QUANDO A JUSTIÇA DÁ A CARA PARA SER BATIDA
João Eichbaum
Gostaria de não ter
razão, quando emito meus conceitos sobre o Poder Judiciário. Gostaria que todos
tivéssemos uma Justiça confiável, integrada por homens sábios e honestos,
serenos e justos.
Mas, onde
encontrar, hoje, homens sábios, homens que sabem pensar, que pensem com lógica?
Homens que saibam expressar corretamente seus pensamentos? Homens com uma
bagagem cultural que lhes enriqueça o vernáculo?
É impossível. A
educação está dividida em dois tipos: a comercial e a negligente. Comercial é a
educação confiada a pessoas sequiosas de lucro. Negligente é a escola pública.
O “marketing” da primeira consiste na quantidade de aprovações de alunos. A
segunda nem “marketing” tem: os alunos são aprovados por atacado.
Então, não temos
juízes sábios. E não temos juízes honestos, porque os candidatos a juiz são
motivados pelo “status” e pelo salário, mas não pelo ideal de fazer justiça.
Como consequência, não temos juízes serenos e justos.
Como já disse,
gostaria de não ter razão, quando acoimo de inconfiável o Poder Judiciário.
Mas, os fatos me dão razão. Ou se poderá de qualificar de sábio, honesto,
sereno e justo um juiz que se apossa de um automóvel por ele apreendido, para
brincar de rico?
O juiz, que usou do
Porsche do Eike Batista como se fosse bem próprio, projeta no arcabouço social
uma imagem que causa repulsa: uma justiça burra, desonesta, impulsiva e
injusta.
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