quinta-feira, 9 de junho de 2011

A BÍBLIA LIDA PELO DIABO

23 E disse Adão: esta é agora osso dos meus ossos e carne da minha carne. Esta será chamada varoa, porque do varão foi tomada. 24 Portanto deixará o varão o seu pai e a sua mãe e apegar-se-á à sua mulher, e serão ambos uma carne.

Foi aí que começou a paixão, como qualquer outra: meu amor eterno, fomos feito um pro outro, tu és a carne da minha carne, o sangue do meu sangue...Serei sempre teu, serei fiel na alegria e na tristeza...Essas promessas todas, essas juras de amor, esses beijinhos doces, que viram canção mas acabam em pauleira, separação, divórcio, pulada de cerca, como acontece até hoje.
E o que é história é essa de deixar pai e mãe, se ninguém era filho de ninguém, um era feito de barro e outro de osso? E todo mundo diz sempre que Adão era feliz porque não tinha sogra...
Se ele não tinha a mais puta idéia do que seriam pai e mãe, como é que já vinha ditando regras?
A resposta é muito simples: ele já estava amarrado naquela mulher feita de costela e só não tinha encontrado ainda as palavras exatas para dizer que mulher é a melhor coisa do mundo, que o homem, tendo mulher, manda o resto às favas.

25 E ambos estavam nus, o homem e sua mulher, e não se envergonhavam.

Tavam ali, nuzinhos em pêlo, ele malhadão e sarado, ela caprichada nos atributos básicos, cheia de curvas e farta em protuberâncias, sem chapinha, nem silicone.
E vocês queriam o quê? Que ele aparecesse de terno e gravata e ela no melhor estilo old fashion, sem decotes, sem joelhos à mostra, escondendo até os calcanhares?
Duma coisa vocês podem estar certos: naquela hora, naquele primeiro momento, nem ele, nem ela sabiam para que tipo de diversão podia prestar aquele troço mole que fazia uma curvinha pra baixo e ia roçar no meio das pernas do Adão, e que sempre precisava duma mãozinha pra fazer xixi. Até então era a única serventia conhecida daquela coisa: fazer xixi.
E a mulher, lacrada e com selo de garantia, ainda não sabia para que servia aquela rachadura que tinha entre as coxas.

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