A DILMA E OS VENTOS GAÚCHOS
João Eichbaum
A Dilma Rousseff
veio ao Rio Grande do Sul, no fim de semana, para inaugurar a indústria dos
ventos, ops, o parque eólico.
Com tanta
tempestade por aí, o que quer ela com os ventos? Será que não está satisfeita
com os ventos que semeou?
O certo é que ela
chegou aqui durante a tempestade desencadeada pelos caminhoneiros, uma
tempestade social que já espalhava rumores de desabastecimento, falta disso,
falta daquilo, falta de combustível, principalmente, sem o qual o transporte para.
Os manifestantes
queriam fazer barulho, queriam melar a inauguração da indústria de ventos,
queriam ver o circo pegar fogo. Tentaram barrar acessos ao local, onde ela
estaria, enfim queriam bagunçar o coreto.
Mas, ela, como se
estivesse tudo em ordem no país, todo mundo feliz e contente, apostando na
bolsa, comprando ações da Petrobrás, soltando rojões pelos cortes no sistema
previdenciário e nos direitos trabalhistas, ela chegou com a tranquilidade de
quem é dono de tudo. E foi aplaudida. A claque funcionou. A plateia remunerada estava
lá.
E não só a Dilma
foi aplaudida como o Sartori foi apupado. Logo ele, que começou ontem, não fez
nada pra ninguém, não cortou benefícios trabalhistas nem previdenciários, não meteu
a mão na Petrobrás, ele foi vaiado.
Sim, funcionaram as vaias e os apupos
profissionais, prova de que é assim que funciona a política no Brasil: na base
do cabresto, o cabresto feito com o nosso dinheiro, com o dinheiro de quem
trabalha e que é usado em pleno dia e horário de trabalho pelos vagabundos.
MST, CUT, MTST, UNE, PT é tudo a mesma coisa: não precisam trabalhar porque
vivem com o nosso dinheiro. Ou você acha que o povo trabalhador tem tempo para
perder com a Dilma ou o Sartori?
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