sexta-feira, 25 de julho de 2014

O GRANDE SUCESSO DA COPA


João Eichbaum

A senhora Dilma reuniu seus ministros, depois da Copa, para festejar o sucesso do evento da FIFA. Encheu a boca para dizer que as aves de mau agouro, que previam fiasco e um mal estar geral, estavam com a bola murcha. Só não disse exatamente com essas palavras para não aborrecer o Felipão, seu modelo de  sucesso, que poderia ligá-las ao futebol da seleção.
A comemoração da Dilma se concentrou em quatro coisas: no funcionamento dos aeroportos e do trânsito, na ausência de manifestações populares e no contentamento dos turistas.
Quem não precisa enganar a ninguém, sabe que os aeroportos funcionaram sem problemas, porque as companhias aumentaram o número de vôos, mas os brasileiros que costumam  viajar de avião, ficaram em casa, exatamente com medo dos problemas de sempre e que, durante a Copa, poderiam aumentar. No trânsito não houve problemas, por causa dos feriados à conta da Copa. A truculência policial e o exército nas ruas, evidentemente, inibiram as manifestações dos baderneiros.
Agora, o contentamento dos turistas foi real. Graças às mulheres. Em matéria publicada sob o título “Sob os lençóis”, a Folha de São Paulo mostra o sucesso da prostituição, não só nos hotéis de luxo como nos locais onde costumeiramente a isca são as profissionais do sexo. O texto jornalístico revela o “modus operandi” do alto comércio sexual, envolvendo motoristas de táxi, atendentes de hotel e, naturalmente, belas mulheres, vestidas com elegância e falando inglês fluentemente. Habituadas a grandes eventos, como Fórmula 1, Feiras Internacionais,  a de Esteio no Rio Grande do Sul entre elas, as prostitutas de luxo, inclusive gaúchas “importadas”, cujo “cachê” gira em torno de novecentos dólares, sabem como agradar os turistas  europeus.
A matéria da Folha incluiu também as prostitutas de rua do Rio de Janeiro, as de classe C, cuja faixa de preço estaria ao alcance da bolsa dos latinos: argentinos, uruguaios, chilenos, colombianos. Elas ficaram frustradas porque esses pobretões não tinham grana e só queriam “agarrar,passar a mão e lamber”, mas eles, claro, não tinham do que se queixar.
Então, meus amigos, esse foi o verdadeiro sucesso da Copa, o que causou a alegria dos gringos, que saíram felizes e prometeram voltar: mulheres para todos os gostos e todos os bolsos. No sexo não há babel: todas as línguas, ops, idiomas, se entendem.





Nenhum comentário: