terça-feira, 3 de março de 2015

A DILMA E OS VENTOS GAÚCHOS

João Eichbaum

A Dilma Rousseff veio ao Rio Grande do Sul, no fim de semana, para inaugurar a indústria dos ventos, ops, o parque eólico.
Com tanta tempestade por aí, o que quer ela com os ventos? Será que não está satisfeita com os ventos que semeou?

O certo é que ela chegou aqui durante a tempestade desencadeada pelos caminhoneiros, uma tempestade social que já espalhava rumores de desabastecimento, falta disso, falta daquilo, falta de combustível, principalmente, sem o qual o transporte para.

Os manifestantes queriam fazer barulho, queriam melar a inauguração da indústria de ventos, queriam ver o circo pegar fogo. Tentaram barrar acessos ao local, onde ela estaria, enfim queriam bagunçar o coreto.

Mas, ela, como se estivesse tudo em ordem no país, todo mundo feliz e contente, apostando na bolsa, comprando ações da Petrobrás, soltando rojões pelos cortes no sistema previdenciário e nos direitos trabalhistas, ela chegou com a tranquilidade de quem é dono de tudo. E foi aplaudida. A claque funcionou. A plateia remunerada estava lá.

E não só a Dilma foi aplaudida como o Sartori foi apupado. Logo ele, que começou ontem, não fez nada pra ninguém, não cortou benefícios trabalhistas nem previdenciários, não meteu a mão na Petrobrás, ele foi vaiado.


 Sim, funcionaram as vaias e os apupos profissionais, prova de que é assim que funciona a política no Brasil: na base do cabresto, o cabresto feito com o nosso dinheiro, com o dinheiro de quem trabalha e que é usado em pleno dia e horário de trabalho pelos vagabundos. MST, CUT, MTST, UNE, PT é tudo a mesma coisa: não precisam trabalhar porque vivem com o nosso dinheiro. Ou você acha que o povo trabalhador tem tempo para perder com a Dilma ou o Sartori?

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