NEM O PAPA TEM CERTEZA
João
Eichbaum
Desde que nos entendemos por gente,
ouvimos dizer que “Deus é bom, é poderoso, é misericordioso, é protetor”, para
ficar só nesses adjetivos, já que seria impraticável, além de aborrecível, a
enumeração de todas as boas qualidades desse “Deus”, que é imposto às crianças.
Até hoje ninguém provou isso. Ninguém
nasceu, cresceu, estudou, arrumou emprego, casou, e foi feliz a vida inteira,
poupado de dores, de perdas, de doenças, de dificuldades, de desesperos e...da
morte. Um deus ornado com virtudes, que vão da bondade à misericórdia, jamais
permitiria o mais insignificante senão na vida daquelas criaturas que foram
“criadas” por ele, sem terem pedido para vir ao mundo. Ele lhes teria dado a
vida, para serem inteiramente felizes e gratas a seu criador por tal
felicidade. Isso seria normal, assim na terra como no céu.
Na verdade, são as religiões,
principalmente as cristãs, que provam a inexistência desse “Deus”. Pintam-no
como sendo a solução de todos os problemas, a redenção de todas as dores, mas
até hoje não apresentaram um caso que comprove todas as boas qualidades dessa
divindade. Pelo contrário, trazem como exemplo da “bondade” do Pai, o
sacrifício que ele impôs ao próprio filho, Jesus Cristo, para a “remissão dos
pecados”.
Duas perguntas: ele, “Deus” todo
poderoso, não poderia ter resolvido o problema dos pecados da humanidade de
outro jeito, a não ser com o sangue de seu filho? Você aí,teria coragem de
matar o seu filho, para “salvar” uma humanidade que não tem jeito?
Todo esse blablablá é a propósito do que
aconteceu em Roma ontem, por ocasião da abertura do “ano do jubileu”, uma
cerimônia presidida pelo papa. Roma estava blindada. Nenhum avião poderia
cruzar os céus do Vaticano, a polícia, armada até os dentes, estava de
prontidão nas ruas. Atiradores de elite a postos nos pontos mais altos da praça
de São Pedro, rijos como estátuas, poderiam ser confundidos com os santos. Nem
filmagens cinematográficas, com atores portando armas, poderiam rodar na cidade
eterna Tudo para proteger o Vaticano contra um possível ataque do “terror
islâmico”.
Conclusão: nem o papa tem certeza de que
“Deus” existe.
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