NEM
ADIANTA REZAR
João
Eichbaum
Diz
a bíblia que Moisés foi o líder escolhido por Javé para conduzir o povo de
Israel de volta para sua terra, depois de tantos anos de cativeiro no Egito.
Foi
Moisés também o representante do mesmo deus judaico, na elaboração das leis
divinas, conhecidas popularmente como "os dez mandamentos".
Espécie
de Constituição religiosa, "os dez mandamentos" resumem o comportamento
ideal da criatura humana, aos olhos do chamado "Senhor", para se
ajustar ao figurino do "politicamente correto". Afora algumas coisas
discutíveis, como "não desejar a mulher do próximo", o resto
compreende normas absolutamente necessárias para uma boa convivência entre os
humanos. "Não matarás", por exemplo, é uma regra tão absoluta, tão
indiscutível, que não tem ressalva alguma. Nem o próximo, cuja mulher alguém
desejar, estará autorizado a lavar sua honra com sangue. Aliás, Abraão já é um
belo exemplo de corno manso: a Sara, mulher dele, dava pro Faraó, e ele não
tava nem aí.
Se
a bíblia e a palavra de Javé tivessem feito a cabeça do povo judeu, eles seriam
as criaturas mais perfeitas da face da terra. Por três motivos: por serem
"o povo de Deus", por terem tido a graça de servir como receptáculo
direto das leis divinas e por receberem a proteção também direta da divindade,
desde a travessia do Mar Vermelho.
Mas,
assim não foi. Na contramão de todas as ordens e privilégios recebidos, eles
transgrediram expressamente o quinto mandamento, o "não matarás",
pregando e matando o dito "Filho de Deus" numa cruz.
Ora,
se procederam assim contra a própria divindade que os protegeu, os alimentou
com o maná no deserto, fez do Mar Vermelho terra rasa para os livrar dos
inimigos, o que é que pensa a ONU? Que eles vão deixar de matar mulheres e
crianças palestinas só porque ela e o mundo querem?
Esqueçam.
E nem adianta rezar.
Ah,
e tem mais. Se algum dia eles precisarem da ONU, dos Estados Unidos, da
Inglaterra, da França, da Rússia e da até da Força Expedicionária de um país
“irrelevante”, lá estarão esses aliados, novamente no "front", para
defender os perseguidos judeus.
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