O GRANDE
SUCESSO DA COPA
João
Eichbaum
A senhora Dilma reuniu seus ministros, depois da Copa,
para festejar o sucesso do evento da FIFA. Encheu a boca para dizer que as aves
de mau agouro, que previam fiasco e um mal estar geral, estavam com a bola
murcha. Só não disse exatamente com essas palavras para não aborrecer o
Felipão, seu modelo de sucesso, que
poderia ligá-las ao futebol da seleção.
A comemoração da Dilma se concentrou em quatro coisas:
no funcionamento dos aeroportos e do trânsito, na ausência de manifestações
populares e no contentamento dos turistas.
Quem não precisa enganar a ninguém, sabe que os
aeroportos funcionaram sem problemas, porque as companhias aumentaram o número
de vôos, mas os brasileiros que costumam viajar de avião, ficaram em casa, exatamente
com medo dos problemas de sempre e que, durante a Copa, poderiam aumentar. No
trânsito não houve problemas, por causa dos feriados à conta da Copa. A
truculência policial e o exército nas ruas, evidentemente, inibiram as
manifestações dos baderneiros.
Agora, o contentamento dos turistas foi real. Graças
às mulheres. Em matéria publicada sob o título “Sob os lençóis”, a Folha de São
Paulo mostra o sucesso da prostituição, não só nos hotéis de luxo como nos
locais onde costumeiramente a isca são as profissionais do sexo. O texto
jornalístico revela o “modus operandi” do alto comércio sexual, envolvendo
motoristas de táxi, atendentes de hotel e, naturalmente, belas mulheres,
vestidas com elegância e falando inglês fluentemente. Habituadas a grandes
eventos, como Fórmula 1, Feiras Internacionais, a de Esteio no Rio Grande do Sul entre elas,
as prostitutas de luxo, inclusive gaúchas “importadas”, cujo “cachê” gira em
torno de novecentos dólares, sabem como agradar os turistas europeus.
A matéria da Folha incluiu também as prostitutas de
rua do Rio de Janeiro, as de classe C, cuja faixa de preço estaria ao alcance
da bolsa dos latinos: argentinos, uruguaios, chilenos, colombianos. Elas
ficaram frustradas porque esses pobretões não tinham grana e só queriam
“agarrar,passar a mão e lamber”, mas eles, claro, não tinham do que se queixar.
Então, meus amigos, esse foi o verdadeiro sucesso da
Copa, o que causou a alegria dos gringos, que saíram felizes e prometeram
voltar: mulheres para todos os gostos e todos os bolsos. No sexo não há babel:
todas as línguas, ops, idiomas, se entendem.
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