PLANETACHO
O EDSON
Edson não anda bem de saúde.
Hemodiálise, UTI, mil exames e tudo aquilo
a que nós humanos estamos sujeitos.
Na sala de espera e na porta do hospital
um bando de fotógrafos, cinegrafistas e
repórteres de TV, rádio e jornal na busca de
notícias sobre o estado de saúde de Edson.
Afinal de contas, por que isso tudo, se o “seu
Edson” é um reles mortal como todos nós?
O que traz este bando de gente a um
plantão cansativo na frente do hospital
paulista é a saúde do rei do futebol. Pobres
coitados. Eles não sabem que, se o Edson é
mortal, o Pelé é eterno.
Ele usava a camisa dez. Fez mais
de mil gols. Nenhum deles
é mais famoso que os gols
que ele não fez.
A cada um deles, “Ele” saltava e dava socos
no ar. E como dizia o Caetano Veloso “o meu
coração da mata,então, gritava Pelé Pelé”.
Hoje, a cada gol vêm aquelas dancinhas. E o
que era “Pelé, Pelé virou um ridículo Lepo
Lepo.
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