terça-feira, 17 de fevereiro de 2015

O NÉRIO SABE DAS COISAS

Não há melhor idade, o que existe é a pior idade, da velhice, da doença, da falência dos planos de saúde. A velhice é  uma tragédia. Não há nada de romântico na velhice como alguns querem fazer crer num otimismo sem fronteiras e exagerado e forçado. Como na imigração. Querem que a imigração seja romântica. Nada disso. Imigração é dor, saudade, separação, choro, lágrimas, doença, solidão,  se despede dos parentes para nunca mais vê-los e vai morar em outras plagas, outros país, para nunca mais voltar À TERRA NATAL.  Não existe coisa mais triste do que emigrar. A migração do campo, da colônia e da lavoura, dentro do Brasil, para a grande cidade, foi uma tragédia tão grande, só igual à próxima hecatombe, que será o retorno desta gente toda, da cidade grande, onde não deu certo, para o campo, para  a lavoura, para o pago perdido, para a colônia e voltar a trabalhar no arado e na enxada para produzir o " o pão nosso de cada dia".  A saga dos "desgarrados" dos que vieram da colônia e a ela voltarão. Pobre na colônia, pobre na cidade, hoje é melhor ser pobre na colônia do que na cidade grande.

Eu como descendente de italianos de Mântova, Itália, gostaria de voltar a viver em Mântova, onde nasceram e moraram meus avós e lá partiram, na pobreza, para  " far la América" em busca de " La Cucagna"  ( a riqueza) . Talvez, eu , então ao invés de torcer para o meu Grêmio imortal, agora na imponente ARENA do Grêmio - e que sempre perde - me deixando de cabeça inchada - e triste, como, sábado, dia 14 de fevereiro de 2014, na ARENA, o meu Grêmio, tricolor imortal, perdeu tragicamente, para o lanterna do campeonato gaúcho, o fraco e baratésimo time de futebol do Veranópolis, do chamado ´ " estádio"  Rômulo Farina. Um pequeno campo de futebol, que fica na entrada de Veranópolis, à direita, numa baixada. Melhor assistir o jogo de cima do morro do que dentro do " estádio"  na dita arquibancada.  

Assim se eu voltasse para Mântova, Itália, estaria próximo de Milão  ( a grande cidade, próspera e refinada) e torcendo para o Milan do irriquieto e mulherengo politico Silvio Berlusconi, uma figuraça, bem aos moldes do Brasil atual.

E o que dizer da escravatura africana. Durante 380 anos, nas caravelas, nas galés, atrelados nos porões fétidos, presos por argolas de ferro,  e remando em fila, para ajudar os ventos das velas de pano, o Brasil, importou, da Africa, como escravos, uns 6 milhões de escravos. Bota escravo nisso. E o grande Ruy Barbosa, o baiano pequeno da cabeça grande e inteligente, e que era monarquista,  mas  na proclamação da República, em 15.11.1889, logo, logo, aderiu à República e não quis mais saber de monarquia e da família imperial a quem , em verdade, traiu, pois, era amigo e convivia com a familia Imperial dos  Orleãns  e Bragança.
E fez o pior, como ministro da Fazenda, do primeiro governo republicano, chefiado pelo Mal. Deodoro da Fonseca, sustentava a tese de que os escravos deveriam ser devolvidos às suas terras, aos seus lares, de onde foram arrancados à força. Como isto não foi mais possível, então, o baiano, cabeça boa, fez o pior. Mandou queimar tudo o que se referisse à escravatura, livros de registro de entrada de escravos, contratos e recibos de compra e venda de escravos, anúncios de jornal, etc...etc. enfim, tudo o que se referisse á escravatura em todo o Brasil, deveria, ser sumariamente, queimado, incinerado, como se isto acabasse com a chaga da escravidão, que persiste até hoje, como o maior problema do Brasil. O que resultou, hoje, que o afrodescendente não consegue mais formar sua árvore genealógica e saber ao certo o local de sua origem na  Africa, pois, vai no máximo, até seu bisavô, já no Brasil, e depois a memória se perde na  cinza  do esquecimento e do fogaréo que a República fez dos registros , batizados, etc...dos escravos.

Nério "dei Mondadori" Letti. 



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