A
REPÚBLICA DA VINGANÇA
João
Eichbaum
O
jornalista Cláudio Humberto foi muito feliz ao abrir seu espaço, na quinta
passada, com o título CUNHA ABRIU AS PORTAS DO INFERNO. Todos os pecados do
Estado brasileiro estão expostos nessa mostra do espírito das trevas: vingança,
mentira e roubo.
O
instrumento usado para abrir esse antro de horrores foi a chave da vingança.
Cunha estava sentado em cima dos pedidos de impeachment da Dilma, à espera do
momento propício para jogar a marionete do Lula no caldeirão do diabo. Queria
ter moeda de troca para entregar sua alma ao príncipe das trevas.
A
declaração da guerra de escremento, com os políticos atirando bosta um contra o
outro, foi dada a partir do momento em que os petistas da Comissão de Ética se
manifestaram pela abertura do processo de cassação do Cunha.
Dias
antes, o STF se esforçara para dar nó em pingo d’água, a fim de botar o senador
Delcídio Amaral na cadeia, sem que isso parecesse um espontâneo e verdadeiro
ato de vingança. O senador linguarudo andara insinuando que havia nódoas na
conduta ilibada das vestais do Supremo.
Realmente,
as portas do inferno se abriram para o Estado brasileiro, que deixou de ser uma
Instituição, para se transformar numa aldeia amotinada por vinganças, mentiras
e roubos. Mas quem vai se queimar mesmo nesse inferno será o povo: sem
dinheiro, sem saúde, sem educação, sem segurança, sem emprego, e cheio de
contas para pagar.
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