sexta-feira, 7 de fevereiro de 2014

QUANDO O BEM COMUM É DESIMPORTANTE

João Eichbaum

A marca da permanência do Tarso Genro à testa do governo do Estado do Rio Grande do Sul é sua doentia submissão à ideologia política.
Prefiro denominar assim, "permanência à testa do governo", para ser exato, traduzindo uma realidade: Tarso Genro pode ser tudo, poeta, crítico literário (afinal, quem é que dá bola para essas coisas?) advogado trabalhista, dirigente de partido, mas nem sabe o que significa a palavra "administrador". Ele simplesmente usa o cargo para dar vazão à doutrina de esquerda na qual foi instruído. Ele não trata o Estado como instituição, mas como instrumento de suas idéias políticas. Ele não usa o poder do Estado como instrumento do bem comum, mas como fonte de aliciamento para as fileiras da esquerda. O interesse público, para ele e para a maioria dos seus companheiros de partido, não conta, a menos que um considerável percentual de proveito político possa ser extraído de atos governamentais.
Em suma, para o Tarso Genro, o PT (leia-se ideologia marxista) e o governo são irmãos siameses.
Para ilustrar minhas conclusões, me valho de dois fatos: a construção da RS 118 e a greve dos rodoviários.
A primeira é um empreendimento de importância vital para a economia do Rio Grande do Sul. Serve a área industrial da maior significação no Estado: Vale do Sinos, Sapucaia, Esteio, Gravataí, Canoas. Mas, ao invés de dar destaque a tal empreendimento, Tarso Genro usa dele para fazer   "assistência social", estimulando os depredadores do ambiente, os invasores dos bens públicos, os marginais, os vagabundos, fornecendo-lhes um "aluguel social", que certamente é usado pela maioria para comprar droga. Os invasores construiram seus casebres exatamente no espaço destinado à construção da estrada  e de lá não arredam pé sem o "aluguel social", um valor teoricamente destinado ao pagamento de aluguel em outra moradia.
Enquanto isso, a construção da estrada vai a passos de tartaruga, deixando para trás o verdadeiro desenvolvimento social, que é o fruto do binômio capital-trabalho.
Meia dúzia de agitadores, a que se ajuntaram “militantes profissionais” dos partidos de esquerda estão infernizando a vida dos verdadeiros trabalhadores de Porto Alegre, aqueles que precisam do trabalho para viver. Com a greve dos rodoviários, sem transporte coletivo, milhares de pessoas não têm outra opção: ou encurtam seu orçamento doméstico, pagando preços que não podem pagar pelo transporte, ou se sujeitam à demissão, por faltarem ao serviço.
Rodoviários que querem trabalhar são impedidos pelos mencionados agitadores e militantes de exercerem seu direito: os ônibus são apedrejados quando seus condutores tentam sair para o trabalho.
E o Tarso Genro, moita. Ao invés de garantir o direito dos que querem trabalhar, assegurando-lhes a proteção da Brigada Militar, entrega-os ao próprio destino, porque prefere, com a omissão, assegurar o “direito” de greve.
Quando as depredações podiam ser tomadas como agressão ao governo do PT, ele botou a Brigada na rua e deixou que os cassetes baixassem no lombo dos “vândalos” e as balas de borracha voassem em todas as direções,  mas agora, os “vândalos”estão livres depredar ônibus e atentar contra a vida de quem quer trabalhar.
Precisa dizer mais alguma coisa?




Um comentário:

Gigi disse...

Um comentário corajoso. Easa apatia desinteressada (ou mal interessada) na greve me abisma.