, que carregaste desde aquela tarde no Maracanã, como principal culpado, esse fardo terrível, tu que foste o mais lembrado de todos, como se o futebol fosse jogado só pelo goleiro, tu que foste grosseiramente rejeitado pelo Tafarel, quando o quiseste cumprimentar, tu agora podes descansar em paz.
Tu, que nunca levaste sete golos numa partida de Copa do Mundo, estás agora acima dos mentirosos, dos que pensam que são goleiros só porque defenderam dois pênaltis mal chutados.
Levaste dois golos do Uruguay, e daí? O Uruguay, naquele tempo, não era essa merda que hoje é. Era uma seleção de grandes jogadores e tinha um maestro chamado Obdulio Varela.
E tu, meu pobre Bigode, que tiveste que fugir, porque a turba queria a tua pele, atribuindo-te a culpa por um mísero gol que deu a Copa para o uruguaios, aproveita o fiasco dos 7X1 para descansar até o fim dos séculos. Podes te preparar para rir de todo o mundo no dia do Juízo Final. A injustiça que te fizeram agora foi resgatada, porque não é vexame algum perder por 2X1. Vexame é levar sete, depois de ser paparicado, guardado a sete chaves na Granja Comary, como se fosse um bibelô. Vexame é dançar na frente de “alemão sem cintura”, mas que sabe jogar futebol. Vexame é ganhar milhões, para jogar bosta nenhuma.
Que a luz perpétua os ilumine, Barbosa e Bigode.






quinta-feira, 10 de julho de 2014

“COPA DAS COPAS”: ALEMANHA 7 X DILMA-PT 1
 Jorge Serrão
Nem a Volkswagen consegue fabricar sete Gols em 90 minutos. Mas a vitória impiedosa da Seleção da Alemanha, vestida com uniforme rubro-negro e patrocinada pela Mercedes, não desmoralizou apenas a Seleção Brasileira. A maior derrotada na semi-final entre Alemanha e Brasil foi Dilma Rousseff. 

A Presidenta pretendia fazer uso político de uma eventual conquista do hexacampeonato Mundial de Futebol pela Seleção Brasileira. Vai ficar querendo... A tal "Copa das Copas", como muito bem previu a candidata petista, será inesquecível para os brasileiros... A tal da Flalemanha ou Deutschemengo só não precisava maltratar tanto o escrete canarinho do teimoso Felipão.


Em breve, como nesta avacalhação fake que circula nas redes sociais, Dilma será obrigada a pedir desculpas ao povo pela derrota – a dela e do partido-seita que desmoraliza o Brasil. Agora, como diria João Saldanha, “quem reclama já perdeu”. 

A taça do mundo não é mais nossa... Pelo menos até agora, com o time alemão, não há quem possa... Domingo, dia 13, no Maracanã, a copa chega ao fim. O da Dilma e do PT será em outubro... Ou pode ser antes...

Fonte: Alerta Total

quarta-feira, 9 de julho de 2014

DO GRITO DO ITAQUERÃO À CHEGADA DOS “PANZER”
João Eichbaum


Quando a senhora Dilma ouviu de um povo bufão o brado retumbante, começou a “ter Copa”.  À paralisia e à estupefação que, a ela e ao Blatter, negaram qualquer outra expressão facial no momento, seguiu o silêncio, inaugurando a festa por conta própria. E logo, fazendo bater na tumba os ossos de Francisco Manuel da Silva, veio o hino berrado, chorado e desafinado.
O grito do Itaquerão impediu que o Blatter e a Dilma desempenhassem o papel que lhes tinha sido destinado no “script”. Mas, nada como bons artistas para salvar a moral de uma pátria conspurcada por palavrões. O centroavante Fred, depois de rápido estágio nos estúdios da Globo, estava lá para atrair os aplausos que o distinto público havia negado para Dilma e Blatter. Sem nunca haver contracenado com o coadjuvante, a apresentação saiu melhor do que qualquer ensaio. Foi Fred escorregar dos braços do zagueiro croata e lá estava o árbitro japonês, apontando lépido e faceiro para a marca do pênalti
E aí, minha gente, teve Copa, sim. Ninguém na FIFA é doido de rasgar dinheiro para permitir que o país sede do evento futebolístico internacional seja derrotado na primeira partida. Seria como continuar uma festa de casamento, da qual tenha  fugido a noiva, não com o noivo, mas com o vizinho.
Então, para desagrado dos que não queriam Copa, teve Copa, sim. E os ufanistas festejaram de peito estufado, reptando a turma do “não vai ter Copa”. E graças às traves, o Brasil passou pelo Chile, o patriotismo virou um rio de lágrimas, que  desaguou no mar do “oba, oba”. Foi a Fluoxetina nacional. O humor subiu, a Dilma subiu nas pesquisas. A Copa se tornou sucesso de bilheteria e público. Os estrangeiros, que deixaram a carne de segunda em casa, se lambuzaram com o filé nacional: não tinham vindo para a procissão em Aparecida, mas para a Copa. Em suma, choveu elogio para a Copa e sobrou menoscabo “pros não vai ter Copa”.
O espetáculo foi divido entre três parceiros: a FIFA ficou com as exigências da montagem do palco para a apresentação da peça, a seu modo, à sua feição. O cenário, a produção, a direção, a realização, os atores e, principalmente, a bilheteria eram dela. O Brasil ficou com a truculência: atropelou a Constituição no direito de ir e vir, e rasgou o Código do Consumidor, permitindo reserva de mercado e abuso de preços. O contribuinte ficou com a conta.
“Teve Copa”, sim, e o espetáculo foi envolvente, de uma embriaguez patriótica. Mais lágrimas arrancaram os desfalques da seleção do que a morte de inocentes, debaixo do viaduto inacabado e superfaturado pelo PAC da Copa. Alheios à tragédia, que só suscitou pesar oficial do governo, os que gostam de circo se aliaram aos que precisam de pão: choraram juntos, vendo o Neymar na maca estilo funerário da FIFA.
Aí vieram os “Panzer” alemães, acabaram com a festa e transformaram o país num aluvião de lágrimas. Talvez a pátria se reerga quando, no horizonte perdido, sumirem as roubalheiras via licitações de fachada, que às vezes se tornam assassinas.