GRE-NAL
João Eichbaum
Até que o
Inter fizesse seu primeiro gol, o Gre-nal de ontem foi um jogo duro de ver:
eram dois times que entraram em campo para não perder.
Sem espaço
para o verdadeiro futebol, porque um não deixava o outro jogar, foi aquela
coisa horrorosa.
A culpa foi
de ambos, claro. A do Grêmio, por ter contratado o Felipão, um treinador
execrado no momento, sem condições psicológicas de passar uma mensagem de
superação. O time vinha de derrotas e ele, o Felipão, também. Dois perdedores.
Que moral teria o Felipão para transmitir o otimismo necessário, com a
finalidade de tirar o time do atoleiro?
Nessas condições,
Felipão não poderia perder. Por isso montou um esquema para não perder,
impedindo, assim, que o Inter jogasse.
O Inter, por
seu turno, não poderia perder no próprio campo. Seria um fiasco perder dentro
do próprio estádio para um treinador perdedor. Então, o que fez o Abel? Fechou
os espaços, para não permitir que o Grêmio jogasse.
Para a sorte
do Abel e dos colorados que gostam de futebol bem jogado, a falha da defesa do
Grêmio propiciou o gol de cabeça do Aranguiz . Foi a partir desse gol que começou
a haver futebol, porque os espaços se abriram. E com espaço no campo um bom
jogador como Dalessandro pode mostrar seu futebol.
Assim
aconteceu: dois a zero.
Bem. Com dois
a zero, o Felipão se arrepiou. Poderiam ter sido três e quem faz três faz quatro
e quem faz quatro faz cinco e assim por diante. Aí, claro, o fantasma do
“apagão” começou a rondar o Felipão e todo o time do Grêmio. Certamente, a
maior alegria do Felipão naquele Gre-nal foi o apito final.
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