IEDA, SEUS AMIGOS, FEIJÓ e a RBS
João Eichbaum
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Sobre o gravação que fez Paulo Feijó, enquanto conversava com Cezar Busatto, diz Ieda: “ quero manifestar minha indignação pelo comportamento do vice-governador. É fato único. É fato nacional. O Rio Grande do Sul é colocado frente ao cenário nacional como um Estado em que práticas de comportamento como esta jamais foram vistas. Denotando uma total tendência ao confronto...”
Claro, dona Ieda, é claro que “práticas de comportamento como esta jamais foram vistas” porque é a primeira vez que entra na política quem nunca foi político, quem nunca conheceu a podridão da política que se pratica neste Estado, do Detran, e na União, dos cartões corporativos.
Que bom que alguém parte para o confronto, que não se deixa comprar por cargos políticos, que não adere à hipocrisia do “diálogo”. Quem dialoga com político acaba se tornando corrupto, quer dizer, político.
Sobre Lair Ferst diz a dona Ieda: “ ...Lair é um militante do PSDB hoje afastado e que esteve presente em todos os momentos do partido como militante. Quem quis ajudar, esteve perto, segurou bandeira...Depois do resultado final, sem dúvida nenhuma todos aqueles que ajudaram buscaram tentar cooperar da maneira como bem sabem”
Isto, o Lair segurou a bandeira, a bandeira do Detran e militou também graças ao dinheiro nosso que o Detran arrecadou. E ele, é mais do que evidente, tentou cooperar da única maneira que sabia, demonstrando que não sabe ganhar dinheiro, nem militar num partido político de outra forma.
O presidente do DEM, que é do Piauí – e só podia ser do Piauí – Heráclito Fortes, vai pedir a expulsão do Feijó do partido: “ o que ele fez é inaceitável...”
Claro que nenhum político vai considerar aceitável o que fez o Feijó, porque ele desmascarou a todos, a toda a classe política. Político nenhum neste país terá moral para se pronunciar sobre a atitude de Feijó.
Por fim a RBS, no editorial do jornal Zero Hora afirma: “ o vice-governador mostrou também que não tem a dimensão política dos homens que escreveram a história deste Estado com as tintas da lealdade, da honradez e da transparência...”
Exatamente. Feijó não tem “a dimensão política dos homens que escreveram a história deste Estado”, porque todos agora sabem como se “escreve” uma história: com o dinheiro do povo. Que bom que ele não tem essa “dimensão política”. Lealdade? O que é isso? Qual é o político que, algum dia, praticou lealdade em sua vida? Os que foram leais, como Armando Câmara, tiveram que deixar a política. Honradez? Me apontem, na história do Rio Grande e do Brasil um político que tenha sido “honrado”? Salvo, naturalmente, os que, como Armando Câmara, deixaram enojados a política. Transparência? O que é isso também? Transparência nos porões do poder? Desde quando, para fazer transparência, se usa como matéria prima o conchavo, o “arreglo”, a suruba do “é dando que se recebe”?
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