quarta-feira, 28 de janeiro de 2015

O NÉRIO SABE DAS COISAS

Sou totalmente  favorável à idéia, depois, de ver tantos e tantos casos, ao meu redor, de amigos e  amigas, em estado terminal vegetativo, sem chance alguma de recuperaçáo, dito e aprovado por vários médicos e até um médico neurologista, em caso de  diagnóstico, cientifico, aprovado por outros médicos da UTI  do hospital  - "neoplasia maligna do encéfalo, encefalopatite" ( câncer total no cérebro, levando á pessoa com toda a certeza à morte, sem chance alguma de cura) - de que, enquanto eu estiver ainda hígido mentalmente, com 75 anos, e  já tendo tido algumas enfermidades e acidentes que me colocaram, objetivamente, em morte próxima, e eu ví a morte de perto e senti a morte chegar, mas fui salvo, pois era caso salvante, caso fosse atendido e medicado a tempo ( o que é outra coisa totalmente diferente do que estamos falando - pois - aí havia chance de vida).....portanto, sou totalmente favorável, ao Testamento Vital, e para evitar constrangimento de nomear testamenteiro que execute e cumpra a ordem do meu Testamento Vital, nomearei, como peritos, os excelentes médicos do Departamento Médico Judiciário e que fornecerão laudo médico forense, sob o compromisso de seu cargo,  de que não tenho mais chance de vida e nem de recuperação, dentro da medicina científica conhecida. A não ser acreditar num milagre. E como milagre em tais casos náo ocorrem. Pelo menos nunca ocorreram até agora na literatura médica. Então, estou pensando, e estou decididamente inclinado a fazer o meu Testamento Vital Público, normal, comum, no Tabelionato, para ser levado a registro na Central de Testamentos da Primeiro Tabelionato de Porto Alegre, onde resido, a fim de que sejam aceita e cumprida minha decisão de última vontade de não querer mais viver, vegetativo, sem vida, estirado numa cama, entubado, com vida artificial, sem saber o que se passa ao meu redor. 
Sei que o problema é sério. Sei que fere princípios. Sei que sou católico, estudei no Colégio Anchieta, tive toda minha formação católica apostólica romana e isto podem atestar, inúmeros colegas meus, de aula e de colégio, muitos deles , hoje renomados médicos. Enquanto houve um fio de chance de vida, lógico, que não será cumpria esta minha última vontade. O que não desejo é causar despesas enormes desnecessárias para a familia, para o meu plano de saúde,  médicas, hospitalares, farmacêuticas, recuperativas e que tais,  e toda a parafernália moderna existente hoje da medicina, sem chance alguma de me devolver a vida,  nem causar incômodo total aos familiares.

Por exemplo, não quero que o médico da UTI diga, em meu caso, "hoje operei um morto-vivo". Desejo aproximar a morte, digna, correta, saudável, religiosa e sobretudo sem sofrimento e sem dor, e assim todos os familiares ficam sabendo e não  há tráuma. A morte é inevitável e certa. Por quê, prolongar uma vida que a ciência já diz que não há chance alguma de recuperação.

Pensem nisso, enquanto, eu vou redigindo, o mais breve possível, com texto claro e se possível curto, o meu " Testamento Vital". 

Aceito opiniões e submeto o tema ao debate dos meus amigos internáutas sobre eu redigir o meu "Testamento Vital", isto é, a Ortotanásia assistida, enquanto estiver com higidez mental. Pois, no caso, de entrar em Alzheimer ou outra doença degenarativa total e ficar totalmente interdito, não terei mais capacidade de manifestar minha vontade, de administrar meus bens e reger minha pessoa. Ficarei totalmente dependente de terceiros e quero evitar esta tragédia pessoal e familiar.

Um abraço fraterno a todos. Generoso e gremista.

Nério "dei Mondadori" Letti.                                   





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