ANDAR NU NÃO É UM “DIREITO HUMANO”?
João Eichbaum
Dias atrás foi divulgada neste blog uma verborreia de
Ingo Sarlet sobre os direitos humanos. O texto está citado no voto do Luiz Fux,
aquele que reformou a Constituição Federal, emprestando ao conúbio homossexual
o “status” de família.
Talvez o “doutor” Sarlet não seja, normalmente, autor
de textos tão esconsos e prolixos como aquele, em que a vítima foi o vernáculo.
O que o atrapalhou, certamente, foi o tema, que foge de qualquer lógica, de
qualquer argumento racional, quando se tenta filosofar sobre o “pithecanthropus
erectus” travestido de “homo sapiens”.
Decididamente, o animal humano não se presta para
elucubrações filosóficas. Até hoje filósofo nenhum conseguiu transformar o
bicho homem naquele ente ideal, guiado inteiramente pelo raciocínio, ou
inspirado na poética dos anjos. E isso por uma razão muito simples: o homem é
mais animal do que racional. Ele é racional só até o limite aceito por sua
animalidade. Que o digam as estatísticas criminais e os discursos da Dilma.
Então, é inútil qualquer teoria sobre “direitos
humanos”. E quem tenta delirar sobre o assunto se dá mal. Só poderiam se
considerar autênticos direitos humanos aqueles que respeitassem a natureza
animal do homem. Por exemplo, o homem nasce nu. A nudez é da sua natureza. Essa
nudez então devia ser respeitada pelos “direitos humanos”. Mas, assim não é.
Pelo contrário: é proibido andar nu, nudez dá cadeia.
O que o Fux fez foi reconhecer o direito do animal
humano que quer sexo de qualquer jeito, do seu jeito, e não do jeito que a lei,
até então, oficializava. Fazer sexo por sexo não é racional. E se não é
racional, é animal, e estamos conversados: nada de “direito humano”, é direito do animal.
Não me venham então com essa falácia de “direitos
humanos”. Os humanos, na verdade, só têm deveres, porque assim o exige a
convivência social. A lei é feita para regrar essa convivência. Foi a
organização social (leia-se Estado) que botou ordem na suruba, transformando esse bípede falante e sem asas numa
criatura chamada homem.
O que seria da
humanidade se cada um fizesse o que lhe dá no bestunto? Ora, ora: sem as leis,
o homem seria o animal no estado puro da sua natureza, como qualquer outro
animal. Não haveria guerras “organizadas”, nem matanças através de “sentenças”,
por exemplo. Tudo seria comandado pelo instinto de sobrevivência, todo mundo se
“phudendo”.
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