terça-feira, 20 de janeiro de 2015

A PIEGUICE COMO FUNDAMENTO DOS DIREITOS HUMANOS


João Eichbaum

Só apedeuta em sociologia não sabe que a mola mestra do crime no Brasil é o tráfico de drogas. O viciado não tem limites. O vício é muito maior do que ele. Geralmente ele começa com pequenos furtos, em casa mesmo. Suas primeiras vítimas são seus próprios pais ou outros parentes próximos.

Depois, perdendo completamente a noção de valores, ele faz qualquer coisa para satisfazer seu apetite pela droga. Dos pequenos furtos ele passa para roubos, assaltos. Nada o impede de matar quem lhe serve como obstáculo para atingir seu único fim, que é ter dinheiro para  pagar a droga e não ser morto pelo traficante.

A droga encoraja o viciado, dá-lhe segurança, domínio, na proporção em que lhe rouba a sensatez, o critério, o sentimento humano. Dominado pela droga, o viciado se transforma no animal que o convívio social não domou. É a partir daí que o vício se confunde com o crime.

Nesses últimos dias, os brasileiros esqueceram que não tem educação, saúde e segurança, ganham mal, são assaltados todos os dias, têm seus empregos ameaçados, contemplam todos os dias a miséria. Deixaram-se dominar pela pieguice. O valor principal festejado em manchetes era a vida de um traficante, condenado à morte na Indonésia.

O bandido se tornou vítima, quase um herói nacional. O clamor pelos “direitos humanos” ecoou forte, como se nada melhor houvesse por fazer neste país.


É por isso que o Brasil é o que é e tem os políticos que tem. É por isso que esse país não tem jeito. É humilhado no futebol pela Alemanha e recebe lições de segurança da Indonésia. Fosse aqui, o traficante “cumpriria pena em casa”, porque as condições dos presídios “não respeitam os direitos humanos”.

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