TRÉGUA MOMESCA*
Carlos Maurício Mantiqueira
Depois de lavar a égua,
os “cumpanheiros” pedem uma trégua.
A coisa foi feita a jato e o contribuinte é que paga o pato.
Aumento na conta de luz e vamos todos comer cuscuz.
Aumento na conta d'água fresca; não da ardente que dói no dente.
Vem o molusco com seu falatório, propor um supositório,
de menta ou de bergamota, para gáudio de dona Marmota.
Nestes dias de retiro, está livre da cunha do vampiro.
Longe dos sorvetes e bombons,
Experimenta um dos cinquenta tons,
Até a quarta-feira de cinzas, na Base de Aratu, viva o rabo do Tatu.
Depois vem a quaresma onde tudo vai a passo de lesma.
Ágil como uma lebre, para dissimular a febre
da infecção do petrolão, espera ansiosa por abril para não ir a PQP.
Carlos Maurício Mantiqueira é um livre pensador e sambador.
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