Que feinho é...
Fabrizio Albuja
Sempre gostei de futebol. Acompanhei por
anos no rádio os jogos narrados pelo Osmar Santos para depois ver o compacto,
principalmente quando era narrado pelo Silvio Luiz.
No futebol da rua, cada um assumia um
personagem da época: Raí, Neto, Evair, Bebeto, Zetti, Marcelinho Carioca (vai
entender!)...
O futebol era mágico. Acreditávamos que
tudo aquilo era realmente um jogo. Torcíamos e, no máximo que acontecia, era um
chamar o rival pelo apelido difamatório. No fim apostávamos duas garrafas de
tubaína.
Sempre se vendeu que éramos o país do
futebol, mesmo tendo ficado 24 anos sem ganhar nada. Sem se esquecer da surra
do Uruguai na única Copa que tivemos aqui.
Romantismos de lado, o futebol se tornou
uma moeda de troca política. Seja aqui ou no resto mundo. Jogadores de 20 anos
com contratos milionários em que grandes empresários só conseguiram ter tal
rendimento depois de mais de 20 anos de muito trabalho.
E em todo lugar que há muito dinheiro
circulando, sempre há parasitas querendo sugar um pedaço. Não preciso repetir o
absurdo que tem sido gasto para construir arquibancadas em volta de um pedaço
de grama aparada. Em alguns casos com vegetação do lado de fora.
A crise social, na saúde, na segurança,
na economia e na política está plantada, mas como uma velha tática de mágico, o
truque é desviar a atenção do foco principal.
É patético ver ícones do futebol que
eram os super-heróis fora dos gibis como Pelé e o Ronaldo fenômeno, tentarem
convencer as pessoas de que a Copa do mundo é a pauta mais importante do país e
o resto que se dane. Graças a Deus nunca existiu oportunidade para ter uma
decepção dessas com o Senna.
Segundo comentários conspiratórios de
botequim, a Copa já foi comprada para que o Brasil seja o campeão. A Fifa não
se importa com o “Fair Play”, apenas com as vantagens comercias que a entidade
consegue pela isenção de impostos aos seus patrocinadores
Então em setembro, agências
publicitárias que trabalham a serviço do mal, provavelmente farão montagens
perfeitas em que a Presidanta seja nosso centroavante e o goleiro, que tem nove
dedos, defenda um pênalti com a mão esquerda no último segundo.
Cada gol do Neymar vale um milhão de
votos petralhas. Cada defesa do Julio César, uns 500 cargos públicos de
confiança aos aliados. E a taça garante a venda do Brasil para Cuba com
dinheiro do BNDES.
PUBLICADO NO ALERTA TOTAL - – www.alertatotal.net
Fabrizio Albuja é Jornalista e Professor
Universitário.
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