sexta-feira, 7 de dezembro de 2012


Só o mais indigno dos animais faria isso


Diego Neves, 26 anos, estudante de publicidade na capital do Espírito Santo é hoje réu em um processo sem precedentes na história das ciências jurídicas na América Latina. O jovem é acusado de ter levado a óbito a professora Ana Carolina Teixeira (19) por sufocamento durante atos libidinosos.
O laudo médico aponta que a jovem Ana Carolina teria sofrido asfixia após tentativa frustrada de ingerir o sêmen do amigo que a acompanhava na noite de ontem (09/09/12) em um motel localizado às margens da rodovia ES 010 em Serra. Segundo o laudo pericial “foi notada evidência de sêmen humano obstruindo a traqueia”.
O depoimento do publicitário vai ao encontro das evidências periciais. No boletim de ocorrência Diego afirma que a amiga engasgou após o ato ejaculatório e depois de um ciclo de tosse veio a desfalecer. Ele ainda tentou levá-la para a UPA (Unidade de Pronto Atendimento) de Carapina mas a jovem já havia evoluído para óbito.
O advogado que representa os interesses da família da jovem está processando Diego por dolo eventual. Segundo a legislação penal brasileira o dolo eventual é um tipo de crime que ocorre quando o agente, mesmo sem querer efetivamente o resultado, assume o risco de produzi-lo.
O doutor Cristiano Menegucci disse a reportagem que “o rapaz sabia que ela era uma moça de pouca experiência e que o risco do engasgamento era iminente. Precisamos fazer justiça em relação a esta prática tão nefasta que é a ejaculação não consentida na conclusão do sexo oral”.
Caso seja condenado o jovem pode pegar de três a oito anos de reclusão e ainda existe a possibilidade de uma indenização de R$ 60.000,00 aos pais de Ana Carolina.
 A título de comentário, só cabem três perguntas:
onde está a dignidade do ser humano, tão proclamada por filósofos?
algum animal quadrúpede faria uma coisa dessas?
os direitos do ser humano (leia-se liberdade sexual), sobre os quais se basearam os ministros do STF, para comparar o desafogo de desvios fisiológicos à instituição da família, compreendem também horrores como esse?
João Eichbaum

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