A SAFADEZA NÃO TEM
LIMITE
João Eichbaum
Não acredito. Não
acredito que a falta de vergonha na cara, a falta de pudor, a falta de respeito
para consigo mesmo tenha atingido o ápice, nesses últimos dias. Bom. Quem é que
não tem vergonha na cara? Quem é que não tem pudor? Quem é que não tem respeito
nem para consigo mesmo?
Os que acham que me
refiro aos participantes do BBB não estão totalmente errados. Por uma razão
muito simples: entre eles e os políticos brasileiros não há diferença alguma,
no que diz respeito a esses três itens: vergonha na cara, pudor e respeito.
Me refiro aos
políticos mesmo. Os últimos acontecimentos, que culminaram com o listão do
Janot, mostram a cara da política brasileira. Para se manter no poder, o PT inventou o “PAC da
Dilma”, que deu mais ou menos nisso: obras mal acabadas e superfaturadas, obras
que ficaram no papel, “minha casa, minha vida”, propina dos empreiteiros, além
dos mais variados tipos de renúncia fiscal, e por aí vai.
Agora, vencida a
eleição, a renúncia fiscal está mostrando seus principais efeitos: arrecadação
comprometida, sinais de inflação e desemprego. O povo do “minha casa, minha
vida”, que inclui “meu automóvel e meus eletrodomésticos”, vai ficar dividido
entre “pagar a luz” ou as “prestações”, erguendo as mãos para o céu, se
continuar empregado.
A fim de recuperar o
dinheiro que se foi pelo ralo para, através da demogogia, dar mais quatro anos
de poder ao PT, a Dilma se valeu de uma “medida provisória” para engordar a
arrecadação, metendo no das empresas. Aí
o Renan Calheiros deu uma de jurista e devolveu a “medida” ,para a Dilma,
dum jeito assim tipo “to de mal contigo”.
Agora o Brasil está
vivendo esse clima de economia em choque e respirando corrupção, que veio da
Petrobrás e desembocou no listão do Janot. Tudo por causa da sede de poder.
Nesse quadro, quem é que divisa “vergonha, pudor e respeito”?
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