PARA ONDE FOI O FASCÍNIO GREGO?
João Eichbaum
Todos nós admiramos a Grécia, seus
deuses, seus mitos, suas maravilhas arquitetônicas, suas mulheres, seus heróis,
suas guerras, sua paradisíacas ilhas, sua história e, sobretudo, sua cultura.
Nenhum outro país exerceu tão grande
influência na cultura de outros povos como a Grécia. Nenhum outro país
despertou tão grande fascínio no mundo como a Grécia. Nenhuma outra divindade
conseguiu sobreviver ao cristianismo como os deuses gregos.
Mais do que uma simples nação, a Grécia
atravessou os séculos como mito, porque nunca foi superada sua glória de berço
da civilização ocidental. E essa civilização jamais se descartou do Minotauro,
do Colosso de Rodes, do Oráculo de Delphos, de tantas lendas esplêndidas, que encantam
crianças e adultos.
Por mais paradoxal que pareça, a Grécia
é hoje um dos muitos países mais pobres do mundo. A genetriz da política está
sendo vítima do fruto de seu ventre. Os descalabros da administração pública
estão levando à falência o país e seu povo.
Mendigando ajuda à Comunidade Europeia,
implorando o perdão de dívidas, submetendo-se à imposição dos países ricos, a
Grécia hoje está jogada no poço da humilhação. O país que gerou os primeiros
homens mais inteligentes do planeta já não serve de modelo para ninguém.
Tal quadro reflete uma realidade abjeta.
A cultura e a erudição hoje foram jogadas no plano inferior dos valores
humanos. O que vale mesmo é o dinheiro, que gera a tecnologia, que atrai mais
dinheiro, formando o círculo vicioso do qual estão excluídos os pobres. Pobre
Grécia. Pobre humanidade.
Nenhum comentário:
Postar um comentário