DILMA SUBIU
João Eichbaum
Segundo pesquisa do
Datafolha, Dilma teve uma “leve melhora” na avaliação popular. Quer dizer,
conseguiu sair um pouquinho do fundo do
poço para onde havia deslizado, por malquerença do povo. Sua avaliação negativa
baixou de 71% para 65%.
Teria o povo brasileiro
mudado bruscamente seu jeito de pensar, de uma hora para outra, exatamente
quando o país amargurava índices econômicos desanimadores, com um governo inativo,
e a Dilma era achincalhada sem piedade nos meios de comunicação?
Que notícia animadora
teriam ouvido as pessoas, que mudaram de opinião bem no meio do inferno astral
da presidente? Como é que, na proporção inversa do desemprego e da inflação, sobe
a aprovação da Dilma?
Um ligeiro passar de
olhos pelos números da pesquisa revela, senão tudo, pelo menos um dado
altamente significativo: os índices positivos vieram do Nordeste onde ela subiu
dos 10 para 17% de aprovação.
É a resposta do
bolsa-família. Quando os boatos anunciavam uma diminuição, senão a supressão da
esmola oficial, evidentemente seus beneficiários retiraram a confiança que
depunham na mulher que lhes garantia o ócio remunerado.
Mas os mensageiros do
PT vieram a público para dizer que ninguém se assustasse, que a verba destinada
ao bolsa-família não seria atrapalhada pelas pedaladas fiscais. Aí o povo foi à
rua, não só para protestar contra o impeachment, como para festejar a vida sem
o incômodo do trabalho.
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