segunda-feira, 21 de dezembro de 2015

DILMA SUBIU

João Eichbaum

Segundo pesquisa do Datafolha, Dilma teve uma “leve melhora” na avaliação popular. Quer dizer, conseguiu sair um pouquinho  do fundo do poço para onde havia deslizado, por malquerença do povo. Sua avaliação negativa baixou de 71% para 65%.

Teria o povo brasileiro mudado bruscamente seu jeito de pensar, de uma hora para outra, exatamente quando o país amargurava índices econômicos desanimadores, com um governo inativo, e a Dilma era achincalhada sem piedade nos meios de comunicação?

Que notícia animadora teriam ouvido as pessoas, que mudaram de opinião bem no meio do inferno astral da presidente? Como é que, na proporção inversa do desemprego e da inflação, sobe a aprovação da Dilma?
Um ligeiro passar de olhos pelos números da pesquisa revela, senão tudo, pelo menos um dado altamente significativo: os índices positivos vieram do Nordeste onde ela subiu dos 10 para 17% de aprovação.

É a resposta do bolsa-família. Quando os boatos anunciavam uma diminuição, senão a supressão da esmola oficial, evidentemente seus beneficiários retiraram a confiança que depunham na mulher que lhes garantia o ócio remunerado.

Mas os mensageiros do PT vieram a público para dizer que ninguém se assustasse, que a verba destinada ao bolsa-família não seria atrapalhada pelas pedaladas fiscais. Aí o povo foi à rua, não só para protestar contra o impeachment, como para festejar a vida sem o incômodo do trabalho.


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