A PIEGUICE COMO FUNDAMENTO DOS DIREITOS HUMANOS
João Eichbaum
Só apedeuta em sociologia não sabe que a mola mestra
do crime no Brasil é o tráfico de drogas. O viciado não tem limites. O vício é
muito maior do que ele. Geralmente ele começa com pequenos furtos, em casa
mesmo. Suas primeiras vítimas são seus próprios pais ou outros parentes
próximos.
Depois, perdendo completamente a noção de valores, ele
faz qualquer coisa para satisfazer seu apetite pela droga. Dos pequenos furtos
ele passa para roubos, assaltos. Nada o impede de matar quem lhe serve como
obstáculo para atingir seu único fim, que é ter dinheiro para pagar a droga e não ser morto pelo traficante.
A droga encoraja o viciado, dá-lhe segurança, domínio,
na proporção em que lhe rouba a sensatez, o critério, o sentimento humano.
Dominado pela droga, o viciado se transforma no animal que o convívio social
não domou. É a partir daí que o vício se confunde com o crime.
Nesses últimos dias, os brasileiros esqueceram que não
tem educação, saúde e segurança, ganham mal, são assaltados todos os dias, têm
seus empregos ameaçados, contemplam todos os dias a miséria. Deixaram-se
dominar pela pieguice. O valor principal festejado em manchetes era a vida de
um traficante, condenado à morte na Indonésia.
O bandido se tornou vítima, quase um herói nacional. O
clamor pelos “direitos humanos” ecoou forte, como se nada melhor houvesse por
fazer neste país.
É por isso que o Brasil é o que é e tem os políticos
que tem. É por isso que esse país não tem jeito. É humilhado no futebol pela
Alemanha e recebe lições de segurança da Indonésia. Fosse aqui, o traficante “cumpriria
pena em casa”, porque as condições dos presídios “não respeitam os direitos
humanos”.
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