quinta-feira, 26 de fevereiro de 2015

QUANDO A JUSTIÇA DÁ A CARA PARA SER BATIDA

João Eichbaum

Gostaria de não ter razão, quando emito meus conceitos sobre o Poder Judiciário. Gostaria que todos tivéssemos uma Justiça confiável, integrada por homens sábios e honestos, serenos e justos.

Mas, onde encontrar, hoje, homens sábios, homens que sabem pensar, que pensem com lógica? Homens que saibam expressar corretamente seus pensamentos? Homens com uma bagagem cultural que lhes enriqueça o vernáculo?

É impossível. A educação está dividida em dois tipos: a comercial e a negligente. Comercial é a educação confiada a pessoas sequiosas de lucro. Negligente é a escola pública. O “marketing” da primeira consiste na quantidade de aprovações de alunos. A segunda nem “marketing” tem: os alunos são aprovados por atacado.

Então, não temos juízes sábios. E não temos juízes honestos, porque os candidatos a juiz são motivados pelo “status” e pelo salário, mas não pelo ideal de fazer justiça. Como consequência, não temos juízes serenos e justos.

Como já disse, gostaria de não ter razão, quando acoimo de inconfiável o Poder Judiciário. Mas, os fatos me dão razão. Ou se poderá de qualificar de sábio, honesto, sereno e justo um juiz que se apossa de um automóvel por ele apreendido, para brincar de rico?


O juiz, que usou do Porsche do Eike Batista como se fosse bem próprio, projeta no arcabouço social uma imagem que causa repulsa: uma justiça burra, desonesta, impulsiva e injusta.

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