João Eichbaum
Tenho insistido, desde há muito tempo,
que o ser humano, em si, não tem dignidade. E isso, por uma simples razão: é um
animal violento, igual a qualquer outro.
A diferença entre o homem e os demais
animais está na plena capacidade de raciocínio. Assim mesmo, existem exceções,
por deficiência no funcionamento de certos órgãos. Há seres humanos que já
nascem com tais deficiências. Outros, em razão de acidentes ou doenças
supervenientes, ficam reduzidos à pura condição vegetativa, como os animais
ditos inferiores, ou como as plantas.
Por poder raciocinar, o homem é capaz de
elaborar ou assimilar valores. O
convívio social, a incapacidade de realizar-se plenamente a si mesmo, que gera
a dependência da vida no grupo social foi uma das primeiras fontes de educação.
Por necessidade, ou por medo, seja lá porque tenha sido. Depois, vieram as
lideranças que começaram a exercer domínio sobre o grupo, entre essas as
lideranças religiosas.
Foi assim que o ser humano, violento e egoísta
por natureza, se maneirou. Então se convencionou dizer que o ser humano tem
“dignidade”.
Mas essa “dignidade”, por ser produto de
mera convenção, é descartável. E cada um se torna “digno” na proporção de seus
interesses. O mais das vezes o interesse é maior do que essa “dignidade”
meramente convencional e então essa “dignidade” vai para as cucuias.
Exemplo de “dignidade”seriam os líderes,
os escolhidos pela comunidade para representá-la, ou os que, aproveitando as
oportunidades, se tornam lideres, mercê de recursos pessoais próprios.
Mas, todo esse meu blábláblá tem em
vista uma só pergunta: pode-se afirmar, sem medo de errar, que todos os
políticos brasileiros têm “dignidade”? Ou, pelo menos algum deles tem “dignidade”?
Deixo a resposta para cada um.
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