O NÉRIO SABE DAS COISAS
Não há melhor idade, o
que existe é a pior idade, da velhice, da doença, da falência dos planos de
saúde. A velhice é uma tragédia. Não há nada de romântico na velhice como
alguns querem fazer crer num otimismo sem fronteiras e exagerado e forçado.
Como na imigração. Querem que a imigração seja romântica. Nada disso. Imigração
é dor, saudade, separação, choro, lágrimas, doença, solidão,
se despede dos parentes para nunca mais vê-los e vai morar em outras
plagas, outros país, para nunca mais voltar À TERRA NATAL. Não existe
coisa mais triste do que emigrar. A migração do campo, da colônia e da lavoura,
dentro do Brasil, para a grande cidade, foi uma tragédia tão grande, só igual à
próxima hecatombe, que será o retorno desta gente toda, da cidade grande, onde
não deu certo, para o campo, para a lavoura, para o pago perdido, para a
colônia e voltar a trabalhar no arado e na enxada para produzir o " o pão
nosso de cada dia". A saga dos "desgarrados" dos que
vieram da colônia e a ela voltarão. Pobre na colônia, pobre na cidade, hoje é
melhor ser pobre na colônia do que na cidade grande.
Eu como descendente de
italianos de Mântova, Itália, gostaria de voltar a viver em Mântova, onde
nasceram e moraram meus avós e lá partiram, na pobreza, para "
far la América" em busca de " La Cucagna" ( a riqueza) .
Talvez, eu , então ao invés de torcer para o meu Grêmio imortal, agora na
imponente ARENA do Grêmio - e que sempre perde - me deixando de cabeça
inchada - e triste, como, sábado, dia 14 de fevereiro de 2014, na ARENA, o meu
Grêmio, tricolor imortal, perdeu tragicamente, para o lanterna do campeonato
gaúcho, o fraco e baratésimo time de futebol do Veranópolis, do chamado ´
" estádio" Rômulo Farina. Um pequeno campo de futebol, que
fica na entrada de Veranópolis, à direita, numa baixada. Melhor assistir o jogo
de cima do morro do que dentro do " estádio" na dita
arquibancada.
Assim se eu voltasse
para Mântova, Itália, estaria próximo de Milão ( a grande cidade,
próspera e refinada) e torcendo para o Milan do irriquieto e mulherengo
politico Silvio Berlusconi, uma figuraça, bem aos moldes do Brasil atual.
E o que dizer da
escravatura africana. Durante 380 anos, nas caravelas, nas galés, atrelados nos
porões fétidos, presos por argolas de ferro, e remando em fila, para
ajudar os ventos das velas de pano, o Brasil, importou, da Africa, como
escravos, uns 6 milhões de escravos. Bota escravo nisso. E o grande Ruy
Barbosa, o baiano pequeno da cabeça grande e inteligente, e que era monarquista,
mas na proclamação da República, em 15.11.1889, logo, logo, aderiu à
República e não quis mais saber de monarquia e da família imperial a quem , em
verdade, traiu, pois, era amigo e convivia com a familia Imperial dos
Orleãns e Bragança.
E fez o pior, como
ministro da Fazenda, do primeiro governo republicano, chefiado pelo Mal.
Deodoro da Fonseca, sustentava a tese de que os escravos deveriam ser
devolvidos às suas terras, aos seus lares, de onde foram arrancados à força.
Como isto não foi mais possível, então, o baiano, cabeça boa, fez o pior.
Mandou queimar tudo o que se referisse à escravatura, livros de registro de
entrada de escravos, contratos e recibos de compra e venda de escravos,
anúncios de jornal, etc...etc. enfim, tudo o que se referisse á escravatura em
todo o Brasil, deveria, ser sumariamente, queimado, incinerado, como se isto
acabasse com a chaga da escravidão, que persiste até hoje, como o maior
problema do Brasil. O que resultou, hoje, que o afrodescendente não consegue
mais formar sua árvore genealógica e saber ao certo o local de sua origem
na Africa, pois, vai no máximo, até seu bisavô, já no Brasil, e depois a
memória se perde na cinza do esquecimento e do fogaréo que a
República fez dos registros , batizados, etc...dos escravos.
Nério "dei
Mondadori" Letti.
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