DESFAÇATEZ
João Eichbaum
No
Tarso Genro o que mais se destaca é a desfaçatez. Por isso ele é político.
Tentou ser poeta e não conseguiu, exatamente porque desfaçatez não combina com
poesia. A única atividade para a qual a desfaçatez se torna indispensável é a
política.
Ele,
o Tarso, foi eleito governador porque teve a desfaçatez de botar a polícia
federal, então sob seu comando no Ministério da Justiça, atrás de malfeitorias,
em cujos redemoinhos queria ver a Yeda Crusius dançar. Seus comandados pintaram
e bordaram, enredaram o Ministério Público, e a então governadora foi
denunciada. Em cima dessa pantomima o Tarso se elegeu.
Quando
a Justiça excluiu a Yeda do processo, já era tarde, o estrago estava feito, Inês já estava morta, quer
dizer, a única candidata que podia fazer páreo para ele já estava politicamente
morta.
Agora,
mal foi defenestrado do Palácio pelo povo gaúcho, que lhe fez engolir uma
derrota histórica, uma derrota que faria qualquer pessoa de vergonha na cara
calar para sempre, agora o Tarso botou em uso de novo a desfaçatez.
Ele
deixou o Rio Grande do Sul atolado em dívidas. Sim, dívidas. Ele não usou o
dinheiro público para investir. O que ele fez foi empregar seus cupinchas e
mais os cupinchas que foram parar na rua, em razão das derrotas do PT nas
prefeituras municipais. Além disso, viajou bastante, usando o dinheiro público,
embolsando diárias. Bateu o recorde em gastos com diárias.
Obras?
Que obras? Você ouviu falar em alguma obra de vulto no Rio Grande do Sul nesses
últimos quatro anos? As estradas estão uma vergonha. Nem a RS 118, uma estrada
curta, mas de fundamental importância para o escoamento da produção na região
metropolitana, o Tarso conseguiu terminar. Nenhuma escola nova foi inaugurada.
Nem presídio ele construiu.
Só
uma coisa ele fez: dívidas. E num montante tal, que deixou o novo governador
embretado na moratória. Quer dizer, além de não construir bosta nenhuma, além
de ter empurrado o Rio Grande do Sul para trás no “ranking” da educação, além
de não ter contribuído em nada para a melhoria da saúde pública, além ter
deixado o crime se multiplicar, o Tarso fez dívidas impagáveis. Mas teve a
desfaçatez de criticar o novo governador, por ter esse colocado em plano
secundário o pagamento das dívidas. E assim será, enquanto o Tarso estiver
vivo: na frente dele sempre chegará a desfaçatez, anunciando a figurinha.
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