quinta-feira, 13 de fevereiro de 2014

Que feinho é...

     Fabrizio Albuja

Sempre gostei de futebol. Acompanhei por anos no rádio os jogos narrados pelo Osmar Santos para depois ver o compacto, principalmente quando era narrado pelo Silvio Luiz.
No futebol da rua, cada um assumia um personagem da época: Raí, Neto, Evair, Bebeto, Zetti, Marcelinho Carioca (vai entender!)...
O futebol era mágico. Acreditávamos que tudo aquilo era realmente um jogo. Torcíamos e, no máximo que acontecia, era um chamar o rival pelo apelido difamatório. No fim apostávamos duas garrafas de tubaína.
Sempre se vendeu que éramos o país do futebol, mesmo tendo ficado 24 anos sem ganhar nada. Sem se esquecer da surra do Uruguai na única Copa que tivemos aqui.
Romantismos de lado, o futebol se tornou uma moeda de troca política. Seja aqui ou no resto mundo. Jogadores de 20 anos com contratos milionários em que grandes empresários só conseguiram ter tal rendimento depois de mais de 20 anos de muito trabalho.
E em todo lugar que há muito dinheiro circulando, sempre há parasitas querendo sugar um pedaço. Não preciso repetir o absurdo que tem sido gasto para construir arquibancadas em volta de um pedaço de grama aparada. Em alguns casos com vegetação do lado de fora.
A crise social, na saúde, na segurança, na economia e na política está plantada, mas como uma velha tática de mágico, o truque é desviar a atenção do foco principal.
É patético ver ícones do futebol que eram os super-heróis fora dos gibis como Pelé e o Ronaldo fenômeno, tentarem convencer as pessoas de que a Copa do mundo é a pauta mais importante do país e o resto que se dane. Graças a Deus nunca existiu oportunidade para ter uma decepção dessas com o Senna.
Segundo comentários conspiratórios de botequim, a Copa já foi comprada para que o Brasil seja o campeão. A Fifa não se importa com o “Fair Play”, apenas com as vantagens comercias que a entidade consegue pela isenção de impostos aos seus patrocinadores
 Então em setembro, agências publicitárias que trabalham a serviço do mal, provavelmente farão montagens perfeitas em que a Presidanta seja nosso centroavante e o goleiro, que tem nove dedos, defenda um pênalti com a mão esquerda no último segundo.
Cada gol do Neymar vale um milhão de votos petralhas. Cada defesa do Julio César, uns 500 cargos públicos de confiança aos aliados. E a taça garante a venda do Brasil para Cuba com dinheiro do BNDES.

PUBLICADO NO ALERTA TOTAL - – www.alertatotal.net
Fabrizio Albuja é Jornalista e Professor Universitário.




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