quarta-feira, 31 de dezembro de 2014

ESPETO CORRIDO

Hugo Cassel

Não tem como fugir dessa obrigação. Este 2014 apresentou  prejuízo em tudo. Moral e Financeiro. Estamos todos no vermelho. Somos apenas sobreviventes envergonhados perante o mundo, pelo “Mar de Lama” em que esse governo Corrupto e Comunista do PT nos jogou. Todas as áreas da Sociedade Organizada pagam o preço absurdo da incompetência, inclusive o Turismo, considerado a “Industria do Século”. Estive uma Semana em Barra Velha, para conhecer a história dessa cidade que festeja seus 53 anos. Hospedado em um dos despojados mini apartamentos do  Hotel Bela Vista (Candeias-25m² ) busquei maiores informações na Fundação de Turismo local, sobre seu Patrimônio Cultural e Histórico. Decepção completa: Durante 4 dias tentei encontrar o Diretor Tiago Pinheiro, mas ele foi o ilustre ausente no local, pois participava de intermináveis “Reuniões”  onde nem sei com quem, tratando de seus assuntos particulares, já que segundo alguns, de Turismo ele não entende “lhufas”. Os dois restantes funcionários se limitavam a entregar um jornalzinho, onde o Operoso Prefeito Claudemir Matias, (PSB) divulga as muitas realizações de 2014, menos sobre o TURISMO. Desta forma apesar do esforço, ficamos apenas na observação do único “Monumento” da cidade, que é o esqueleto de uma das mais de mil Baleias que foram mortas pelo pescador Martim Alves da Silva em Barra Velha,(Armação), para garantir a iluminação no Rio de Janeiro, em Priscas Eras. A sorte dele é que naquele tempo não existiam ONGS.   Fiquei sabendo ainda que o evento mais tradicional da cidade é o Festival do Pirão, onde ganham prêmios os comilões. Acredito que existem coisas melhores, mas ao Diretor Tiago não sobrou tempo para me mostrar aquilo  que seria conhecido em todo o Brasil e exterior absolutamente de graça, através dos mais de 200 jornalistas membros como eu da ABRAJET (Assoc. Brasileira de Jornalistas de Turismo.).
PITACOS
-1-Eles adoram vacas, comem tudo que voa ,anda ou rasteja, tomam banho em águas cheias de “sólidos flutuantes”, qualquer acidente mata milhares, têm a Bomba Atômica, Estupram e matam diariamente, centenas de mulheres, mas na PRIMEIRA TENTATIVA, pousam um ROBÔ no Planeta  Marte. É a India.
-2-Gabriel Medina, é Campeão Mundial de Surf. E daí? O que vale isso? Nada! Admiro muito mais o Campeão Mundial de POKER 
-3-Para desgrudar Bosta do Tamanco, ( Graça Foster)) é preciso um jato forte de agua. (Lava Jato) 
-4-Politico do ano: O indestrutível Maluf. Palhaço do Ano: Aranha.
 O Mico do ano: Diretoria do INTER 
-5- Magistrados Aloprados distribuindo injustiças  ACIMA DA LEI SE TORNANDO COM ISSO FORAS DA LEI. Quem julga o julgador?




terça-feira, 30 de dezembro de 2014

PLANETACHO





HAI
KAIS

NA MADRUGADA
A LUA FINGE
ESTAR PARADA



E O AR CONDICIONADO
DO LADO DE FORA
TRABALHA SUADO



TEU SORRISO
MOSTRA A
FALTA
DE SISO


NEM OUSE
TROCAR
O GATO
PELO MOUSE

DEPOIS DA LIPO
O HIPOPÓTAMO
VIROU HIPO


No inferno
os vendedores
de picolé
usam terno


NO TEMPO DE
MATUSALÉM
O AGENTE FUNERÁRIO

ERA UM JOÃO NINGUÉM

segunda-feira, 29 de dezembro de 2014

“LECTIO BREVIS”  PARA A JUÍZA DE CAPÃO DA CANOA

João Eichbaum

O cara, bêbado, trafegava na contramão, dirigindo uma potente caminhoneta na avenida principal de Capão da Canoa, e com ela abalroou uma motocicleta, matando sua condutora e ferindo gravemente a caroneira. Isso posto, a polícia lavrou o flagrante de homicídio consumado e tentado, tratando-os como crimes movidos por dolo eventual.

Remetidos os autos do flagrante a juízo, a meritíssima mandou soltar o bandido, sob a desculpa (desculpa não é argumento no discurso jurídico) de que “a autoridade policial não acostou no expediente o atestado de óbito da vítima”. E enrolou os farrapos da desculpa no artigo 158 do Código de Processo Penal.

A decisão, claro, desencadeou repulsa na opinião pública e manchetes de execração nos jornais. Mas, a juíza não tem culpa. Ela não tem culpa de ter frequentado alguma Faculdade de Direito com deficiência de professores em Processo Penal. Como não tem culpa de ter sido aprovada em concurso que lhe exigiu respostas em cruzes, como se faz em qualquer loteria.

Então, a juíza (não a chamo de “doutora” porque certamente “doutora” não é: ou não fez curso de doutorado, ou seu doutorado foi do tipo “cursinho Walita”, como tantos neste país), necessita de uma lição de Direito. Quando mais não seja, para evitar decisões como essa, tipo maionese desandada.

Senhora togada, o Código de Processo Penal não exige “atestado de óbito” para homologação de flagrante. O auto de prisão em flagrante está regulado no artigo 304 do referido Código: como prova, basta a da autoria e nada mais. O artigo 158, que a senhora invocou, nada tem a ver com a prisão em flagrante. Ele está inserido no Título VII do Livro I do CPP, que trata das provas no juízo penal e não no inquérito policial. Quer dizer, a relação que o art. 158 tem com a prisão em flagrante é a mesma relação que tem o cu com as têmporas.

E lhe ensino mais, senhora juíza: a) nem para a prisão preventiva exige o Código a prova material. Leia o artigo 312 do CPP, onde o substantivo “prova” (do crime) está desacompanhado do adjetivo “material”; b) “atestado de óbito” nunca foi prova material de crime. Ele só serve para provar a morte. Nada mais.

Finalmente: não se sinta dona do seu nariz. A senhora detém um cargo público, mas não é proprietária dele. A sua obrigação não é para com seus sentimentos, aos quais talvez repugne a prisão de rapagões, mas para com a sociedade. E a sociedade, pagando seus subsídios e seu “auxílio-moradia”, está pagando pela segurança de não ser atropelada por motoristas bêbados. Mesmo que sejam belos rapagões.



sexta-feira, 26 de dezembro de 2014

O NÉRIO SABE DAS COISAS


A SAC e ANAC e o Eliseu Padilha - novo ministro da Aeronáutica, ou Chefe da SAC, como queiram. Tirou e derrubou o Moreira Franco da boca. No outro emeil eu falo mais sobre o Eliseu Padilha, primeiro prefeito de Tramandaí, quando emancipou e do Moreira Franco. Pobre Brasil. Tem chance de escolher pessoas certas e competentes para os lugares científicos que exigem conhecimento técnico e científico. Não. Escolhem politicos decadentes, não eleitos, sem mandato e que ficam sapateando ao redor do poder à procura de emprego. O Padilha é antigo da ARENA ao tempo que ainda Osório era área de Segurança Nacional e foi nomeado pela revolução o Prefeito, meu amigo, vizinho de praia Xangri-Lá, o coronel........esqueci  o nome do coronel  (parece que já era da reserva, a casa dele ficava na Av. Paraguassú, ele passava todo o verão em sua casa, na praia e boa pessoa, se dava com todos no vizindário, inclusive comigo  que foi interventor militar em Osório - na época logo após a revolução de 31 de março de 1964. Mas, está nos jornais, todos sabem. Quanto lembro ele lançou o Eliseu Padilha na politica que era corretor de imóveis e vendia os terrenos. A imobiliária de venda de terrenos cujas praias ao redor de Tramandaí, recém emancipada, cresciam, cresciam, cresciam e vendiam terrenos como água, era a ida do gaúcho para os banhos, salgar o corpo. Ainda não tinha a Free Way, do grande coronel do Exército, engenheiro, Maria David Andreazza. Foi um grande. Como foi o outro caxiense, nas comunicações, Higino Corsetti. que tirou o telefone de manivela e colocou o telefone automático e as torres de ferro, num progresso fantástico. Ambos, Andreazza e Higino Corsetti, estão esquecidos e morreram nos ostracismo e assim pouparam a Comissão da Verdade de tirar o nome deles de algum logradouro público, como fizeram com a derrubada com a retro escavadeira em Taquari, pelo Prefeito, tresloucado do PT. Que cena, deprimente, a retro escavadeira derrubando a estátua, no centro da Praça, do Costa e Silva. Pode ser, da esquerda, da direita, comunista, católico praticante, o que queira, a favor a revolução ou contra a revolução de março de 1964, mas a cena, foi chocante para qualquer pessoa de minimo bom senso e dotado de razoabilidade sensitiva, pois, gera ódio, e provoca vingança. Aí vira um nunca parar. Havia outra forma menos traumática e mais politica de tirar a estátua do Costa e Silva da Praça. Que aliás morreu, sem saber do quê........Teve um AVC?...Ficou recluso. Ninguém mais viu. Enterraram o Costa e Silva como o Jango. Sem autópsia. Deviam desenterrar o Costa e Silva e ver pela autópsia se dá para ver do que morreu. Interessante este nosso Brasil. Enfim, São "cosas de la vida"
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 Estou tentando salvar o problema que deu com o avião da American Air Lines, no vôo, atrasado, de terça-feira, à noite, dia 23 de dezembro de 2014. Foi uma zorra. Algo de mais aconteceu, pois, a população de P. Alegre acordou e foi para a janela ver o que havia à noite, de madrugada, para amanhecer, hoje,  dia 24, vários aviões, grandes, sobrevoando P. Alegre, em rasantes. O que havia?..Algum problema.......

Meu filho Eduardo, estava com passagem para este vôo da American Air Lines, para Miami e no último telefonema após a janta o Eduardo me disse que o vôo para Miami estava atrasado. Iria embarcar, talvez, pelas duas horas da madrugada, já do dia de  hoje, quarta-feira, dia 24. Não sei se embarcou e se chegou. Quebrou o pau, Muito temporal, talvez, mas penso que tudo correu bem. Ou pane no avião. Não sei. O temporal foi na madrugada anterior. Estou um pouco confuso.

Ele Eduardo que tinha chegado, no vôo de traslado, de Oklahoma, USA, trazendo um avião experimental, de um cidadão de São Leopoldo, voando vários dias, e pousando em Canudos, Novo Hamburgo, num vôo fantástico e numa grande performance aeronáutica, pois, em Macapá, o funcionário da ANAC interditou o avião, e depois de 15 dias de lutas com a ANAC o Eduardo conseguiu liberar o avião e trazer o avião em paz, até o domicilio do cidadão que comprou o avião e pagou o preço e tinha toda a documentação em dia.


Nério "dei Mondadori" Letti




quinta-feira, 25 de dezembro de 2014

CRÔNICA DE TODOS OS NATAIS

João Eichbaum

Nem precisaria ceia de Natal e essa beberagem toda, que deixa a gente com gosto de batom misturado com ovo choco na boca, no dia seguinte. Com cem pila no bolso da calça pendurada ao lado da cama e mais a companhia da Angelina Jolie, eu teria um Natal extremamente feliz. E não me cansaria de agradecer ao imperador Otávio Augusto por aquele decreto de recenseamento, que obrigou, entre outros, o carpinteiro José a juntar uns trapinhos e botar em cima de um burro sua mulher Maria, grávida de um certo Espírito Santo, rumo a Belém, na Judéia.
Naquele tempo não tinha internet. Nem telefone, nem correio, acho eu. E aí, como é que o José ia fazer reserva de hotel? Logo em Belém, um lugarejo de seiscentos habitantes!
Resultado: Belém tava pior  que Gramado em época de Natal, com os hotéis lotados. Claro, sobrou pro José e pra Maria, que essa já tinha dilatações. Tiveram que se abrigar numa gruta de beira de estrada, dividindo espaço com vacuns e muares que ali também pernoitavam. Acho que mal deu tempo para se ajeitarem, rebentou a bolsa, quando a Maria viu tava toda encharcada. E ali mesmo, sem parteira, sem obstetra, sem pediatra para ver se o saco do nenê tinha duas bolas, veio para o mundo mais um judeuzinho. Sem berço, sem aquela caminha enfeitada, que as mamães preparam para os seus futuros bebês, o pobre diabinho teve que ser colocado numa manjedoura, um troço duro pra caralho.
E a primeira visita que recebeu o nenê foi a de três reis magos, sem noção, que em vez de uns pacotinhos de fraldas descartáveis, trouxeram ouro, incenso e mirra pro gurizinho. O que é que ele ia fazer com essa merda toda?
Bom. O que eu quero dizer é que aí começou toda a história e por isso todo mundo canta, muitos choram, todos se abraçam, cantando: “pobrezinho, nasceu em Belém”.
Se não tivesse acontecido isso, ou se a história fosse diferente, como por exemplo, se já houvesse IBGE naquele tempo, cheio de funcionários para fazer  recenseamento com perguntas idiotas, invadindo a vida privada, o guri não teria nascido numa gruta, nem em Belém. José teria respondido tudo num formulário. E então não teria essa correria toda, com engarrafamentos, shoppings lotados, o povaréu carregado de pacotes, acidentes e mortes no trânsito, estradas para as praias um inferno e, de noite, uma bela ceia, o pessoal enchendo a cara, tomando espumante pensando que é champanhe, se abraçando, mas sem largar a taça, desejando feliz Natal, chorando, etc. etc.
Ah, sim, e não teria ocorrido o maior de todos os milagres, com o qual nem Jesus Cristo sonhou: a transformação da manjedoura num majestoso palácio, chamado Vaticano, onde um senhor idoso, que talvez nunca tenha visto uma manjedoura, cercado de pajens, vestindo paramentos de rei, ornados com  fios de ouro, celebra a pobreza daquele judeuzinho, tomando vinho italiano.
Ah, e eu não teria sonhos humildes e despojados, como esse de ser feliz, no Natal ou fora dele, apenas com a companhia da Angelina Jolie e mais cem pila no bolso da calça, já pendurada ao lado da cama.

quarta-feira, 24 de dezembro de 2014

ESPÍRITO NATALINO

João Eichbaum

Às vésperas do Natal ocorre todos os anos um milagre: a união de todos, sob o manto do “espírito natalino”. Pobres e ricos, ateus e cristãos, negros e brancos, machões e travestis, mulheres lindas e sapatões, os da esquerda e os da direita, comunistas e capitalistas. Todos têm o mesmo objetivo: o “espírito natalino” suficiente para ser feliz. Só não entra nessa onda quem é louco ou tem nojo de existir.

Suprassumo de todas as antíteses: quem inspirou o “espírito natalino”, foi um judeu pobre, parido num estábulo, sem “espírito natalino”, ouvindo puns, mugidos, orneios e balidos de vacas, bois, burros e ovelhas. Quando adulto, andava pelos povoados, xingando os fariseus e fazendo milagres de curandeiro, porque outra profissão não tinha.

Graças ao nascimento desse judeu, chamado Jesus Cristo, conhecido também pelo apelido de Nazareno, o mundo inteiro festeja o Natal. A celebração imanta a todos. Os próprios judeus, que negam a seu conterrâneo o “status” de Messias, não conseguem ficar indiferentes. Também eles correm atrás do “espírito natalino”, não querem ficar fora dessa. Até porque, para celebrar a data, cristãos do mundo inteiro viajam até Israel, levando o dito “espírito natalino”, que faz a alegria dos judeus.

A celebração do nascimento de Jesus Cristo no dia 25 de dezembro, instituída pelo papa Júlio I, no ano 350 d.C., pegou bem, no embalo do clima festivo que tomava conta do povo romano, comemorando, no mesmo dia, o “Nascimento do Sol Invicto”. É claro que até para curtir a festa pagã, o povo precisava de “espírito natalino”. E de lá para cá, montado num “crescendo” irreversível, esse espírito tomou conta do mundo.

Tal e tanta é a força do “espírito natalino” que levou os legisladores brasileiros, cristãos de carteirinha, a aproveitá-lo como denominação do mais esperado salário da nação: a gratificação de Natal, que o vulgo prefere chamar de “décimo terceiro”. Tudo dentro dos conformes.

No Natal o mundo se torna solidário, porque sem “espírito natalino” ninguém vive: nem os ladrões, nem os políticos (com o perdão pelo sinônimo repetitivo), nem a Igreja. Sem “espírito natalino” é impossível comprar presentes. Sem o dito, o Natal não seria o que hoje é: a propulsão do consumismo e a alegria do Fisco. Viva o “espírito natalino”! Que entra nas caixas registradoras e sai pelos carros fortes, devidamente blindado.


terça-feira, 23 de dezembro de 2014

PLANETACHO

MUSIQUINHA I
Eu pensei que todo mundo fosse filho de Papai Noel.
Os exames de DNA não confirmaram...

GRANA PROS ENFEITES
A crise é tanta que a gente não dá mais bola pro pinheirinho...

MUSIQUINHA II
Coloquei meu sapatinho na janela do quintal...Levaram

NOVOS TEMPOS
Papai Noel mandou fazer uma tatuagem de rena...

INFANTICÍDIO
Herodes foi um dos precursores da maioridade penal...

ESTRADAS
Então os três reis presentearam o Menino Jesus com incenso e mirra. O ouro ficou nos pedágios...

AS NEIRAS
A namorada do ventríloquo falava pelos cotovelos.

Andando de carrossel, chegou à conclusão de que o mundo dá muitas voltas.

The Flash só tem um defeito. Costuma tomar decisões apressadas.

A retrospectiva de 2014 da Globo vai ter vinte minutos a mais em função dos gols da Alemanha contra o Brasil.



segunda-feira, 22 de dezembro de 2014

O NÉRIO SABE DAS COISAS

Auto-ajuda. Tudo bem. Vale à pena ouvir  e ler. Mais para ouvir o piano notável tocando o clássico de sempre e eterno  - My Way - Eu não gosto. Nunca gostei de natal e fim de ano. Desde minha infância em Antonio Prado e depois, quando com 12 anos, tive que sair de casa para estudar no Col. Anchieta, pois, Antonio Prado, não tinha ginásio. Nunca gostei destas forçadas festas de fim de ano. Ceias, que não posso comer, pois, estou gordo e tenho que fazer dieta, posto que a linha média me domina a meia cancha, com Triglicerideos. Colesterol e Glicose e " otras gordurinhas más" que entopem os canos e aproximam a demência e o tal de alzheimer.
Neste Natal vou rezar para mim e para todos, que ninguém fique atacado de Alzheimer. Que horror, ver amigos meus tomados de Alzheimer, como o Ranzolin, o Dr. Bruno Palombini, a Ecléa Guazzell e tantos outros. Deram o prefixo e sairam do mundo para sempre e foram viver num mundo distante, só deles, onde ninguem consegue chegar.
 Que mundo cão. Por isso sou favorável à Lei do Estado do Oregon, nos USA, onde a eutanasia assistida é permitida e a pessoa morre, feliz, junto com os médicos, enfermeiros e familiares, numa boa, tudo programado, enquanto  a pessoa ainda tem uma réstea de luz e de higidez mental.
Neste Natal, portanto, minhas rezas serão para que o Alzheimer fique longe de mim e que nenhum amigo meu, que ninguém, seja atacado deste mal terrível e que não tem cura e no mundo até hoje, não teve nenhum caso de cura, eficáz e objetivo, relatado cientificamente. . Temos que ser práticos e razoáveis e acreditar na medicina. Quando tres médicos derem um laudo que meu caso é incurável e não tem mais volta,  farei testamento vital, enquanto é tempo, para regular que se ficar tomado de alzheimer, que seja temporário, para não gastar dinheiro à toa, com médicos, hospital e farmácia. Nada disso.  Portanto, meu Natal estará dedicado a este proceder de como morrer com dignidade quando estiver atacado de uma doença incurável, como o Alzheimer.

Este será   "o meu caminho"  neste Natal.  Lógico, respeito e aceito as opiniões em contrário e que preferem vegetar numa vida sem finalidade sobre este vale de lágrimas.


Nério “dei Mondadori”Letti

sexta-feira, 19 de dezembro de 2014

À IMAGEM E SEMELHANÇA DOS ABUTRES

João Eichbaum

É evidente que a evolução do animal humano compreende tanto sua parte física como a intelectual. Assim como ele perdeu o rabo, aperfeiçoou os neurônios. Mas, antes do estágio atual, quando ainda era mais comandado pelo instinto do que pela inteligência e ainda não tinha condições para entender os fenômenos da natureza, inventou deuses, a quem atribuiu a geração de tais processos.

E nunca mais se livrou dessas divindades por ele criadas. Mesmo depois de desvendados os fenômenos naturais, ainda há lugar na mente da maioria das pessoas para acreditarem em deuses. E isso, pela simples razão de que há um fenônemo para cuja compreensão o homem tem inteligência, mas não tem a coragem de aceitar: a morte.

A partir dessa fraqueza, a morte se tornou o melhor produto de que dispõem  as religiões para vender seus deuses. Assim, recusando-se a aceitar a ideia de que com a morte tudo termina, o animal humano se deixa enganar pelas fantasias das religiões. O raciocínio, com prova na ciência, lhe impõe a certeza de que é feito de matéria perecível, carne e osso, como qualquer outro animal. Mas o medo e o amor por si mesmo o levam à humilhação de voltar aos tempos em que seus neurônios não o ajudavam a raciocinar.

De Bacco à Santíssima Trindade, há deuses para todas as ocasiões, gostos, alegorias e graus de inteligência. E cada crente dota o seu deus das qualidades que lhe assopra o bestunto. Por exemplo, li hoje o e-mail de uma pessoa que, lamentando a situação de um amigo em estado terminal, se saiu com essa: “que seja feita a vontade divina”.

Então, temos o seguinte: um deus sádico, que inflige doença e dor, e acaba matando o padecente; um crente  piedoso, compassivo e indulgente, que aceita a maldade divina e com ela se conforma.

Com o espírito envenenado pela irracionalidade da fé desde a infância, o crente, sem querer, acaba tirando dos abutres para botar nas divindades, enquanto se reveste, ele próprio, duma magnanimidade furtada aos deuses.


quinta-feira, 18 de dezembro de 2014

Bola de Cristal



 Carlos Maurício Mantiqueira*

A anta acuada, por imposição do instinto de sobrevivência, tomará medidas assombrosas.

Romperá publicamente com o molusco; trocará toda a porcada; confiscará ativos e inativos.

O reboliço levantará tal poeira que ofuscará as evidências dos malfeitos, pelo menos por algum tempo.

“Meu reino por um cavalo”.

Sabe que sua queda é inexorável. Mas quer morrer em combate.

Leu recentemente os Discursos sobre a primeira década de Tito Lívio e deu-se conta de que toda república corrupta termina em principado.

O país já lhe invectivou Non inultus premor.

Não há mais esperança. É a Força do Destino
.

Fonte Alerta Total – www.alertatotal.net


*Carlos Maurício Mantiqueira é um livre pensador.


quarta-feira, 17 de dezembro de 2014

POLIGAMIA 

João Eichbaum

Um juiz de Santa Maria já instituiu a poligamia naquela cidade. Não. Não falo dos que apitam jogos de futebol. Falo de um desses juízes que recebem “aluguel social”. Ops! Aluguel social é para os pobres do Tarso Genro, que impedem o término da RS 118. Juiz de Direito, cidadão de classe média alta, recebe “auxílio-moradia”.

 Assim, ó: a mãe não podia gerar filhos com a sua “namorada” e por isso contratou um pai de ocasião. O sucesso do encontro entre óvulos e espermatozóides permitiu ao juiz a instituição da “família” poligâmica. O meritíssimo determinou que no registro civil do fruto desse encontro de células reprodutoras constassem duas mães, um pai e seis avós.

Foi o tiro de largada. A jurisprudência se atiçou. Agora, botando sua ideia na conta da jurisprudência dominante,a senadora Lídice da Matta, que só podia ser baiana, pôs o Projeto de Lei nº 470/2013 a rodar no Congresso Nacional. Esse projeto leva o nome de “Estatuto das Famílias”, exatamente porque admite a existência de famílias paralelas, a de fato e a de direito, a dos amantes e aquela do “até que a morte vos separe”. Nesse Estatuto se incluem, claro, as “famílias” de homem com homem e mulher com mulher.

Soltaram a franga, total. O “Estatuto das Famílias” está terminando com a família. Só quero ver quem vai atirar a primeira pedra, revogando o inc. I do art. 1566 do Código Civil: o dever de fidelidade recíproca. Ou será esse dever de fidelidade multiplicado tantas vezes quantas forem necessárias? Afinal, se o esposo vai ter oficialmente o direito de ter amante, tal direito não poderá ser negado à esposa.

De modo que Sodoma e Gomorra, a partir da aprovação dessa lei, poderão ser considerados “lugares santos”, com direito a procissões e peregrinações.







terça-feira, 16 de dezembro de 2014

PLANETACHO


Vestido de vermelho e com aquela barba enorme, o Papai Noel, que faz entregas no bairro do Bolsonaro, contratou dois seguranças

AS NEIRAS
Autorretrato era o selfie da vovó

Fácil é adestrar cangurus. Eles aprendem tudo de cor e salteado

A frustração da mulher do apicultor é de não ter feiro lua de mel

Feliz é o tamanduá, que não tem medo de amanhecer com a boca cheia de formiga
Morreu o inventor do alvo. O tiro saiu pela culatra

Fechou a alfaiataria. Faltou linha de crédito

No Brasil se mede o tamanho do dolo pelos depoimentos do doleiro

A mentira tem pernas curtas. E aplica hidrogel

CLASSIFICADOS ABSURDOS
Vende- se um travesseiro. Motivo: insônia

RELAÇÃO DE MATERIAIS ESCOLARES

Na medida do possível, gostaria de comprar uma régua...
Quem sabe, um lápis, mas sem correr muito risco.
Uma borracha baratinha, talvez de uma marca mais apagada
Um caderno, mas não à vista.
Quem sabe, no caderno...









segunda-feira, 15 de dezembro de 2014

O NÉRIO SABE DAS COISAS

 Na minha terra, Antonio Prado, que dizem ser a mais italiana das cidades, no meio do mato, ficou atrasada, enquanto as outras cidades progrediam, Caxias do Sul,  (antigo Campo dos Bugres - pois os indios se aglomeraram em Caxias e por isso nome, dado que o indio nativo não se deu com o italiano que chegava e nunca foi peão, nem carreteiro  e nunca ajudou o colono italiano a carpir a roça, limpar o inço, sol a sol) Flores da Cunha ( antiga Nova Trento), Farroupilha ( antiga Nova Vicenza), Bento Gonçalves ( antiga Vila Isabel em homenagem aquela que seria a lider e chefe do quarto reinado imperial e tudo morreu em 15.11.1899) , Garibaldi ( antigo Conde D'Eu - que os italianos chamavam "conde déu" com pronúncia bem acentuada de sotaque macarrônico vêneto, cujo dialeto fui alfabetizado e aprendi falar antes do português) . Antonio Prado se chamava " El Paes Novo", por ter sido a última colônia italiana, lotes abertos marcados pelos notáveis agrimensores do Império garantindo a propriedade de 25 hectares para cada familia, com escritura e segurança, sendo a reforma agrária pacífica e notável que se fez e foi a base de tudo, pois deste pedaço de terra o italaino tirou tudo para o sustento da familia e progrediu) . Quando emancipou de Vacaria, era o 5° distrito, o grande politico vacariano, dono do mundo, o Coronel borgista, do `Positivismo, chefe politico da região e era deputado pelo poderoso PRR  -  Partido Republicano Riograndense -  ele, resolveu emancipar a colõnia italiana e mudaram o nome para Antonio Prado, um rico cafeicultor paulista, que como Ministro da Agricultura do Imperador. D. Pedro II< percorria o norte pobre  e miserável da Itália e queria trazer as familias para os cafezais paulistas e assim substituir a mão de obra gratuita do escravo africano pelo braço ótimo do italiano milenar de conhecimento do trato da terra. Não deu certo. Muitos imigrante voltaram para a Itáia nos porões dos fétidos navios que aportavam em  Santos ou então, abandonaram a exploração total nos cafezais, onde continuavam como na Itália na condição de "obligatti" , servos da gleba e trabalhavam de sol a sol, sem leis protetivas, por um prato de comida. E assim vieram  para a capital, que crescia, São Paulo, e formaram os tradicionais bairros italianos, do Braz, Bexiga e Barra Funda.

Pois bem, Antonio Prado, agora tem a FENAMASSA, uma grande festa que cultura na Praça Garibaldi, sob toldos e com razoável movimento, durante dois fins de semana e também no meio a semana, a produção de massa, as mulheres fazendo a massa, como antigamente e tudo o que se refere a produção de massa, o prato de sempre.

Portanto, agora, depois deste notável e fantástico decreto da Dilmona - instituindo o dia 25 de outubro como " O DIA DO MACARRÃO"  - a FENAMASSA de Antonio Prado, terá que se adaptar à data e pedir dinheiro e patrocinio para a nossa amantíssima Dilma ( ex- meu colega de Direito na UFRGS, Carlinhos Araujo) a quem sempre visita na Villa Assunção. junto ao rio Guaiba, quando vem a P. Alegre -  e assim poderá ser que a FENAMASSA pradense tenha  um incremento de molhos, queijos, sabores, ovos, farinha de trigo da boa do Moinho do Nordeste que fica em Antonio Prado - e a Fenamassa poderá dobrar o movimento e realmente atrair o turismo para comer massa em Antonio Prado.  E ate pode ser que se faça um prato de massa com o nome de " macarronada a la Dilma"  e ela venha visitar a terrinha que anda atrasada e sem dinheiro.

Vamos ver se Antonio Prado capitaliza a Fenamassa já existente, com o dia do Macarrão, 25 de outubro. Para o progresso de Antonio Prado. E como diziam no primáiro do colégio dos Irmãos Maristas, e para maior glória de Deus. Os padres vendiam cadeiras no céu, para os beatos e fanáticos religiosos e os colonos compravam e pagavam a cadeira no céu e assim tinham o lugar garantido, mas tinham que morrer em estado de graça, sem pecado, nem venial, nem mortal, pois, poderiam ter quer purgar os pecados, se veniais, no purgatório, com fogo brando. E se fossse pecado mortal, aí o cara tava ralado, ira direto para o inferno, de onde não mais saia e o fogo era alto e queimava mesmo. Por isso, tinha que se confessar e comungar e sempre estar com o coração puro, sem pecado, nem venial, nem mortal, para que se acaso a morte chegasse, assim sorrateira, de repente, como costuma chegar, o cara estava limpo, sem pecado, e com isso ia direto para o céu ocupar a cadeira que já comprara e estava quitada, com o dízimo, na Casa Canônica, residência do padre, ao lado da Igreja. Meu pai era contra tudo isso. Contra o padre. Não ia à missa. Não confessava. Não comumgava e eu como aluno do colégio dos maristas no primário, tomei vários castigos, pois, além de não obedecer aos truculentos maristas franceses de Lyon, do Marcelino Champagnat que surravam os internos -  o irmão  marista, gritava comigo me ameçando me dar uma "sumanta de páu" com a régua de madeira -  " e ainda por cima teu pai é um herege e não frequenta a religião muito menos a Santa Missa, aos domingos, por isso está em pecado mortal e irá para o inferno".....

Entrementes, vejam a coincidência,  meus pais, Horacio Letti e Elvira Mondadori Letti, casaram, justamente, no dia 25 de outubro de 1930. Com a roupa do corpo, pois, o Banco Pelotense, tinha fechado, e a agência de Antonio Prado era poderosa e todos perderam tudo, e o dinheiro depositado no Banco Pelotense, nunca ninguém recebeu. Quase quebrou Antonio Prado.  Foi o período da Grande Depressão Econômica, a quebra da Bolsa de Valores de New York, em 29 de outubro de 1929 e que vai gerar a Segunda Guerra Mundial. Os investidores americanos e que jogavam tudo na Bolsa como é do costume do americano, aplicar na bolsa, ficaram deprimidos e desesperados e marcavam dia e hora para se atirar dos altos edificios. E o povão se aglomerava na calçada e olhando para cima e de repente, o ex-rico desesperado que ficara pobre, se jogava la do alto e morria no choque contra o solo. Foram vários que se suicidaram em New York, no desespero de ficarem sem dinheiro. O  sogro  do Getúlio Vargas, que era o gerente do Pelotense em São Borja, também se matou, o velho Manoel Sarmanho, pai  da dona Darci Sarmanho Vargas, esposa do Getúlio - e o Sarmanho de vergonha com os fazendeiros de São Borja que também perderam tudo, no Pelotense, acabou se dando  um tiro no ouvido e morreu. Fato que jamais dona Darci e a familia perdoou o Getúlio de não ter salvo o Pelotense, com dinheiro do governo. Assim como   a VARIG, que o governo deixou falir e fez força para a Pioneria  entrar pelo cano e desaparecer . O capitalismo sempre será selvagem, como o solicalismo é mais selvagem ainda.

Essa história é longa e vou parar por aqui pois disparei na curva e não sei ser curto. Por isso soliciito escusas a quem me leu até aqui. Teria outros capítulos mas fica para outra oportunidade.

Nério "dei Mondadori" Letti

sexta-feira, 12 de dezembro de 2014

                                               ODE AOS VAGABUNDOS
João Eichbaum
Na mesma página, a ZH de ontem estampa dois artigos que se completam, embora, na aparência, tratem de assuntos diferentes. O primeiro é de autoria de um certo Thomaz Francisco Silveira de Araújo Santos, que exibe no currículo o título de “doutor em direito” e “professor de Relações Internacionais” na UniRiter e na ESMP. Esse senhor se esbalda, enaltecendo os “direitos humanos” inventados pela ONU e afirmando que o deputado Jair Bolsonaro, “atenta contra a dignidade do ser humano” ao dizer que no Brasil “só bandido, estupradores, seqüestradores e até corruptos” têm direitos humanos.
Já o artigo do médico Fernando de Oliveira Souza, professor de universidade pública, revela a face da ignorância que domina o Brasil: assessor de comissões no Congresso ganha R$ 18.700,00; secretário de deputado, R$ 10.800,00; assessor na Câmara R$ 7.500,00. Para salários de mil a três mil reais, só podem se candidatar  médicos, policiais e professores, com mestrado e doutorado. O articulista, como professor universitário, recebe R$ 3.400,00.
Aí tem lugar a axiologia do "doutor em direito" Thomaz Francisco: atenta contra os “direitos humanos” quem denuncia a inversão de valores: que os desonestos, os vagabundos, os crápulas, são protegidos no Brasil pelos “direitos humanos”- leia-se sob a batuta da Maria do Rosário. Mas quem trabalha honestamente e tem o encargo de instruir não tem direito a um salário que lhe empreste um mínimo de dignidade.
É por haver “professores” como o senhor Thomaz Francisco que chegamos ao fundo do poço: não temos o direito de trabalhar, não temos o direito de socorrer pessoas que necessitam de cuidados médicos, não temos direito de cuidar de nossa própria saúde, indo ao médico, porque meia dúzia de vagabundos, em plena segunda-feira, provocam caos no trânsito de Porto Alegre, protegidos pelos “direitos humanos”. Não trabalham, não produzem, só atrapalham e querem “moradia”.
O tamanho do atrevimento de Jair Bolsonaro não é maior que o de suas razões. É desbocado, na verdade. Mas de sua boca não sai tanta bandalheira como as bandalheiras que vertem dos órgãos públicos, dos congressistas que se vendem ao Executivo e abrigam defensores de vagabundos como os dos “movimentos bestiais”, que a Maria do Rosário e outros chamam de “sociais”.
Não existem direitos unilaterais na sociedade organizada, senhor Thomaz Francisco. Todos os direitos trafegam em duas vias: uma de ida, outra de volta. Quer dizer, só tem o direito de ser respeitado quem respeita os direitos de outrem. Os vagabundos, os políticos corruptos, os bandidos e os demais protegidos da Maria do Rosário não respeitam os nossos direitos fundamentais: a segurança, a saúde, a educação. Os criminosos, para comandar o crime de dentro dos presídios, ganham mais do que trabalhadores de salário mínimo. Já os vagabundos têm tudo de graça e, porque não trabalham, têm tempo de sobra para impedir o exercício dos direitos das pessoas honestas.


quinta-feira, 11 de dezembro de 2014

VALE-TRANSPORTE TAMBÉM PARA JUÍZES
João Eichbaum

Um togado do Rio de Janeiro, barrado numa “blitz”, deu carteiraço, para poder seguir viagem. Estava com problemas para dirigir: não tinha carteira de motorista. O carro também estava com problemas: não tinha placas, nem documentos.

O juiz não tinha carteira de motorista, mas tinha a de juiz. E aí, brandindo a carteira, foi cuspindo na cara da agente de trânsito o já manjado “sabe com quem ta falando?”. Então deu aquele forrobodó com a resposta da agente: tu é juiz, mas não é Deus. E o meritíssimo, usando o rito do Código de Processo Civil se avocou o direito de réplica: então teje presa.

Outro juiz, no Maranhão, chegou atrasado no aeroporto e quis viajar na marra: sabem quem é que está querendo viajar? Como é que vocês impedem a Justiça de viajar? E mandou prender os funcionários da TAM, que não lhe permitiram embarcar, porque o avião já estava levantando voo.

Os impolutos magistrados deste país têm problemas de transporte, e não só de moradia. São esses problemas que os fazem perder o sono e andar de madrugada pelas ruas do Rio de Janeiro, ou dormir demais e perder o avião, como o juiz maranhense.

De modo que, mercê de suas ilibadas gravatas e togas, os merítíssimos deveriam receber vale-transporte junto com o mísero auxílio-moradia de mais de quatro mil. Afinal, ninguém é de ferro. Ou, ainda, na pior das hipóteses, eles poderiam pleitear o direito de fazer um puxadinho nos fundos do fórum, para resolver os dois problemas, o da moradia e o do transporte. Assim, ficariam livres também do IPTU.


quarta-feira, 10 de dezembro de 2014

O NÉRIO SABE DAS COISAS


Festival da laranja e do limão 

Isso demonstra que o francês, do interior, que cuida da terra e trabalha na colônia, cuidando do rebanho como faz durante séculos, não é só Cassino de Montercalo e a familia "real" dos Grimaldi que dominam Montercalo, porém, sem Grace Patricia Kelly  - que deu charme ao Principado  -  e mostra o amor que o francês tem pela terra, pelo cultivo da terra, e este festival da laranja e do limão atesta a dedicação do agricultor francês e por isso a França tem os melhores vinhos dado que produzem uvas eternas saborosas e a terra é cuidada com amor e continua com uma agricultura forte e sustentável. O francês é o povo que melhor cuida da água, principalmente, em Marselha, os famosos canais que abastecem Marselha de água potável são uma reliquia do povo francês e respeitados como algo sagrado. Em regra todos os rios franceses são despoluidos e a água é límpida e potável, tal o respeito que o povo francês dedica ás suas fontes de vida que são as águas.

E por aí vai. Nem vou falar dos rebanhos franceses de gado e de ovinos e seus pastores subindo os Alpes em busca de pasto, no meio da neve, para dar comida ás ovelhas em meio `a neve rigorosa.

O povo francês é o maior consumidor de vinho no mundo. Em regra cada francês, toma 28 garrafas de vinho por ano. No Brasil, onde se toma vinho só aqui no Sul, em princíipio, pois, no norte e nordeste, quente, não se consome vinho, o consumo per capita de vinho, no nosso amado Brasil é pífio e não chega a  um copo por ano para cada brasileiro e olha que importamos vinhos finos de todos os paises do mundo além da produção notável de ótimos vinhos na zona italiana, mais conhecida como o Vale dos Vinhedos, que vale à pena, ser visitada, em Bento Gonçalves, Garibaldi, Carlos Barbosa e até a orgulhosa Caxias do Sul.

Eu fui criado em Antonio Prado sentindo o cheiro de vinho das cantinas, e desde criança, sempre com meu pai, visitando cantinas dos colonos ( o porão de pedra da casa do agricultor italiano) onde produzia o vinho, guardava o salame, o queijo, o pão e tudo o mais, pois, não havia luz elétrica e muito menos geladeira.

Nério "dei Mondadori" Letti.


terça-feira, 9 de dezembro de 2014

PLANETACHO

AS NEIRAS

FILOSOFIA DE BOTEQUIM

Queria ser guarda florestal, mas o mercado está cada vez mais escasso.

Imagine que sorte teriam as centopeias se tivessem pés de coelho.

O supersticioso comprou um livro sobre trevos. Só leu quatro folhas.

No alto das montanhas, o abominável homem das neves fazia uma série de abdominais.

Na casa do incendiário, as cortinas são de fumaça.

No fundo do drink uma azeitona que não sabia nadar.

Inventou um novo sistema de marcha à ré, mas na hora de registrar a patente deu pra trás...

Na verdade eu sou um cientista, embora sem nenhuma experiência.

Chove pouco no alfabeto.
Na verdade, só tem pingos nos is.

Masoquista assumido, não tinha vergonha de dar a cara a tapas.

A vovó passou a usar os ponteiros de relógio como agulhas de crochê.

Na verdade, aquela dupla sertaneja era um trio.
Um dos integrantes tinha dupla personalidade.

Queria cantar sertanejo universitário, mas não passou no Enem.

A vida pode nos levar a muitos lugares. O problema é o preço dos pedágios.

As pessoas mudam. O exemplo é o Eike Batista, que há bem pouco tempo era uma rica criatura e hoje não é mais.



segunda-feira, 8 de dezembro de 2014

SACERDOTE PARA SEMPRE

João Eichbaum

 Jesus Cristo, que fazia vinho até de água, volta e meia se deixava arrebatar pelas emoções: rogava praga, pegava chicote, xingava fariseus, fazia discursos inflamados. Num desses, bradou para seus discípulos “Vós sois o sal da terra e a luz do mundo!”
A frase atravessou os séculos, com irresistível poder de “marketing”.
No rito da ordenação sacerdotal, se não estou enganado, o bispo impõe as mãos sobre o diácono candidato a padre e pronuncia as seguintes palavras; “Tu és sacerdote para sempre, segundo a ordem de Melchisedec (tu es sacerdos in aeternum, secundum ordinem Melchisedec)”.
A partir desse momento, a Igreja Católica trata o padre como um homem escolhido pela divindade judaico-cristã para difundir a “sua palavra”, e o privilegia com a jurisdição sobre as “almas”. Concede-lhe o poder de ouvir e perdoar pecados, de transformar a hóstia e o vinho em “corpo e sangue” de Jesus Cristo, de unir casais apaixonados, de encaminhar defuntos para a outra vida. E lhe inculta a missão especial de arrebanhar, dum jeito ou doutro, adeptos que estejam a fim do “reino dos céus”.
A morte é a matéria prima de que se valem as religiões para vender seu produto. O esgotamento do prazo de validade dessa composição física e química que é o animal, e que é uma coisa tão natural como o nascimento, foi transformado pelas religiões em mistério. O homem, esse animal que pensa e que, por isso mesmo, tem medo, foi explorado em seu lado fraco e aceitou a ideia de que a morte, longe de ser o fim, é um passaporte carimbado com visto, para  ingresso na vida eterna. Implantada a ideia, as religiões usaram de todos os meios possíveis para que o mito permanecesse, como um aviso constante: preparem as almas para a outra vida.
No caso da Igreja Católica, os que compõem o corpo eclesiástico são os arautos desse pensamento de que existe outra vida depois da morte e de que há galardões à espera de quem se comporta direitinho, confessa, comunga, vai à missa, paga o dízimo, não deseja o marido nem a mulher do próximo.
O mito da vocação sacerdotal, (“não fostes vós que me escolhestes, mas eu que escolhi a vós”) gerado no tempo em que Igreja se impunha pelo fausto e pelo poder material, foi erigido à condição de “status”. Ela passava para os crentes a ideia de que padre era um ser ungido com poderes “divinos”. Assim, engastado com tais atributos, era visto como ente superior, colocado  acima dos mortais comuns, aqueles que ficaram fora da lista, não foram chamados nem escolhidos.
 Foi com essa imagem que o sacerdócio imantou várias gerações.
Mas, vá a um asilo de padres, hoje, para ver se essa ideia de superioridade ainda permanece. Lá estão aqueles velhinhos, que um dia foram o “sal da terra”, com cara de tios solitários e tristes, olhando sem ver, ouvindo sem escutar, desplugados, entregues ao descontrole das funções fisiológicas, o pensamento vazio, sem saber quem são, o que fizeram, para onde vão; sem ter consciência plena de que estão vivos e de que fazem parte dessa grei chamada humanidade.
Então se vê que os “escolhidos” não foram poupados dos estragos da degenerescência. Foram colocados na fila de saída, completamente apagados, sem o direito de saber o endereço que os espera: céu, inferno ou purgatório, de que falavam quando eram “luz do mundo”.
Não há santidade que resista à miséria da velhice. Não há velhice que resista à decomposição imposta pela natureza, sem distinção entre santos, pulhas e ateus.



sexta-feira, 5 de dezembro de 2014

ONDE FOI QUE ESSE SENHOR MAMOU?

João Eichbaum

Aventurando palpites furados sobre a “guarda compartilhada”, o senhor Gley P. Costa, que se diz médico psiquiatra e psicanalista, apareceu no jornal ZH com falsos alardes de saber, tachando de falácia a ideia de que “as mulheres são mais capazes do que os homens de cuidar de uma criança”. E, abusando da cátedra, acrescentou: “a biologia não é suficiente para estabelecer um vínculo de amor entre a mãe e seu filho”.

Gostaria de saber em que Faculdade de Medicina esse senhor se formou. Não quero passar perto. Tenho medo de emburrecer, de uma hora para outra.

Não é preciso ser antropólogo. Basta observar a vida de qualquer animal. Ao primeiro respiro fora da casca ou do útero, o animalzinho sente a presença da mãe. O instinto do animal, mais forte do que a inteligência do senhor Gley P. Costa, lhe garante que a mãe é o invólucro da sua proteção.

O único ser que, por instinto, o recém-nascido conhece é a mãe: é ela, e não o pai, que lhe dá alimento, é ela que o socorre ao primeiro berro provocado pela fome. O pai, o macho, é uma figura desconhecida, um ser remoto e estranho, sem significado algum na área de alcance do instinto animal.

O filhote se apega à mãe e dela se torna dependente. Sua sobrevivência, enquanto só dominado pelo instinto, depende exclusivamente da mãe e, nesse campo, não há espaço para o pai.

Diz ainda o aludido médico psiquiatra que “o amor materno, assim como o paterno é conquistado no convívio com a criança”.  Ora, amor é uma palavra inventada pelos poetas, que assim denominam até o opróbrio sexual, de que nascem crianças sem pai. Para os cientistas o que existe é o instinto. E esse é o laço que vincula o filho à mãe. A afeição pelo pai, essa sim, é pura decorrência do convívio, do hábito, do dia a dia – e não da biologia.

Sábio, mesmo, é o adágio popular: “mãe é uma só”. Os palpites do senhor Gley não revogarão as leis da natureza. A menos que ele tenha sido amamentado pelo pai. No peito, certamente, porque nada pior há de passar pela cabeça de quem quer que seja.



quinta-feira, 4 de dezembro de 2014

O FIASCO OFICIAL
João Eichbaum

A coreografia da safadeza, neste país, sempre esteve sob a regência dos políticos. Se vocês conhecem ou conheceram algum político inteligente, honesto e bem intencionado, por favor, me apresentem essa criatura.  De minha parte, só conheci uma pessoa inteligente, culta, honesta e bem intencionada que, por pressão de líderes religiosos, se aventurou na política: o professor Armando Câmara, eleito senador pelo Rio Grande do Sul.

Armando Câmara renunciou ao mandato, porque se sentiu um peixe fora d’água: estava no meio de cafajestes ignorantes, mas astutos o suficiente para se manterem no poder, à custa, claro, da ignorância do povo que os elegeu.

O mestre foi direto, objetivo, e falou sem rodeios: a figura preponderante em sua decisão de abandonar o poleiro sujo da política foi João Goulart. Armando Câmara era um respeitável professor de filosofia na Faculdade de Direito da Universidade do Rio Grande do Sul, enquanto o presidente do Senado, João Goulart, não passava de um fazendeiro diplomado a muito custo como bacharel em Direito.

A dialética do professor de filosofia era um idioma estranho e desconhecido para o  político profissional que foi João Goulart. E isso pela única razão de que a subserviência não tem lógica: é comandada apenas por apetites pessoais.

E foram exatamente apetites pessoais que levaram a Maria do Rosário e a Ideli Salvati a gastarem inescrupulosamente o dinheiro de quem trabalha e não vive da política. Elas queriam tirar do esquecimento esse político que só fez politicagem a vida inteira, e que nada deixou para merecer a lembrança do povo eternamente enganado: João Goulart.

Mas elas acabaram fazendo o Brasil pagar um mico que vai ficar para a história. Desprezando a ciência brasileira e a capacidade dos médicos legistas deste país, levaram os ossos do político para exame no exterior, a fim de ser apurada a causa de sua morte. Queriam fazer dele uma vítima de “envenenamento”.

Deram com os burros n’água, naturalmente. Gastaram o nosso dinheiro, para mostrar que ninguém é melhor do que ninguém. E que  ignorantes, desonestos e mal intencionados são os políticos brasileiros, e não os  cientistas, os mal pagos e explorados, mas competentes cientistas brasileiros.