João Eichbaum
Na matéria que acompanhou a
vida de um menino de rua, a repórter Letícia Duarte, com o apoio explícito da
direção e do setor editorial do jornal Zero Hora, conclamou a população, para que se abstenha de dar
esmolas, sob o fundamento de que a esmola não só desestimula para o trabalho,
como serve para alimentar os vícios.
Ninguém se pronunciou
contra, todo mundo aplaudiu, é isso mesmo, gente, oba, oba!
Só que a Zero Hora não se
deu conta de que estava falando em corda exatamente na casa de um enforcado
chamado Brasil.
Apenas uma voz se levantou,
nesse deserto imenso de falta de senso crítico deste país que, há quase dez anos está entregue a um grupo que
faz e desfaz, comete asneiras, mete a mão no cofre nacional, engana o povo com
blablabá e pratica uma insolente caridade com o dinheiro público. Essa voz afinada que mostra o quão desafinado estava o
coro do oba, oba, não dê esmola, é do leitor Miguel Neves da Silva, de Canoas, que
diz assim: “Espetacular, embora chocante, o especial Filho da Rua. Quanto à cobrança de quem dá esmola, serve para os
últimos governos, que dão bolsas e mais bolsas, às custas de quem dá emprego,
mirando votos.”
Realmente, “nunca dantes
nesse país”, se beneficiou tantos vagabundos, se estimulou a paternidade
irresponsável e se incrementou a preguiça, como durante o governo do PT. O
“bolsa-família” é o pai de todas as esmolas. Seguem-se depois as verbas que
sustentam os criminosos que invadem propriedades, o “aluguel social” daqueles
que erguem barracos em terrenos públicos, e assim por diante.
Enquanto aquele que trabalha
e produz é escorchado com a maior carga tributária do planeta, o vagabundo é
estimulado a continuar na vagabundagem, a preguiça é chancelada oficialmente, a
depredação do patrimônio público e privado é subvencionada pela administração
do PT.
Esse é o quadro social
próprio para que se criem e se multipliquem os “filhos de rua”: para que
estudar, para que trabalhar, se o governo patrocina exatamente os que não
trabalham?
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