quarta-feira, 18 de março de 2015


O NÉRIO SABE DAS COISAS

Só sei que o Parcão estava lotado de gente. Era um mar de gente, de verde e amarelo.Muito mais que GRENAL, muito mais do que o  Rei Roberto Carlos. Quem disser que tinha pouca gente mente. Lógico, tudo gente bem vestida, e basta olhar o povão que você ja reconhece, como diz o gaúcho, de "relancina" o povão, mas no Parcão, domingo passado,  15 de março de 2015, à tarde, classe média para cima, por evidente. Bastava olhar. Quando dispersou entupiu as ruas adjacentes e engarrafou o trânsito do vizindário do velho Prado dos Moinhos de Vento.  Quanta pessoas estiveram presentes?...Bem aí, ninguém sabe. Que calculem. No meu tempo de jovem, no colégio Anchieta, no ginásio, os padres jesuitas, obrigavam a ler um livro, clássico, ótimo, nunca mais esquecí, de Malba Tahan ( pseudônimo de  um escritor baiano cujo nome não lembro mais e não tenho mais o livro, depois de 17 mudanças se perdeu por aí) --- Chamava-se o livro  ' O homem que calculava"  -  Lembram deste livro, " O homem que calculava"???  

. Eu que era péssimo aluno em Matemática, tinhar pavor de matemática, no dia da sabatina,prova mensal que contava pontos para o exame final, eu suava frio, pois, pouco sabia e não conseguia resolver os problemas que o professor passava com rigor e prazer de ver a turma sofrer. Talvez, eu tenha seguido a carreira das humanidades, do Direito, pelo fato de ter sido péssimo aluno em Física, Matemátia, Química e afins de ciências exatas. Meu negócio era poesia, romance, história, geografia e literatura , escrever, ler, como faço até hoje e estou fazendo agora, com 75 anos,  muito cinema e bastante namoro e algum teatro. O raio é que eu  sempre andava pelado, isto é, sem dinheiro.

Vou ver se encontro em algum sebo o livro da minha juventude, no ginásio dos padres jesuitas, da Rua da Igreja, e depois Rua Duque de Caxias, ao lado do Museu Julio de Castilhos, hoje no local do velho Col. Anchieta, tem uma garagem inacabada na altua da rua Duque de Caxias.. No nível da rua do Arvoredo, depois, Rua Fernando Machado, tem um mercado Zaffari. Os Jesuias alemães eram   rigorosos  na pedagogia, "! O homem que calculava" do Malba Tahan. Que saudades.

Agora, vamos ser sinceros, ouvir o hoje ministro Miguel Soldatelli Rossetto, ex-funcionário do Polo Petroquîmico, e que deixou  em Triunfo, uma fama de agitador e que sempre fazia greve, na porta daquelas fantásticas fábricas que transformam a Nafta do Petróleo que vem pelo tubo da Refinaria Alberto Pasqualini em produtos quimicos de plástico, etc....até a segunda geração, pois, nosso Polo Petroquímico, instalado pelo governador Sinval Guazelli, no tempo do governo do gen. Ernesto Geisel - construido, inaugurado e colocado em funcionamento -  portanto - durante a Ditadura - e que infelizmente, por questões que desconheço nunca terá a terceira geração da queima da nafta e, portanto, não fabricará a química fina, o negócio maior do mundo,  o filé do petróleo, que são os fármacos e os fertilizantes, naquilo que é hoje o maior negócio do mundo, nunca teremos. Com o que, então, o rio Guaiba é uma bomba de efeito retardado, com enormes navios, indo e vindo, de Rio Grande para o Polo Petroquímico, levando produtos quimícos e altamente explosivos. O dia que um navio destes explodir aí no Guaiba, até poderemos ficar sem água. O Polo deveria ter sido construido na margem do mar, em Rio Grande e assim evitaria este perigoso   " passeio da molécula" pelas águas do Rio Guaiba.

Eu acho que o Miguel Soldatelli Rossetto, não leu o livro do Malba Tahan,  " O homem que calculava" quando jovem. Poderia ler agora, que está no Palacio dos Planalto e tem as benesses e mordomias do poder e tempo de sobra, eis que tem muitos assessores e segue sua trilha de vida, como quando começou no Polo Petroquímico, onde pouco trabalhou. Não gostava muito do batente. O negócio dele era outro. Politica. Politica. Politica e agitação e grito no portão da fábrica liderando os empregados. Sempre contra o patrão. Mas, agora o Miguel Soldatelli Rossetto, deve estar vivendo um contraditório interno e psiquico fantástico, pois, é poder, é chefe, tem o mando na mão e está no lugar do patrão. Tem que administrar, gerir, fazer riqueza, pagar os empregados no fim do mês e suportar o peso ético das criticas da dita classe média e como ele sempre enfatiza e repete, quem protestou na rua, foram os eleitores que não votaram na Dilma. Não sei de onde ele tirou esta afirmação. Em todos os casos o Miguel Soldatelli Rossetto, deve lá ter suas razões para dizer que os protestos de 15 de março, domingo, de 2012, foram só das pessoas que não votaram na Dilma.  Não vale fazer suposições e tirar ilações, da própria cabeça, num assunto tão grave. Não sei se o Miguel Soldatelli Rossetto - viu e ouviu o discurso de seu amigo e correligionário, João Pedro Stédile, em Caracas, que corre pela Internet, pedindo ajuda do Maduro, da Venezuela, para vir e invadir o Brasil para ajudar a Dilma pois os patrões querem derrubar a Dilma do poder. Eu acho que o João Pedro Stédile devia ter bebido alguns tragos para fazer o discurso que fez tal a violência com que falou, completamente, fora da realidade.

Nério "dei Mondadori" Letti.








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