terça-feira, 24 de março de 2015

A PRINCESA DO PT E OS DESORDEIROS
João Eichbaum

A trilha da vida de Dilma Rousseff, que nós conhecemos, começou na guerrilha, em atos de terrorismo. Mas não foi por tais meios que ela chegou ao poder. O que a levou para o Palácio do Planalto foi o voto da maioria dos brasileiros. Mesmo assim, ela não nega simpatia para quem ainda cultua as sandices dos revoltosos.

Na semana retrasada, houve duas manifestações públicas. Uma, sob a bandeira do MST, da CUT, do PSOL e de outras entidades da mesma laia, que têm seus objetivos regidos pelo estatuto da confusão e da desordem. A outra partiu do povo ordeiro, que não mama nas tetas do governo e vive à custa do próprio trabalho.

A primeira se voltava contra medidas governamentais que restringem despesas mas, ao mesmo tempo, defendia a permanência da Dilma Rousseff (leia-se as mamatas deles) à testa do governo. A segunda bradava contra a corrupção, que deteriora as instituições, e pedia o afastamento da Dilma e do PT.

Na semana que passou, quando as pesquisas lhe mostravam uma pesada rejeição popular, Dilma procurou os seus. Veio ao Rio Grande do Sul, não para se juntar ao povo que trabalha e vive com o suor do próprio rosto, mas para buscar consolo no meio dos desordeiros, dos parasitas sustentados pelo suor dos outros. Foi recebida pelos amantes da desordem, a turma do MST e da CUT.

 Os cincerros do MST e da CUT conseguiram reunir o número bíblico de cinco mil mercenários para aplaudir a rejeitada. Detalhe: em pleno dia da semana e na hora do trabalho. Essas duas circunstâncias definem o perfil dos festeiros. E no meio deles a Dilma se sentia feliz, respirava o ar da recalcitrância contra a ordem constituída: voltava às origens, ignorando que foi eleita para governar o país e não para se esconder do povo no valhacouto dos desordeiros.


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